Deixe-a Partir

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Dulce Maria Espinoza Saviñón

– Vamos Dulce, faça uma pose. — disse o Christopher enquanto pegava o celular, para me fotografar.

– Que vergonha! Tem muita gente aqui.

- Olha a mulher mais linda e maravilhosa do mundo... certo, não olhem tanto já que ela é minha esposa.

– O que está fazendo Cris? — observei ele gravar com o celular na câmera frontal.

– Ela é tímida, mas continua linda. — sorri, ele se aproximou e me beijou de forma calma e devagar, me dando um selinho no final.

– Por que gravou isso? Que vergonha.

– Acho que está na moda, sem contar que minha esposa não queria tirar foto.

– O que vou fazer com o vídeo? — disse enquanto olhava e sorria do próprio.

– Olhar sempre que sentir saudades.

– Credo... é como se você fosse embora e não fosse voltar mais.

Ele segurou minha nuca e se aproximou, me cheirando e em seguida deixando um beijo no topo da minha cabeça.

– Eu só vou embora da sua vida se alguém me matar.

– Isso nunca vai acontecer. — abracei ele, que retribuiu.

– Dulce, vamos procurar algum restaurante para comer?

– Depois eu que estou comendo demais. — saímos do Teatro de Herodes, de mãos dadas.

– E você estava. — ficou um tempo em silêncio, quando chegamos no carro ele disse: – Sobre, ontem... aquilo que minha mãe falou sobre... você se lembra do...

– Da gravidez?

– Isso. É verdade que você está?

– Claro que não. Na verdade eu não sei. — fiquei com as bochechas quentes.

– É... se quiser pode falar com a minha mãe, ela deve entender.

– E se tiver um bebê? Digo, por que fica tão nervoso?

– Droga. Eu fico nervoso porque acho que nunca vou estar preparado.

– Nem eu estou preparada. — passei a mão sobre minha barriga, deixei ela lá.

– Quando for o momento aprenderemos junto.

Sorrimos um para outro.

Os dias que passamos ao lado da sua mãe me fizeram muito bem, aprendi algumas coisas sobre cozinha, casa, decoração e até sobre bebês ela me ensinou.

A volta como sempre foi cansativa. Chegando na mansão as meninas estavam questionando sobre como eu me sentia em relação ao passado, disse a verdade que estava aprendendo a lhe dar com isso.

Fiquei sabendo por uma empregada que o Alejandro estava internado em uma clínica.

- O que aconteceu com seu irmão? Você o bateu tanto a ponto de mandar para o hospital?

- Não, Dul. Só pedi para que fizessem um laudo e mandassem ele para uma clínica de psiquiatria.

- Apesar do que ele fez comigo ele é seu irmão.

- Podemos esqueceu isso? — começou a me beijar por trás apertando sua ereção nas minhas costas.-  E fazermos amor até cansar..

- Não vale. Você está muito velho e vai cansar rápido.

Provoquei indo em direção ao banheiro retirando minhas roupas, deixando as peças no meio do caminho.

- Você ainda vai me matar... Posso tomar banho com você?

- A porta está encostada.

Não deu tempo encostar a porta, já que ele abriu e começou a retirar suas roupas. Fizemos amor no nosso quarto, no banheiro e na varanda.

🍂

Com o passar dos meses comecei a me adaptar na minha nova realidade. Eu estava bem envolvida com a ONG, as crianças presentes lá despertavam o melhor de mim.

Sempre que podia eu passava no shopping, pelo menos uma vez na semana. Assim eu me distraia, com essa coisa banal.

Minha relação com o Cris estava tão boa, éramos sincero um com o outro. Ele me contou com o que trabalhava e como ele não podia abrir mão disso.

Seu pai, meu querido, nem tanto, sogro não parava de cobrar um neto. Por que se eu não tivesse um filho de nada valeria o acordo.

Sempre fazemos sexo sem proteção, mas até agora nada de bebê. Estamos pensando na possibilidade de um de nós dois sermos estéril.

- A senhora pode me ajudar?

Senti alguém me tocar no ombro me sussurrando isso. Assim que virei sorri e respondi.

- Claro. Alguma ocasião especial?

- De especial aqui ... Só você.

Eu estava falando das roupas da loja, mas o próprio não entendeu.

- Perdão? Eu estou falando das roupas.

- E eu estou falando de você.

- Olha, eu não estou entendendo onde você quer chegar. Mas só para te avisar eu sou casada! — mostro minha aliança.

- Não está me reconhecendo? Era de se esperar, depois de anos separados.

- Pode refrescar minha memória.

Me arrependo de ter dito isso, já que o mesmo me deu um beijo na boca. Não correspondi e me afastei assustada.

- Por que fez isso? Seu louco!

- Dulce, sou eu o Michel!

Arregalei meus olhos.

-Mas... Você... — começo a senti uma leve tontura e em seguida tudo fica escuro.

O que acham que vai acontecer, agora que o ex apareceu do mundo dos mortos????😱