X: O Suposto Fantasma

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I

Os alunos da Sonserina levaram um susto quando chegaram a sua sala comunal e viram uma menina caída próximo da entrada. A maior parte que estava na frente, não a conheciam, assim como o monitor que os levou.

— Abram caminho. Abram caminho. — grunhou o monitor, que se abaixou para ver como a menina estava.

Hermes e Joanne faziam parte do time que estava nos fundos do grupo e se esgueiraram para entender o que acontecia.

— O que caralhos está ocorrendo ali? — perguntou Joanne.

— Acho que alguém estava caído ali perto. Estou vendo umas perninhas... parece ser uma garota. Dá pra você conseguir ver, Jojo?

Joanne precisou dar uns pulinhos, pois os alunos mais velhos lhe atrapalhavam a vista, e ela ainda era pequena. Não era comum, já que sua família são um bando de grandalhões. Seu pai, por exemplo, era um monstro de tão alto. Sua mãe era menor que ele, mas também tinha uma altura elevada. Sua irmã Cassie, como tudo na vida, puxou o seu pai e os irmãos iam para o mesmo caminho. Pode não ser tão grande por ser criança, mas Joanne não deixava de ficar chateada. O que tinha deles além dos olhos escuros e nariz grande do seu pai e os seios grandes da sua mãe?

Mas não precisou de tantos pulos, já que Joanne reconheceu os sapatinhos pretos maltrapilhos que a menina desmaiada usava.

— É a Valom. Temos que ir ajudar.

Joanne puxou Hermes pelo braço e foram para frente do corpo, comprovando ser Valom. Ela estava normal, não havia ferimentos ou qualquer coisa que poderia indicar uma agressão, mas não deixou de notar o rosto, que tinha uma singela feição de pânico, como se o motivo de seu desmaio tivesse sido um grande susto.

— É a Valom mesmo... — resmungou Hermes.

— Conhecem ela? — perguntou o monitor da Sonserina.

— Sim... é nossa amiga. Que aconteceu com ela?

— Eu não faço ideia. Já chacoalhei o corpo, dei alguns tapas no rosto e ela simplesmente não se mexe, como se tivesse morta...

— Ela tem pulsação? — perguntou Joanne.

— Tem, e parece estar normal. Já verifiquei. Bem, melhor levarmos ela para a Madame Pomfrey. As duas podem vir comigo?

Ambas concordaram e a ajudaram o monitor a levarem Valom para a Enfermaria. Antes, o monitor disse para os alunos entrarem em silêncio e evitar comentários desnecessários. Assim que chegaram, colocaram Valom na mesma cama que Linus ficou antes de ser transferida para o St. Mungus.

Tio Régulo estava irritadiço na carta que enviou para Joanne, e a questionou como um burraldo como Tiago Sirius aprendeu o Sectumsempra, e ainda sem falar... mas falou que, se encontrasse o Harry Potter no átrio do Ministério, iria fazer o mesmo com um leve bônus de arrancar todas as suas tripas. Já Linus, seu estado era estável, mas poderia ser pior se Joanne não tivesse usado o contra do Sectumsempra.

Madame Pomfrey estava com uma vela nas mãos e trocada para dormir quando viu a situação e se aproximou correndo.

— O que aconteceu?

— É a Valom... ela... foi encontrada desmaiada na frente da nossa sala comunal. — explicou Hermes.

— Ela não acorda de jeito nenhum. — disse o monitor da Sonserina — Já tentei de tudo, mas a pulsação dela parece normal.

Madame Pomfrey pegou o braço de Valom e colocou no ouvido direito.

— É, não parece que tem algo errado na pulsação dela. Mas vocês a encontraram caída, do nada? — os três fizeram sim com a cabeça — Bem... melhor deixá-la aqui, pois vendo por cima, não parece ter nada de errado com o seu corpo. Farei mais alguns exames amanhã, pois nada disso é normal, ainda mais que a menina não acorda com nenhuma investida física.

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