Dulce Maria Espinoza Saviñón
Acordei com uma leve dor de cabeça, para uma surpresa maior eu estava abraçada ao meu marido.
Sai do seu aperto o mais devagar possível, para não acordá-lo.
Fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal. Coloquei um vestido verde, com um tecido mais soltinho. Fiz um café e me sentei na varanda.
O dia estava ensolarado, as flores na frente da casa chamava a atenção das borboletas, que a todo momento pousavam nas flores.
Além do silêncio conseguia ouvir pássaros e barulho de água, provavelmente algum outro lago por perto.
Por falar em lago, me lembrei do incidente do Christopher nadando pelado, sorri comigo mesmo. E pensar nele me fez lembrar das bobagens que falei ontem.
Não sei o que houve, mas eu só senti vontade de ter algo mais com ele, sentir suas mãos tocarem minha cintura, seus lábios tocarem os meus...
– Bom dia! Levantou cedo.
– Que susto Christopher! — coloquei o café sobre a mesa. O olhei e senti minhas bochechas esquentarem.
– O que estava pensando que não me ouviu abrir a porta? E por quê será que ela vermelha?
– Eu estava olhando como as borboletas gostam das flores. E o vermelho é porque estou tomando café quente.
Ele deu risada e beijou o topo da minha cabeça antes de cervir e sentar do outro lado.
Meu coração acelerou um pouco com a aproximação, mas nada que eu não saiba disfarçar. Assim ficamos alguns minutos em silêncio, apenas olhando a vista.
– O que acha de darmos uma volta de barco?
– Acho uma boa ideia. Nunca andei em um.
– Para tudo se tem uma primeira vez, minha cara!
Ele entrou para dentro. Eu peguei meu chapéu com uma fita branca, minha bolsa de palha e já estava pronta.
Alguns minutos Christopher apareceu com uma bermuda bege e uma camisa branca com os primeiros botões abertos.
Fomos em direção a uma trilha, que ao final tinha um pier de madeira com um barco branco e muito bem estruturado.
– Você sabe pilotar isso Christopher? — perguntei enquanto segurava meu chapéu e tentava me equilibrar. Ele me olhou e deu risada.
– Ah não, nós vamos com esse barco.
Apontou para um barco pequeno que só cabia duas pessoas.
– Como vamos fazê-lo andar se não tem motor?
– Remando minha princesa...
Ele entrou dentro, fazendo o pior balançar. Me estendeu a mão, segurei firme e quando fui pisar quase cai na água. Sorte que Christopher foi mais rápido e me segurou junto a si.
Ficamos nos olhando por breves segundos. Até ele interromper me colocando em pé sozinha.
– Vamos? — me sentei e ele foi remando.

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Deixe-a Partir
FanfictionDulce Maria é verdadeiramente apaixonada pelo seu primeiro amor, Michel. Se conheram quando adolescente, porém seu pai descobre. Essa descoberta será o início do sofrimento de Dulce, que será feita de moeda de troca em um acordo de paz com a família...