Eu, Helena de Aragão

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- Alô..?

- Alô... Quem fala?

- Professor Jones? Oi...lembra de mim? Helena...

- Ah! Olá, Helena! Minha nossa! Pelo brilho da lua cheia! Quanto tempo! Como você está?

- Eu vou bem...e você?

- Muito bem, obrigado e... argh! Estou coberto de areia, folhas, um pouco de musgo e uma substância que eu não consegui identificar ainda...

- Haha! Está explorando o quê?

- Uma caverna na Austrália. Mulher, você faz ideia das criaturas que há aqui?!? São incríveis! -ele fala com empolgação.

- Posso imaginar! Ah...Professor, falando em criaturas, eu gostaria de te perguntar sobre uma em específico...na verdade, é sobre uma coisa...uma relíquia...algo assim... Você poderia me ajudar, por favor?

- Sim, maaaas, só se você parar de me chamar de "professor Jones".

- Humpf! Claro, desculpe-me...

- Helena, você poderia me dar alguns segundos, por favor? Vou sair de onde estou porque o sinal está péssimo. Um momento...

- À vontade! Vou pegar um caderninho...

- Certo!

Pego um bloquinho de cima da minha mesa de canto, um lápis e me recosto na minha cama, pronta para tomar notas de tudo o que este professor brilhante vai me passar.

- Agora sim! Manda aí, Helena!

- Você já ouviu falar na relíquia "Clima-Tempo"?

- Humm...-Sebastian murmura como se tentando se recordar. Ouço ele beber água. -Clima-Tempo...? Olha...faz um tempinho desde a última vez que eu ouvi falar sobre esse item. Não é uma relíquia. É um totem, Helena.

- Totem? -eu pergunto confusa. -O que seria exatamente um totem?

- Um totem ou um odoodem, como falado na língua índigena Ojibwe, significa "Marca da família" e são vistos como talismãs e objetos sagrados usados para uma determinada finalidade, tipo sacrifício, ornamento de proteção ou adoração a um deus ou algo do tipo. Os totens, devido a sua concepção, são itens que só têm funcionalidade quando utilizados em grupo. Além disso, eles costumam ter o brasão do clã ao qual pertencem já que são a marca de uma família. No caso do totem Clima-Tempo, ele tem características de todos os sobrenaturais esculpidas nele. Por exemplo: as presas de vampiro, a lua do lobos, o chapéu das bruxas, as asas das fadas, e por aí vai...

- Hum...certo. -eu escuto com atenção. Não ouso interrompê-lo.

- Helena...totens parecem ser inofensivos, mas se usados da maneira errada, os usuários deles podem sofrer consequências gravíssimas que podem, inclusive, levar à morte. -ele diz num tom de voz tenso.

- Hum...Como assim, Seb? Há um processo para que um totem venha a ser usado corretamente...é isso?

- Sim... Veja, se for usado numa oferenda pacífica (sem sangue), é mais tranquilo, mas se for para uma oferenda ativa (com sangue), isso já se conforma num molde de sacrifício sendo realizado em um ritual, portanto, vai exigir mais de seus usuários (mais energia vital e perseverança), pois, um sacrifico tem etapas. Você tem que escolher a de dedo o que ou quem será morto, como será morto, a hora desta morte, o que será recebido em troca, como o sangue será preservado e usado e etc. Ainda mais, se o sacrifício for feito com um objetivo muito ganancioso pelos usuários.

Sinto um gelo percorrer a minha espinha. Quase deixo o celular escorregar da minha mão. Fico muda quando penso na ganância de Viktor.

- Helena...?Está aí?

- Ah...sim...prof...quer dizer, Sebastian...

- Há algo mais no que que posso te ajudar?

– Hum...na verdade, não...era só isso mesmo. Obrigada!

Um silêncio fica entre nós na ligação. Sebastian, enfim, me pergunta:

- Essa coisa de totem...está relacionada a guerra que já se iniciou no sobrenatural, não é?

Eu dou um suspiro longo, fecho os meus olhos e o respondo:

- Você já ficou sabendo...-eu digo triste.

- Eu faço parte deste mundo, Helena. Mesmo "distante" dele, uma hora ou outra, eu ficaria sabendo.

Mais numa vez, silêncio. Sebastian continua dizendo:

- Helena, haja o que houver, lute até o fim. Não deixe o domínio do sobrenatural cair em mãos erradas.

Aperto minha mão em meu celular e o asseguro:

- Não deixarei.

Nos despedimos. Eu desligo e coloco o meu celular na mesinha de canto. Passo a minha mão pela minha trança e depois pelo meu pescoço, bem no lugar onde Viktor me mordeu quando me transformou. Eu aperto o local com rancor, mas o sentimento se esvai quando ouço Drogo, Peter e Sara rirem juntos.

É este sobrenatural que eu quero. -digo para mim mesma em voz alta.

Levanto-me, saio do quarto e vou para onde eles estão. Ao chegar, todos me olham ansiosos. Eu sorrio confiante para eles, lembrando-me das palavras de Sebastian e das risadas que ouvi a pouco.

- Temos as informações que precisamos. Não há muito o que fazer e não temos tempo a perder. Nós vamos à guerra e vamos vencer. -todos me olham surpresos.

Eu pego a mão de Sara e peço para ela transmitir o meu pensamento para todos os sobrenaturais. Ela assente e começa a transmissão:

- Aliados e inimigos, eu, Helena de Aragão, declaro que esta guerra que se iniciou é minha também e como fiz nos últimos séculos, agora não farei diferente: entrarei para vencer. Aos aliados, eu serei a capitã de vocês. Aos inimigos, eu já venci esta guerra.

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Oi morceguinhxs!!!!!

Como vocês estão?

Gente, só um aviso: nos próximos capítulos, eu vou abusar da trilha sonora para deixar a história mais imersiva, pelo menos ela fica pra mim..hahahaha! 

Fiquem à vontade para ouvir com as músicas junto ou se não quiserem, tudo certo! O jeito de leitura de vocês, tem quer ser o melhor e mais confortável possível! 

Que eu saiba, acho que o Wattpad não deixa mais ouvir música enquanto a gente tenta ler o capítulo, mas caso vocês queiram ouvir as músicas depois e conhecer um pouco do meu gosto musical, ao final dos capítulos, eu deixarei o nome da música e do músico.

Beijos e mordo vocês!

VEM RETA FINAAAAAAAAAAAALLLL!!!!!

Lua de Sangue - Is It Love? Viktor BartholyOnde histórias criam vida. Descubra agora