Lips on You - 2ª temporada

Capítulo 33

Noah Urrea (pov)

Apagado. Me sinto assim. Tô com a sensação de estar em um lugar gelado, mas bem frio mesmo. Sinto um pequeno calor, um corpo, mas é como se eu estivesse querendo abrir os olhos pra ver quem é e não consigo. Penso em Elly, a vejo grávida, correndo pela neve 3 crianças, eram meus filhos, Selena, Bernardo e Valetina. Ouço um grito, distante. "Acorda!" Parece real, uma das crianças chega perto, grita de novo, "ACORDA".

Ao acordar meu corpo dói, demoro a recobrar. Sinto meu corpo todo doer. Minha barriga dói, meu rosto está dormente. Sinto um soco, outro e quando de fato abro os olhos, eu estou sentado numa cadeira, amarrado. Fico assustado. Vejo dois homens altos e fortes próximos à uma porta. A luz faz meu olho arder.

Um cara mais "normal" de corpo parado na minha frente fala.

Homem - Chefe! Ele acordou...

Eu respiro ofegante já recobrando as memórias de como fui parar alí. Desci pro térreo, estacionamento, carro, aproximação, golpe, apaguei. Pela manhã briguei com Elly. Meu Deus! Elly? Uma lágriam cai no meu rosto, lembro-me de termos discutido feio. E depois não falei mais com ela. Ela deve estar desesperada ! Eu to desesperado!

— Quem são vocês? (Crio coragem pra perguntar).

Homem - shiiu ! Você não pergunta nada aqui!

Outro homem entra, mas está próximo a porta. O lugar é como um porão. Apenas uma janelinha com grade a cadeira e eu amarrado, dois brutamontes numa porta aparentemente bem forte e grossa. Os dois homens fala pelo que entendi "chefe e empregado" conversam algo que não consigo ouvir nitidamente... mas a voz da pessoa atrás da porta mesmo baixa consigo ouvir um pouco e me soa familiar. O cara tranca a porta e vem até mim...

Homem - Então, Nathan. Você disse que pagaria o restante do que deve ao dormamo...

Eu penso. Nathan? Franzo meu cenho, mas meu rosto arde e dói à mínima expressão que faço.

Homem - Responde !!!

— Eu... eu não... so...

Ele me defere outro soco.

— Ah! (Grunho de dor).

Homem - Vai colaborar?

— Eu não.. sou... (falo num fio de voz e dor).

Homem - (o cara bufa) — Ok. vamos ver quanto tempo você aguenta aí amarrado.

— Não! Não ! Espera! Não fiz nada me deixar sair!! (Grito) — ME SOLTA DAQUI ! EU NÃO SEI O QUE QUEREM ME SOLTEM! NATHAN É MEU IRMÃO! QUEM SÃO VOCÊS?

O homem me olha estranho e sai. Os dois caras fortões também. Olho pro lado chorando. Vejo um pequeno espelhinho pendurado na parede, onde eu nem reconheço minha face, minha boca arrebentada, ardendo, meus olhos roxos do soco. Tento puxar a cordar, mas dói e o nó está bem preso.

— Meu Deus me ajuda... preciso voltar pros meus filhos pra Elly... (falo em prece, choro, e fungo).

Meu corpo dói. Sinto fome, pois estou desde o almoço sem nada. Não sei quanto tempo estou aqui, mas pela janelinha parece escuro. Não passar um ar por conta do tampão de vidro. Será dia ou noite? Só sei que preciso sair daqui e ser forte pra voltar pra Elly perdir perdão pela briga boba, beijar meus filhos e dizer quanto os amo.

Sinto meu corpo fraco, próximo de entrar em colapso, e exaustão. Apago de novo. Sinto tudo escuro. Sonho mais uma vez.

Nathan Urrea (pov)

Any - Nathan?

Daniela - Nathan o que foi?

Any - FALA ! É o NOAH? (Grita comigo).