Lua de Sangue - Is It Love? Viktor Bartholy

Não Será Fácil

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Entramos na mansão e cada um vai para o seu quarto. Viktor e eu vamos para o último andar. Há apenas um cômodo. Será nosso quarto de agora em diante.

Vou para o banheiro e tomo um banho. Viktor vai para o banheiro do meu antigo quarto.

Ao sair do banho, paro em frente a uma enorme penteadeira e tiro os meus acessórios. Seco os meus cachos e os penteio. Quando termino, fico um tempo olhando para o meu reflexo no espelho. Viktor entra no quarto e se aproxima de mim, depositando beijos no meu pescoço e nos meus ombros. Eu me levanto e me viro para ele.

-Será que ainda dá pra gente aproveitar um pouquinho a nossa lua de mel? Hum...? -ele me pergunta divertido.

Dou um beijo rápido em seus lábios e saio do seu abraço. Sento-me na cama e fico olhando para o chão, sentindo-me um pouco desconfortável com não sei o quê!

Viktor encosta na parede, perto da porta. Ele me observa por um tempo até que quebra o silêncio.

- Você continua pensando no que Luna disse.

-Sobre o quê? -eu tento parecer casual.

-Sobre...honrar a família.

Eu suspiro e arrumo as cobertas para me deitar. Viktor se aproxima da cama e faz o mesmo, continuando a conversa.

-Helena você precisa enfrentar os seus demônios.

Eu paro o que estou fazendo e olho para ele.

-Acontece que...eu já enfrentei todos eles Viktor. O problema é que...um deles, agora é o meu marido.

Ele ri de um jeito triste.

-Então, é assim que você ainda me vê..

Eu olho para ele.

- O quê? - me faço de desentendida.

-Mesmo depois de dizer sim para mim, você sempre me verá como um... monstro.

Penso no que eu disse e me arrependo imediatamente.

-Viktor...não é isso! Eu...me desculpe, eu sinto muito...eu amo você...

-Tudo bem, Helena. Eu...eu vou domir em outro quarto.

Antes que eu pudesse impedi-lo, a porta do quarto já está fechada e eu sozinha no imenso quarto.

---------- Ω -----------

Enfio o meu corpo debaixo dos lençóis, abraço o meu traveissero e choro muito.

Dói saber que possívelmente eu esteja acabando com o pouco de dignidade que a minha família ainda tenha. Dói também ver que as minhas atitudes podem acabar com o pouco que resta da humanidade Viktor.

Eu soco o travesseiro e me xingo sem parar.

(Ótima lua de mel!)

[Viktor]

Entro em outro quarto. Olho para a cama fria e vazia. Não sinto um pingo de vontade de me deitar!

Vou para a varanda e olho para o céu. Vejo como as estrelas "convivem" em harmonia, diferente de Helena e eu que bem no dia do nosso casamento, perdemos a nossa lua de mel por causa de muitos erros que cometi no passado.

[Helena]

Estou tão solitária nesta enorme cama que sinto uma necessidade urgente de ter Viktor perto de mim. Então, levanto-me e encaro a porta.

[Viktor]

Volto para o quarto e olho para a cama mais uma vez. Encaro a porta.

[Helena]

Corro para porta pronta para abri-la, mas paro assim que os meus dedos tocam a maçaneta fria. Uma lágrima escorre.

Eu me aproximo mais uma vez. Preciso de Viktor! Preciso do seu cheiro, do seu abraço, do seu toque.

Eu finalmente toco a maçaneta, giro-a com determinação e saio do quarto.

[Viktor]

Preciso de você Helena! Preciso do seu corpo, do seu toque, do seu cheiro, do seu amor incondicional por mim.

Volto para a porta e sem pensar, giro a maçaneta, abrindo a porta do quarto e saindo feito um prisioneiro que acabou de ganhar liberdade. Olho para os lados e vejo Helena olhando para mim.... Minha Helena! Nos olhamos por alguns segundos e corremos um para o outro.

[Helena]

Corro para seus braços como se tivessemos ficado longe um do outro por séculos! Pulo em seus braços fortes, entrelaçando minhas pernas em seu quadril. Viktor me segura forte contra ele como se me dizendo que ele precisa de mim e que quer ficar comigo...para sempre!

[Viktor]

Quero ficar para sempre com esta mulher!

Abraço Helena bem forte para expressar o que sinto. Queria dizer "eu te amo" para ela, mas estou precisando tanto de seus beijos que apenas devoro os seus lábios carnudos e aperto o seu corpo delicado mais ainda contra o meu. Ela correponde e nos beijamos como se fosse os nossos últimos momentos juntos.

-------- Ω ---------

[Helena]

Dizem que o amor rompe barreiras...

Eu não acreditava nisso até amar Viktor. Foi e ainda é um caminho árduo, mas quem disse que mar calmo faz bom marinheiro?

Viktor me carrega em seus braços para o nosso ninho, sem parar o nosso beijo.

Sinto-me segura em seus braços.

[Viktor]

Sinto-me feliz em tê-la comigo.