Luanna p.o.v
Muitos vão ter uma opinião dividida sobre Romeu e Julieta, uns acham a história trágica e linda, e até choram no final, outros já não gostam, acham esse amor impossível, eu, no entanto, sou meio termo, não acho esse amor impossível, mas não sei se acredito em amor à primeira vista, acho que o amor se constrói aos poucos.
-Sabe, nunca tive muita paciência com Romeu. -comentou Jasper enquanto assistíamos a Romeu e Julieta na aula de inglês.
-O que há de errado com Romeu? -perguntei meio confusa enquanto virava o meu olhar para ele.
-Bem, antes de tudo, ele está apaixonado por essa Rosalina... Não acha que isso o deixa meio volúvel? E então, minutos depois do casamento, ele mata o primo de Julieta. Não é muito inteligente. Um erro depois do outro. Será que ele poderia destruir a própria felicidade de uma forma mais completa?
Eu suspirei.
-Acho que sim.
-Vai chorar?
-Provavelmente não -admiti- Não choro nesses tipos de filmes.
-Então em quais você chora?
-Em filmes de cachorro. -ele solta uma risadinha.
Durante o filme senti seus lábios em meu cabelo, fazendo um carinho suave que, sinceramente, me faria dormir em segundos.
E eu suspirei, de novo, quando Julieta acordou e descobriu o novo marido morto. Sinceramente acho esses tipos de filmes entediantes.
-Devo admitir que tenho um pouco de inveja dele aqui -disse Jasper mexendo em meu cabelo, descobri a pouco tempo que é o que ele mais gosta de fazer quando está comigo.
-Sobre?
-Só pela facilidade do suicídio -ele suspira- Para vocês, humanos, é tão fácil! Só o que precisam fazer é engolir um vidrinho de veneno...
-Como é? -ofeguei.
-Foi uma ideia que tive certa vez e eu sabia, pela experiência de Carlisle, que não seria simples. Nem tenho certeza de quantas maneiras Carlisle tentou se matar no começo... Depois de perceber no que se transformara...
Virei-me para poder ver seu rosto.
-Do que está falando? -perguntei- O que quer dizer, essa história de que pensa nisso de vez em quando?
-Na primavera passada, quando você estava em perigo... Eu não conseguia para de pensar o que poderia ter acontecido com você. -ele fez uma pausa- É claro que eu tentava me concentrar em encontrar você viva, mas parte de minha mente fazia planos alternativos. Como eu disse, não é fácil para mim, como é para um humano.
Sacudi a cabeça — como se eu pudesse me livrar das lembranças ruins — e tentei entender o que Jasper dizia.
Meu estômago afundou de um jeito desagradável.
-Planos alternativos? -repeti, ainda, meio confusa.
— Bem, vampiros não conseguem viver sem seu companheiro, na verdade até conseguem, mas a maioria prefere morrer. -ele suspira e volta a falar levemente- Dizem que é um vazio tão grande que você se esquece de tudo, de comer, perde a noção do tempo, e não liga mais pra nada por isso a maioria prefere morrer. Mas não tinha certeza de como fazer... Eu sabia que ninguém da minha família iria me ajudar... Então pensei em talvez ir à Itália e fazer algo para provocar os Volturi.
Não podia acreditar que ele falava sério, mas seus olhos dourados estavam pensativos, focalizados em alguma coisa distante enquanto ele refletia sobre as maneiras de acabar com a própria vida. Abruptamente, fiquei furiosa. Suspirei e perguntei:
-O que são os Volturi?
-Os Volturi são uma família -explicou ele, os olhos ainda distantes- Uma família muito antiga e muito poderosa de nossa espécie. São a coisa mais próxima que nosso mundo tem de uma família real, imagino. Carlisle morou com eles por pouco tempo em seus primeiros anos, na Itália, antes de se estabelecer na América... Lembra a história?
-É claro que lembro.
Eu nunca me esqueceria da primeira vez que fui à casa dele, a enorme mansão branca bem no fundo da floresta, ao lado do rio, ou a sala em que Carlisle — pai de Jasper de tantas maneiras genuínas — mantinha uma parede de pinturas que ilustravam sua história. A tela mais vívida, a mais colorida dali a maior, era da época de Carlisle na Itália. É claro que eu me lembrava do tranquilo quarteto de homens, cada um deles com um extraordinário rosto de serafim, pintados no balcão mais alto que dava para o violento torvelinho de cores. Embora a tela tivesse séculos, Carlisle — o anjo louro — continuava inalterado. E eu me lembrava dos outros três, os primeiros companheiros de Carlisle. Edward nunca usou o nome Volturi para o belo trio, dois de cabelos escuros, um de cabelos brancos. Ele os chamou de Aro, Caius e Marcus, patronos noturnos das artes...
-De qualquer modo, não se deve irritar os Volturi -prosseguiu Jasper, interrompendo meus devaneios- A não ser que se queira morrer... Ou o que quer que aconteça conosco.
-Jasper... -suspiro- Não quero mais ouvir você falando isso e muito menos pensando, sei que é difícil, mas por favor pensar em você morto faz eu me sentir...
-Culpada? Vazia? -assenti- Entendo. Me sinto na mesma maneira toda vez que penso que algo pode acontecer com você.
-Eu nunca pensei sobre isso, mas sempre pensei que deveríamos viver cada dia como se fosse o último.
-Então vamos fazer isso. -ele afirma e eu o olho- É sério! Vamos viajar, ir em cinemas, fazer coisas que todo adolescente normal faria, assistir filmes de madrugada, e muitas outras coisas. O que você acha?
-Acho que a cada vez que você me impressiona eu me apaixono mais por você. -respondo olhando e sorrindo apaixonada, ele solta uma risadinha e coloca o rosto no meu pescoço me causando arrepios.
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Eternity - The Twilight Saga
VampireMeu nome é Luanna Maya Swan, sou irmã mais nova de Bella Swan. Nós somos muito diferentes uma da outra, eu sou mais animada e divertida, já minha irmã é mais na dela, mas mesmo assim nos damos muito bem . Estamos indo pra Forks, uma cidade bem peq...