Sete Anões

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Acordo na madrugada com meu corpo colado ao de Viktor. Nossas pernas estão uma em cima da outra e sinto sua barba ralando o meu ombro. Estamos abraçados, enfim, estamos em paz!

Finalmente, depois de tanto tumulto, estamos curtindo um tempo à sós, sem perturbações ou medo de nos perder um do outro.

Eu saio do nosso enlace e com um lençol ao redor do meu corpo nu, vou para a janela e olho para o céu. Há muitas estrelas e o céu...está da cor da cueca boxer que Viktor estava usando até...emaranharmos nossos corpos em um louco desejo. Eu penso tanto nele, que até vejo suas roupas na cor do céu!

Olho para a floresta e vejo que ela está tranquila, nenhuma planta ou criatura se move. Está muito escuro, mas a escuridão...é um lar para nós, sobrenaturais. Ouço um uivo longo e profundo. Olho para o quintal da mansão e vejo um lobo! Ele está me encarando e noto que ele está abanando o rabo bem devagar, discretamente. Ele é idêntico aos lobos de Klaus, mas o brilho em seus olhos castanhos me dizem que ele não é mau como Klaus e sua finada matilha.

Uma luz se acende no andar de baixo. O lobo corre em direção à saída da frente da mansão e desaparece.

Decido tomar um banho. Vou para o banheiro, encho a banheira, e coloco alguns sais de banho e entro nela, afundando o meu corpo. Corro as minhas mãos pelos meus braços, depois por meu rosto, barriga e paro na minha intimidade. De leve, passo os dedos pela vulva e fico me lembrando da estocadas que Viktor deu aqui horas atrás. Sorrio para mim mesma e me sinto...um mulherão!

Olho ao redor e vejo quão glamuroso é o banheiro de Viktor. Óbvio! Todo trabalhado em preto e branco, com pastilhas pretas que reluzem com a luz do lustre pendurado no meio do teto, iluminando todo o ambiente. Toalhas branquíssimas como a neve, perfeitamente enroladas em um nicho pequeno, perto da entrada da porta. Um tapete de veludo preto acaricia os meus pés molhados no momento que eu saio da banheira e um enorme espelho em uma moldura moderna reflete a minha imagem e uma espécie de outro cômodo, atrás de mim, porém menor, com uma banheira de hidromassagem.

(Viktor Bartholy! As loucuras que eu quero fazer com você nesta hidro!Haha)

Rio mais uma vez de meus pensamentos maliciosos e balanço a cabeça negativamente.

(Acho que me tornei um ninfomaníaca!)

Saio do banheiro e visto uma camisola de seda, que estava pendurada em uma poltrona perto da cama. Coloco um hobe por cima, faço uma trança em meus cachos e saio do quarto.

(Como Viktor dorme!)

Desço as escadas e caminho em direção ao meu quarto. Ao chegar na porta me assusto ao ver Peter colocando um buquê de flores com uma foto, ao pé da porta.

- Helena...? - ele pergunta assustado, arregalando os seus imensos olhos verdes.

- Peter! - eu digo feliz, lembrando-me que ele me salvou do cativeiro.

- Helena! Não imaginei que já estivesse andando por aí! -ele diz surpreso e um pouco sem graça ao olhar para o meu corpo e notar que estou de camisola e um hobe - meio aberto - por cima.

(Ahhh, se ele soubesse o que eu fiz assim que acordei... Aliás, será que ele não ouviu nada?)

- Uhun...eu estou me sentindo muuuito bem, à propósito!

- Que bom! Estava muito preocupado com você! -ele cora.

- Eu sei! -eu digo sem graça.

Lua de Sangue - Is It Love? Viktor BartholyOnde histórias criam vida. Descubra agora