Na trama envolvente de "Conexão Perfeita", conhecemos Alana, uma mulher corajosa que, recentemente libertada de um relacionamento abusivo, busca uma nova chance para a felicidade. Há três anos, ela ingressou no escritório de uma renomada multinacion...
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Decidi pegar um dos seus carros, confiante de que ele não se importaria com meu pequeno desvio. No caminho até o escritório, a expectativa crescia dentro de mim. Ao chegar, notei que todos os funcionários já haviam partido para o almoço, exceto André, que estava seriamente concentrado em seu trabalho. A situação ganhou contornos intrigantes quando percebi as persianas da sala de Eros abaixadas, criando uma aura de mistério ao redor do ambiente. Minha curiosidade foi aguçada, e eu me aproximei da porta da sala dele com passos hesitantes. O coração batia mais rápido enquanto eu imaginava o que poderia estar acontecendo do outro lado daquela porta. Finalmente, reuni coragem e abri a porta lentamente, ansiosa para descobrir o que me aguardava.
Para o meu desgosto, deparei-me com uma mulher loira - imediatamente percebi que era a mesma de Miami; não restavam dúvidas quanto a isso. A cena que testemunhei foi devastadora, deixando-me em estado de choque. Aquela maldita imagem fez meu coração parar por alguns segundos, aniquilando o restante de confiança e empatia que eu ainda podia sentir por qualquer outro homem. A mulher estava aos beijos com Eros, e para minha perplexidade, ele permanecia inerte, sem tomar qualquer atitude para impedir aquela traição. O que antes parecia um dia normal transformou-se em um turbilhão de emoções conflitantes. A dor da traição ecoava em cada batida do meu coração, deixando-me paralisada diante da cena que desmoronava as estruturas do que antes considerava seguro.
Não conseguia acreditar no que meus olhos enxergavam e não quis ficar para tentar entender o motivo de tudo aquilo. Fui consumida pelos piores sentimentos que um ser humano poderia suportar, incluindo o ódio, a mágoa e um ciúme gigantesco que ecoava dentro de mim. Tais sentimentos foram capazes de me desestruturar de maneira devastadora. Diante da traição flagrante, optei por recuar, deixando para trás o espetáculo doloroso que se desenrolava naquela sala. As lágrimas ameaçavam cair, enquanto a perplexidade se transformava em uma dor profunda que pesava em meu peito. A incerteza do motivo por trás daquela cena me atormentava, mas, naquele momento, era a dor aguda da traição que me impelia a me afastar, procurando refúgio na escuridão que se formava dentro de mim.
Saí correndo do local sem olhar para trás, acreditando sinceramente que Eros era apenas mais um homem a ser adicionado ao topo da minha lista de piores homens do mundo. "Como pude ser tão idiota? Acreditei nele, entreguei-me de corpo e alma!" Ponderava, completamente magoada. A sensação de traição e decepção era avassaladora, ecoando em cada passo que eu dava para me distanciar daquela cena dilacerante. Embarquei no elevador, e a porta já estava se fechando. Antes que pudesse se fechar completamente, testemunhei o instante em que Eros apareceu atrás de mim, gritando meu nome diversas vezes. O elevador começou a descer, e eu corri até o estacionamento. As lágrimas se misturavam com a chuva que começava a cair, simbolizando o turbilhão de emoções que tomava conta de mim naquele momento desesperador.
O peso da traição e da ingenuidade me acompanhava como uma sombra, obscurecendo qualquer resquício de confiança que um dia havia existido. Adentrei o carro, dirigindo sem rumo, afastando-me o máximo possível. O som dos gritos de Eros ecoava em minha mente, mesclando-se com o barulho do motor do carro enquanto eu tentava escapar daquela cena deplorável. As lágrimas obscureciam minha visão, mas a determinação de me distanciar daquele momento cruel impulsionava cada quilômetro percorrido. A estrada tornou-se um refúgio temporário, oferecendo-me a ilusão de escapar da dor que se instalava em meu coração. O horizonte distante parecia ser a única promessa de alívio diante da tempestade emocional que se desencadeava.
