Dulce Maria Espinoza Saviñón
Depois do episódio na estufa eu fiquei envergonhada. Ainda bem que o Christopher sempre fica fora por um bom tempo.
Estava conversando com a Estefanía, no jardim, ela me contava sobre os trabalhos que fazia.
– Eu meio que não tenho muita opção. As famílias só permitem isso, meu pai quem é o chefe da casa, como ainda não sou casada ele me banca.
– Mas o seu trabalho é muito bom. Na verdade é incrível. —estávamos sentadas na grama verde.
– Você bem que podia me ajudar, assim não fica sem fazer nada o dia todo, o que acha?
– Eu posso? Então eu adoraria ajudar a todos! — sorri com a possibilidade, já que ela trabalhava com instituições de caridade.
– Acho que só precisamos pedir ao meu irmão, assim os seguranças te deixaram sair da propriedade sempre que precisar.
– É... por que não podemos sair sem permissão?
– Porque a família tem muito dinheiro, assim sucessivamente tem muitos inimigos que querem a morte da família.
– Credo... Que horror! —ela deu risada e se levantou.
– Bom... Eu já vou indo lá para dentro, não quero ser vela para ninguém.
Iria questionar seu comentário, mas olhei na mesma direção que a sua e avistei o meu marido.
Sorri assim que meu chapéu ameaçou voar da minha cabeça, então o segurei é esperei que Christopher se aproximasse.
– Olha só, minha esposa suspirando ao me ver.
Lindo como sempre, Christopher está usando uma calça social sem o paletó e gravata, seus três primeiros botões da camisa estavam desabotoados.
– Não suspirei para você. — ele se sentou ao meu lado. – O por que chegou cedo?
– Senti saudades de admirar seu rosto angelical. — senti minhas bochechas queimarem.
– Christopher... Eu não sei nem o que dizer.
– Então não diga, vamos só continuar olhando a vista.
Ficamos alguns minutos em silêncio até que ele mesmo o quebrou.
– Este jardim só não estão mais bonito porque não foi você quem o cultivou.
– Está elogiando meu trabalho na estufa?
– Com toda certeza sim. — me olhou, só então notei que seus olhos eram da cor de avelã.
– O que aconteceu que realmente veio embora mais cedo?
– Só o mesmo, trabalho. Podemos esquecer um pouco toda essa chatisse e focar em nós?
– Não existe "nós", Christopher... — me levantei interrompendo qualquer interpretação errada da parte dele.
– Um nós não se remete a um só relacionamento entre pessoas.
– Eu posso ser sua amiga, nada mais.
– Você pode ou não quer ser algo mais?
Por que é difícil dele entender, podia me esquecer, ou sei lá. Comecei a ficar nervosa, meu coração estava traindo minha mente ao ficar acelerado.
– O que te impede de dar uma chance a esse casamento? — disse isso e se aproximou, pousando a mão em minha cintura.
– Eu não posso... eu...
Nossas testas encostadas uma na outra, sentia a respiração de Christopher quente e muito próxima. Sua mão insistia em segurar minha cintura, fazendo uma carícia gostosa.
Deixo por um breve momento meus olhos se fecharem diante daquele homem, que era tão lindo, sem contar que cheirava tão bem.
Pensei demais e acabei sendo pega de surpresa por um beijo. Os lábios de Christopher encostaram no meu, não demorou sua língua pediu passagem e eu cedi.
Sua mão que estava livre foi de encontro a minha nuca, sua precisão em controlar os movimento me deixaram delirar.
Me deixei levar por alguns minutos de prazer, sua boca tinha um gosto de bala de menta. Nossas línguas travavam uma batalha, até eu recobrar meu bom senso e o empurrar pelo peito.
De primeira ele não recuou, precisei usar mais força. Até porque um homem daquele tamanho era mais forte que eu. Mas assim que nos afastamos eu tentei manter minha pose de quem não queria.
– O que te deu? Não pode sair beijando as pessoas assim.
– Não sai beijando pessoas. Beijei você. —colocou as mãos no bolso.
– Não importa. Não se atreva mais a fazer isso!
– Não vou pedir desculpas, porque sei que você gostou. — ele sorriu para mim. Me mantive séria.
– Você me pegou desprevenida. Ai não tive tempo de reagir e te impedir.
– Você não iria me impedir ... — se aproximou.
– Iria sim!
– Claro que não, Dulce. — disse próximo ao meu ouvido.
– Isso nunca mais vai se repetir! — afastei batendo em seu peito.
– Diga novamente...— arqueou uma sobrancelha.
– Esta sem audição?? Pois então, isso nunca mais...
Christopher interrompeu, me puxando para seu peito e me dando mais um beijo, pedindo passagem com a língua mais uma vez e eu autorizei.
Me deixei ser guiada por suas mãos grandes, uma na minha nuca e outra em minha cintura, fazendo com que dessa vez fosse mais intenso e rápido.
Depois ele encerrou mordendo de leve meu lábio inferior, descendo trilha de beijos até o meu pescoço. Fazendo com que minha pele se arrepiasse e uma formigação incomun acontecesse no meio das minhas pernas, deixando uma leve umidade, assim como na minha primeira vez com o Michel.
Aí meu Deus! O Michel!! Afastei o Christopher de perto de mim, fui dando passos para trás.
– Não diga o que não sabe...Dul. — ele se retirou do jardin, levando uma rosa consigo.
De onde o Christopher tirou todo aquele atrevimento? Só pode estar louco de pedra! E eu sou mais louca ainda por dar esse tipo de corda. Como pude por um breve momento me esquecer do meu eterno amor.
Fiquei atônita sem saber o que fazer depois daquilo. Me sentei para colocar minha cabeça em ordem mas de uma coisa tenho certeza:
Este homem não vai me beijar outra vez, essa é uma promessa.• Primeiro beijo saiu e com ele muita confusão.
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Deixe-a Partir
FanfictionDulce Maria é verdadeiramente apaixonada pelo seu primeiro amor, Michel. Se conheram quando adolescente, porém seu pai descobre. Essa descoberta será o início do sofrimento de Dulce, que será feita de moeda de troca em um acordo de paz com a família...