"Quer fazer as pazes?"

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Eu prometi ficar longe do coração...até ela aparecer...

- EU ESTAVA BEM! -murro o espelho do meu quarto. - EU ESTAVA MUITO BEM! -eu grito para mim mesmo numa tentativa de me "consolar".

- Ah...não estava não! -Drogo aparece encostado no batente da porta, olhando-me com aquele ar de deboche de sempre.

Eu me viro lentamente para ele. Meus olhos estão cor escarlate e os meus caninos perfuram o meu lábio inferior.

- O que disse? -eu pergunto com os dentes cerrados.

Drogo casualmente entra em meu quarto, senta-se na beira da minha cama e numa posição bem relaxada responde a minha pergunta.

- Peter, nós nos conhecemos desde sempre e DESDE DE SEMPRE você age assim...Sempre aéreo, triste, melancólico, solitário...

Eu o encaro com ódio!

- Não me olhe assim! -Drogo diz um pouco inconformado. 

- SAIA DO MEU QUARTO! -eu grito com esse imbecil.

- VEM FAZER! - ele grita de volta.

- Seu mané! -eu avanço pra cima dele e caímos no quintal dos fundos.

Drogo se livra de mim, levanta-se e me desafia:

- Olha irmãozinho, eu sei que de todos nós você é o mais forte, mas vamos ver se você consegue ser ágil na mesma proporção da sua força.

Eu estreito os olhos para ele e rio diabólico.

- Ok! Mas se eu te pegar, não vá chorando reclamar para o Nicolae depois.

Drogo rosna e corre para floresta que cerca os fundos da mansão. Eu vou atrás dele.

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Ao chegar na floresta, calculo cada passo que dou e observo atentamente qualquer movimento suspeito. Ouço um barulho na copa das árvores e salto para lá. Drogo está duas árvores a minha frente. Eu o distraio fingindo uma queda  e salto para a próxima árvore, a que ele provavelmente se dirigiria. Drogo pensa que perdi o equilíbrio e fica me provocando dizendo que não passo de um "predatonto", ao invés de ser um predador. Eu apenas dou risada e salto para cima dele derrubando nós dois no chão.

Começamos uma batalha rídicula! No começo, Drogo mostra-se descontraído, mas logo depois, ao peceber que eu não estou de brincadeira, vejo seus caninos maiores e seus olhos ficarem vermelhos. Aí...o bicho começa a pegar!

Sou jogado contra uma árvore, mas logo revido e jogo meu oponente muito mais longe de onde estamos. Vou atrás dele e quebro suas costelas, mas que logo se regeneram. Ele, claro, não deixa barato e me joga para cima das árvores. Nisso acabo ficando preso em alguns galhos, mas consigo me soltar e caio como um gato em terra firme. Nós nos olhamos e começamos a nos desafiar mais ainda. Estamos andando em círculos. Um encarando o outro. Drogo continua sua provocação.

- Desista, Peter! Você é uma tonto mesmo! Não percebeu isso ainda? 

- Não desisto fácil de uma briga...

Meu sangue está fervendo...

- Mas você é um tonto mesmo!

- Vou te mostrar o TONTO! -eu o ameaço.

Vou para cima dele e nossa briga continua. Arranhamos um ao outro o tempo todo e estamos nos chocando um contra o outro e nossos corpos estão cheios de machucados e cicatrizações.

Lua de Sangue - Is It Love? Viktor BartholyOnde histórias criam vida. Descubra agora