Almas Fúnebres - O Lorde e a Feiticeira

☪ Capítulo 3 - Lua Cheia ☪ O Duque ☪

⊱O Duque⊰

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Quando um novo dia iniciou, o clima parecia mais ameno para os Blackheart, por ser aniversário da lady Leonora que seria comemorado juntamente ao aniversário de Aurora a família tinha a esperança de que ao menos naquele dia as coisas fluiriam positivamente.

Edward havia despertado, como sempre se levantara antes de sua esposa, a deixando dormir tranquila conforme silenciosamente ele se aprontava para um novo dia. Tendo feito sua higiene matinal e vestido suas roupas habituais, um terno, Edward saiu do quarto em que dormiam, indo em direção a cozinha, o passeio pelos corredores era deserto, todos ainda estavam dormindo ou em seus quartos se aprontando para o café da manhã. Os empregados eram os primeiros a levantarem, sendo Warren e Madame Gold responsáveis pela organização de todos. Neste dia em questão, todos os criados estavam bem trajados, com os uniformes usados em festas, tudo para a comemoração do aniversário da lady e sua sobrinha.

– Bom dia a todos. – Com um sorriso e nítida animação, uma energia boa que emanava raramente devido a seu cansaço.

– Bom dia, me lorde! – Desejaram os criados notando a felicidade do patrão.

– Senhora Frida, o meu pedido de ontem já está pronto?

– Sim, senhor! – Exclamou sorridente a cozinheira carregando uma linda bandeja de café da manhã, em seguida entregando ao patrão. – Fiz exatamente como o senhor me pediu. Por favor, senhor, felicite a Madame por mais uma primavera que se inicia.

– Muito obrigado. Pode deixar que eu darei a ela seus gracejos.

Edward havia pedido a cozinheira para que preparasse um saboroso café da manhã para a lady, preparando todas as guloseimas que a madame mais gostasse.

Atendendo ao pedido do patrão, a cozinheira preparou um café da manhã completo, com uvas verdes e roxas, torrada e manteiga quentinhas, suco de laranja, pedaços de maçã, banana e melancia, além de uma gorda fatia de bolo de chocolate com cobertura de morango. Edward, com um sorriso insistente em seu rosto, subiu as escadas com a bandeja em mãos, quando acabou por encontrar pelo corredor de seu quarto o mordomo Warren com um extravagante buque de rosas vermelhas.

– Bom dia, senhor. Dormiu bem?

– Bom dia, Warren. Dormi maravilhosamente bem. Acaso são as flores de lady Leonora?

– Exato, senhor. As que me pediu ontem.

– Pois bem, venha comigo e me ajude a abrir a porta do quarto.

– Sim, senhor.

Juntos adentraram o quarto, com a ajuda de Warren, Edward pôs sobre a cama a bandeja de café da manhã ao lado da esposa, agarrando somente o buque enquanto a acordava.

– Obrigado Warren. – Sussurrou o patrão enquanto via o mordomo se retirar sutilmente. Carinhosamente, o lorde acariciou o rosto da esposa adormecida, fazendo uma leve cosquinha em seu nariz, provocando coceira na lady que despertou na tentativa de tirar o que lhe irritava o nariz. – Bom dia, meu amor. Feliz aniversário! – Quando entendeu o que se passava, um largo sorriso se formou nos lábios da lady.

– Edward! – Ergueu-se para pegar o buque e cheirar as rosas. – São lindas, meu amor! – Exclamou, em seguida beijou o marido.

Todos os anos, desde que se casaram, Edward presenteava Leonora da mesma forma, começando o dia com café na manhã na cama e um extravagante buque de flores, e todos os anos, Leonora mantinha o sincero e apaixonado brilho nos olhos por receber tais mimos. Como habitual nesta data, o casal tomou café da manhã juntos, dividindo das frutas e o bolo, e como todo ano ambos lambuzavam a cara um do outro com a cobertura extra de morango do bolo que era preparada em dobro pela cozinheira que já sabia das manias do casal.