Deixe-a Partir

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Dulce Maria Espinoza Saviñón

Acabei de fechar as malas com a ajuda da Suzana. Separei minha coisas de higiene pessoal e coloquem em outra malinha.

– Estou sentindo que vem coisa boa com essa viagem  — ela disse enquanto se deitava sobre a cama.

– É só um passeio. Até rápido será.

– Vou fingir que acredito. — peguei toalha e segui em direção ao banheiro.

– Se importa de ficar aí enquanto tomo um banho?

– Pode ir gatinha, afinal, não quero que você se atrase para não perder tempo!

Ela me empurrou para dentro do banheiro e fechou a porta me deixando sozinha.

Resolvi colocar uma calça de alfaiataria, já que no avião faz um friozinho. Em cima em usava uma blusa de seda na tonalidade verde, um salto de bico fino e gloss que não pode faltar.

Com toda essa novidade acabei esquecendo do acontecido de ontem a noite.

Flaschback on

Eu vinha da cozinha caminhando no corredor, está casa é tão grande que as vezes me perco. Não consigo me acostumar totalmente com tanto tamanho e luxo.

Me sobressaltei assim que senti alguém me puxar para dentro de um cômodo escuro, senti meu corpo ser prensado com força na parede. Antes que eu gritasse, minha boca foi tampada por uma mão grande.

Senti outra mão me apalpar por cima da roupa, minha bunda foi apertada enquanto eu tentava me mecher.

Quando a mão chegou chegou aos meus seios consegui pisar no seu pé, ouvindo um homem grunir alto. Corri para a porta e o homem acendeu a luz, eu dei de cara com o Alejandro.

–Você era para ser minha... não do idiota do meu irmão. —ele apertou meu maxilar.– Se abrir o bico, eu acabo com você.

–Você é louco isso sim!! — abri a porta e sai de lá o mais rápido possível.

Corri para o banheiro e tomei um banho, deixando que a água levasse embora a imagem daquele homem asqueroso.

Fui me deitar com uma vontade enorme de chorar, não sem antes me certificar que a porta estivesse devidamente trancada.

Não consegui dormir a noite, sabendo que aquele cara estava sobre o mesmo teto que eu. Será que ele iria abusar de mim?

Flaschback off

Me sentei sentindo uma sensação ruim no meu estômago.

Flaschback on

Ouvi batidas na porta, acabei tomando um susto.

–Quem está aí?

–Sou eu o Christopher. Abre a porta Dulce.

Abri a porta e ele passou por mim, já tirando a gravata.

–Por quê a porta estava trancada?

Eu não consegui falar, só o abracei forte. Ele pareceu surpreso pelo gesto, mas logo retribuiu.

Tentei ao meu máximo não chorar. Foi em vão assim que ele afastou o meu rosto para olhá-lo.

–O que houve? — ele me ajudou a limpar minhas lágrimas. –Dul, eu te fiz alguma coisa?