XI: Tudo Sobre Veritas

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I

Joanne teve um pesadelo horrível. Estava na Floresta Proibida, presa em uma cabana de madeira, úmida e abandonada. Tentou mexer o seu corpo, mas percebeu que estava presa e nua em uma roda giratória. A escuridão lhe cercava, e dela, saiu Tiago Sirius e Nero com olhares malignos e diabólicos. E então, iniciara uma sessão de torturas; fizeram pequenas queimaduras no seu corpo com guimbas de maconha (era maconha mesmo?), lhe agrediram com tacos de quadribol e chicotes a ponto de deixá-la em carne viva, e lhe estupraram, inserindo fogos de artifício ainda acesos, como "punição" pelo que ela fez usando o carro, estourando aquelas imagens contra a Grifinória.

Quando pensou que ali mesmo iria morrer, Joanne abre os olhos e deu um berro que doeu todo seu corpo. A escuridão ainda lhe cercava, mas desta vez, não estava na tal cabana, e sim na Enfermaria de Hogwarts, ao lado de Valom Rowle e uma outra pessoa que ela não reconheceu.

As mãos estavam cobertas por curativos, e ao tocar seu rosto, sentiu mais bandagens. Seu torso estava duro, imóvel, como se tivesse algo preso para imobilizá-lo. O que aconteceu? Será que ela foi mesmo sequestrada por aqueles dois imbecis e...

Não! Joanne não queria pensar nisso... era muito doloroso... as mulheres de sua família sempre passaram por esse tipo de violência... sua mãe foi violentada aos 16 anos por dois alunos que tinham rixa com ela, Cassiopeia quase foi se não tivesse rasgado o imundo no meio usando o Sectumsempra... eram histórias dolorosas... ela não queria esse mesmo destino horrível.

Então o que aconteceu? Por que sua memória parecia um tufão?

Ouviu passos vindos do lado de fora. Com medo que fosse Tiago Sirius e Nero para terminarem o serviço, se cobriu com o lençol se não se mexeu. Os passos aumentaram e vinham diretamente a ela; estava pronta para atacá-los a qualquer instante... se não fosse por magia, seria com as mãos, como o seu pai fazia quando ainda vivia na Rua da Fiação em Cokeworth.

O lençol foi removido; Joanne deu um salto para o seu possível agressor, ignorando a dor que sentia nas costelas quebradas, tentando arranhões e mordidas.

— Ei, o que você tá fazendo? Para com isso!

Joanne parou de súbito, deitando novamente. Levantou as sobrancelhas grossas e coçou o olho. Duas meninas, suas amigas. Hermes estava com as tranças abarrotadas e F.F. com o medo puro estampado em sua faceta.

— Que merda é essa, hein Jojo? Viemos te ver para que você nos ataque?

— H-Hermes? F-F.F.? M-me desculpem... p-pensei que fosse aqueles dois...

— Ficamos felizes que você acordou. — respondeu F.F. com um sorriso animador — Pensamos que ficaria deitada para sempre...

— Como assim? O que aconteceu?

— Bem, Jojo... é que... te acharam toda machucada embaixo do quadro do Merlin na Escadaria Principal. Você estava horrível, amiga. O rosto todo deformado, com os olhos cheios de hematomas, vários cortes na boca... Madame Pomfrey falou também que seu pulmão tinha sido perfurado por causa das costelas quebradas. Você foi levada para o St. Mungus e chegou hoje, pois você tinha melhorado bastante e que seria melhor seguir com o tratamento aqui.

St Mungus? Não se lembrava de estar lá, e muito menos de qualquer coisa que se referisse a uma agressão, mas tinha total certeza de que fora aqueles dois. Sempre eram eles.

— Aí eu me responsabilizei por tudo, né? — disse Hermes — Fazer a transferência, pediram também o endereço dos seus pais para comunicá-los, mas menti dizendo que não sabia, e dei o meu em Cairo, que poderiam contar com os meus pais para ajudá-la. Eles aceitaram, bem desconfiados.

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