CAPÍTULO 17 - Dia confuso (Parte 2)

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Ainda estávamos a caminho da empresa quando ele explicou que faríamos uma breve parada em um restaurante para almoçar antes de chegarmos ao destino final. A fachada do local lembrava um ambiente britânico rústico, com detalhes visualmente atraentes. Ao entrarmos, percebi que o interior era ainda mais encantador, emanando um charme espetacular. O ambiente possuía inúmeras mesas de madeira, à esquerda um palco grande onde um músico tocava uma melodia instrumental que invadia meus ouvidos, dissipando qualquer tristeza ou mágoa. Pela aparência nobre, deduzi que não era um lugar muito acessível, possivelmente um dos mais caros na região. 

Uma funcionária nos atendeu e nos conduziu a uma mesa mais reservada. Eros, agindo como um perfeito cavalheiro, afastou a cadeira para que eu me sentasse, e só então ocupou a sua. A gentileza e a atenção dele continuavam a me surpreender, adicionando um toque especial àquele momento que já se mostrava memorável. Iniciamos uma conversa sobre nossas vidas, e o diálogo fluía naturalmente. Em meio à troca de histórias, acabei revelando detalhes do meu relacionamento anterior, compartilhei minha experiência de quase morte, e pela expressão em seu rosto, percebi que ele ficou chocado com as informações recém-descobertas. 

A mesma funcionária voltou à mesa, entregou o cardápio e se retirou. Enquanto folheava as opções, os olhos do magnata encontravam os meus ocasionalmente, e tinha certeza de que minhas bochechas estavam rubras pela vergonha que ele provocava. A atmosfera do restaurante, combinada com a sutil tensão entre nós, criava uma cena digna de um filme romântico, transformando aquele almoço em um capítulo intrigante e promissor de nossas vidas entrelaçadas.

— Você está linda, esse vestido caiu muito bem em você! — Limpou a garganta, seus olhos fixos em mim.

— Obrigada! — Sorri um tanto sem graça e abaixei a cabeça, sentindo o calor subir às minhas bochechas.

— Precisamos conversar, é um assunto meio delicado! — Ele suspirou, sua expressão tornando-se mais séria. — Nem sei por onde começar! — Suas mãos passaram pelo rosto de modo rude, e meu coração começou a bater descompassado, pensando que, talvez, ele pudesse revelar que era um homem comprometido.

— Dá pra você falar logo? Estou ficando aflita com a sua demora! — Encarei seus olhos profundos e negros, buscando por respostas.

— Ninguém no escritório pode saber sobre a gente! — Murmurou, sem me encarar diretamente.

— Tudo bem, mas será que eu posso saber o motivo? — Arqueei a sobrancelha, tentando entender suas razões.

— Não quero que te vejam com maus olhos lá dentro, é simplesmente por isso! — Ele explicou, revelando uma preocupação que, de alguma forma, tocava meu coração e despertava uma nova camada de entendimento sobre nossa situação. A complexidade dessa relação se desenhava diante de nós, e eu me via navegando em águas desconhecidas, com o peso da expectativa e do segredo que pesava sobre mim.

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