I Won't Give Up On Us

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Morceguinhas, aquele mesmo esquema de sempre: viu o asterisco em algum ponto do texto, cliquem na música para escutá-la. Dessa vez, coloquei dois asteriscos ** . Recomendo!
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Silêncio... É tudo o que eu ouço agora. Escuridão... É o cobertor que embala o meu corpo e os meus olhos de verem e de sentirem toda a atividade externa que está ao meu redor.

Estou dormindo? Estou sonhando acordada ou já estou do outro lado e não sei?

"Helena...Helena...Helena..."

Esta voz...

"Acorde, Helena... Acorde..."

Eu juro que estou tentando. Estou mandando o meu corpo levantar, mas ele simplesmente, não me obedece! Aargh! Isso é frustrante!

"Não perca tempo, Helena... Há muito o que fazer ainda..."

------------- Ω -------------

[Viktor]

Hoje faz três dias que Helena está em coma. Se ela não despertar, não despertará mais.

Não saí do lado dela desde que chegamos na mansão. A cada minuto que passa é uma tortura para mim. Eu me culpo pelo ocorrido. Talvez, se eu não tivesse me perdido em questões do passado, Helena estaria aqui agora, acordada em meus braços e não...como se estivesse sem vida.

Nestes três dias, eu me tornei o enfermeiro dela. Tenho dado as doses da porção, tenho dado banho, tenho dado o meu próprio sangue à ela para que se cure mais rápido. Aliás, os ferimentos já se fecharam, mas o seu coração...ainda permanece inerte.
Isso tem sido um mistério para mim.

Sangue de vampiros tem uma capacidade de regeneração igual a de células-tronco, portanto, o esperado seria uma recuperação rápida. No entanto, parece que só está colaborando para que a minha amada Helena continue assim.

Li alguns artigos sobre âmbar e sua toxicidade. Não achei muita coisa. Havia somente relatos de humanos que se tornaram alérgicos ao usar a pedra de âmbar como adereço ou como creme hidrante. Não achei nada sobre o mundo sobrenatural. Por isso, acredito que seja uma boa hora de juntar cientistas sobrenaturais para estudar mais essa...coisa que está matando lentamente a minha Helena.

Perdido em pensamentos, olho a vista para o jardim dos fundos, que o meu quarto oferece. Está bem escuro lá fora, mas isso não me assusta já que a escuridão sempre foi a minha casa.

Sinto a brisa tocar o meu rosto. Eu fecho os olhos, respiro fundo e começo a me lembrar do momento em que me declarei para Helena naquele baile que dei há alguns meses. Ela estava tão linda naquele vestido vermelho. Aquele tecido que emoldurava o seu corpo perfeitamente desenhado e que acentuava a cor de suas maçãs que agora estão tão pálidas. Os seus cabelos cacheados cor de chocolate caindo em cascata sob seus ombros delicados, esvoaçavam a cada giro que ela dava em nossa dança sincronizada. A sua voz aveludada no meu ouvido, a sua risada se divertindo com cada passo em falso que ela mesmo dava. Ah! Essa alegria de viver e de alegrar quem estivesse por perto! Essa suavidade de ir e vir como ondas num oceano profundo de uma praia deserta numa tarde de verão. Jamais, houvera eu, admirado tanto a natureza como eu tenho feito a partir do momento que começei a enxergar Helena em cada parte dela. Aliás, não só da natureza, mas em tudo o que me rodeia.

**Pode um homem amar tanto assim uma mulher?

- Você me faz tanta falta... Como eu sinto a sua falta. Queria sentir os seus braços ao redor do meu corpo outra vez. - eu sussurro para mim mesmo enquanto fecho os meus olhos.

A saudade é tanta, que acabo sentindo um abraço. Logo, penso que essa sensação passará, já que se trata de uma alucinação, mas me engano. O abraço continua e começa a se tornar real a partir do momento que ouço uma voz bem fraca, próxima ao meu ouvido dizendo:

- Estou aqui,Viktor.

Não acreditando, eu abro os meus olhos e olho para o meu reflexo na janela. Não estou sozinho.

Estaria eu ficando louco?

E aí, a "miragem", como se lesse os meus pensamentos responde a minha indagação.

-Não. Não está! Estou aqui.

Decido então me virar para vê- la melhor.

- Helena...? É você? -lágrimas embaçam a minha visão.

- Sim,Viktor! Sou eu! -ela coloca as mãos em meu rosto. -Quem mais poderia ser? Haha! -ela sorri genuinamente.

Eu sorrio também e a toco. Passo os dedos por seus cachos e pelo contorno do seu rosto. Eu paro por alguns segundos e fico admirando a deusa a minha frente.

- Eu te amo tanto! -eu digo bem firme enquanto dou vários beijos em seu rosto e arranco risadas dela. -Eu não sabia disso até eu quase te perder! Eu sinto muito, Helena. Perdoa-me? A mim? Este homem frio e imerecedor de seu amor.

Eu me ajoelho e ela sorri, balançando a cabeça negativamente e colocando o dedo indicador em meus lábios.

- Xiu! Eu entendo você, Viktor. Não tem nada que pedir perdão!

- Mas Helena...? Eu não...- ela me interrompe me dando um beijo apaixonado.

Eu a beijo de volta e pressiono o seu corpo contra o meu. Ela se afasta um pouco e canta um trecho de uma música:

- I won't give up on us...

Eu olho curioso para ela.

- Eu não vou desistir de você,Viktor. Não vou desistir de nós dois. Sabe por quê? -eu franzo a testa. - Porque você...não desistiu de mim!

Eu me levanto, admiro Helena mais uma vez e nos beijamos...outra vez.

--------- Ω ----------

Eeeeeeeebbbbaaaaa!
Helena saiu do coma!
E aí, pessoal?
Vocês continuam sendo #TeamViktor ou mudaram para #TeamPeter? Quero comentários!
Aliás,pessoal,como avisado no início deste capítulo, tenho um vídeo do youtube para vcs ouvirem. Se não conseguirem, o nome da música é: "I won't give up -Jason Mraz".
Beijos 😘🎶

Lua de Sangue - Is It Love? Viktor BartholyOnde histórias criam vida. Descubra agora