Na trama envolvente de "Conexão Perfeita", conhecemos Alana, uma mulher corajosa que, recentemente libertada de um relacionamento abusivo, busca uma nova chance para a felicidade. Há três anos, ela ingressou no escritório de uma renomada multinacion...
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O clarear do dia emergiu suavemente pela janela, pintando o quarto com tons dourados. Como se fosse um ritual, fui a primeira a me erguer da cama macia, contemplando com calma a serenidade com que aquele homem dormia. Sua figura, encolhida e vulnerável naquele instante, quase parecia refletir uma inocência infantil, o oposto da aura poderosa que o cercava quando acordado. O dono daquela magnífica mansão estava mergulhado em um sono profundo, sua respiração tranquila e sua expressão facial serena indicavam que seus sonhos eram, sem dúvida, agradáveis.
Um súbito pensamento me fez corar intensamente; percebi, então, que tinha passado a noite toda completamente nua, revelando uma intimidade que, apesar de ainda estranha, era inevitável negar. O laço íntimo que havíamos forjado nos últimos dias parecia sugerir que compartilhávamos uma história de décadas, um sentimento que, honestamente, me deixava perplexa. Com passos silenciosos, me dirigi ao banheiro para escovar os dentes, tentando acalmar os batimentos acelerados do meu coração. O frio da manhã arrepiava minha pele, contrastando com a calorosa intimidade que reinava dentro daquela casa.
Após esse breve momento, segui até a cozinha, onde preparei um desjejum simples, porém cuidadosamente planejado para nutrir não só o corpo, mas também a alma. O aroma dos ovos mexidos, o frescor do suco de laranja recém-espremido e o sabor reconfortante das fatias de bolo de fubá com geleia de goiaba preenchiam o ambiente, despertando todos os sentidos. Organizei tudo com esmero em uma bandeja portátil, adicionando uma flor colhida do jardim para dar um toque de delicadeza. Com o coração batendo forte, levei a bandeja até o quarto, onde encontrei o magnata despertando lentamente, seus olhos se abrindo para me encarar com curiosidade e um sorriso sonolento.
Ainda me surpreendia por ter aceitado a proposta ousada dele, mas ali estava eu, diante daquela cama imponente, pronta para servi-lo com um café da manhã preparado com carinho pelas minhas próprias mãos. A emoção transbordava em cada gesto, pois além da gratidão pela oportunidade, eu também sentia uma chama inesperada de conexão e cumplicidade, algo que jamais imaginaria encontrar em um cenário tão improvável.
— Bom dia, minha linda! O que você andou aprontando? — Ele sorriu, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e carinho.
— Bom dia, preparei o seu café da manhã! — Entreguei a bandeja para ele, que começou a devorar rapidamente tudo o que havia nela, parecendo bastante faminto, como se a comida fosse uma fonte de energia necessária para o dia agitado que se anunciava.
— Hoje não vamos ao escritório! Tenho uma viagem à negócios e preciso que você me acompanhe! — Ele comunicou com uma ponta de excitação na voz. — O André também nos acompanhará! — Revirou os olhos, indicando que a presença do André talvez não fosse tão bem-vinda naquela ocasião.
— Você deveria ter me avisado antes, eu não trouxe roupas para frequentar eventos desse tipo! — Franzi o cenho, um misto de preocupação e surpresa.
— Fique tranquila, meu bem. Você poderá comprar o que quiser quando chegarmos lá, considere como um presente! — Ele piscou algumas vezes, tentando amenizar qualquer desconforto que eu pudesse sentir.
