XVIII: Seguindo as Aranhas

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I

Joanne e Hermes andavam com suas malas até o Expresso de Hogwarts. Pareciam sozinhas, mas atrás delas um gato preto e branco e um morcego enorme com barriga amarelada e focinho grande a seguiam o tempo todo. Os pais de Joanne não podiam aparecer em público para tantos bruxos, então ficavam nas sombras com suas formas de animago. As meninas acharam uma entrada no trem e um vagão vazio. Joanne olhou pela janela, e seus pais ainda estavam próximos, com sua mãe a encarando do outro lado do trilho. Seu pai já estava na janela, de cabeça para baixo e preso em algum suporte que tinha do lado de fora. Ele apareceu de repente e assustou Hermes.

— Que susto o senhor nos deu. — respondeu a menina — O senhor precisava aparecer desse jeito?

— É o papai, então ele aparece quando lhe dá na telha. — Joanne abriu a janela e olhou o morcego grande com seus pequenos olhinhos escuros — Tchau pai. Melhor o senhor voar senão todo o seu sangue vai parar na cabeça. — a menina olhou agora para fora, direto nos olhos castanhos claros do gato preto e branco — Tchau, mãe. Vejo os dois nas férias.

— Olha o tamanho desse morcego!

As duas meninas olharam para trás e Alvo Severo Potter, acompanhado do mala do seu irmão, correu pelo vagão para ver o morcego gigante, mas foi só ele vir e o mesmo bateu asas e foi embora, deixando o menino chateado.

— Poxa... eu queria tanto ter visto ele...

— Quem sabe se você não tivesse gritado ele tinha ficado? — indagou Joanne — Morcegos têm a audição muito frágil, e qualquer gritinho se torna um "gritão".

— Eu não queria assustá-lo... só fiquei impressionado por ele ser tão grande.

— Vamos embora, Sonso da Sonserina. — disse Tiago Sirius — A não ser que queira ficar com a sua namorada nariguda. — ele deu uma risada de deboche, mas Joanne prometeu para si mesma que nunca mais iria se estressar com esse merda de novo, então só o ignorou e abaixou a cabeça.

— Eu irei ficar com as minhas amigas. Você pode seguir aí com os seus amiguinhos idiotas da Grifinória.

— Tanto faz.

Tiago Sirius saiu do campo de visão deles. Os garotos respiraram aliviados, e Alvo Severo se sentou ao lado de Hermes, e fechou a porta do vagão.

— Um pouco de paz, finalmente.

O Expresso de Hogwarts partiu depois de algum tempo, e já passava pelos altos picos da Escócia, uma bela visão do quão belo são as Ilhas Britânicas. Joanne olhava a relva e a famosa ilha central que havia próximo dos terrenos do castelo com grandes árvores cobrindo todo aquele espaço de terra. Joanne queria saber o que tinha ali, pois parecia ser um lugar tão misterioso.

— Dizem que é nessa ilha que está enterrado o corpo do Alvo Dumbledore. — Joanne olhou para o lado, e tomou um susto quando viu Escórpio Malfoy ao seu lado, dando um sorriso.

Joanne ficou um pouco sem jeito, e quis dar um forte abraço nele, e assim fez. Hermes e Alvo Severo preferiram não se intrometer, mas acharam fofo e engraçado o jeito deles assim, abraçados como dois pré-adolescentes apaixonados.

— Escórpio, eu... q-queria te pedir desculpas pelo que aconteceu... err... você deve entender...

— Claro, entendo. E eu não estou bravo com você e nunca ficaria.

— Então desculpas aceitas?

— Desculpas aceitas.

Joanne sorriu de novo, ficando com o rosto ainda mais corado.

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