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O fim de semana chegou, e então eu enfim estava animada para uma promissora noite de diversão em Berkeley

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O fim de semana chegou, e então eu enfim estava animada para uma promissora noite de diversão em Berkeley.

Eu costumava sair com meus antigos amigos e claro, Léo.

Costumávamos beber, cantar, dançar até tudo em nós estar doendo ou a bebida não conseguir se conter mais no estômago.

Eu era ainda mais jovem e eu tinha tudo.

Acreditava que eu e meus amigos éramos infinitos e a alegria dançava pelo meu corpo, junto à eletricidade crescente da diversão inundando cada partezinha do meu ser.

Eram tempos incríveis.

Eu não sou nenhuma velha, muito longe disso, aliás.

Mas depois que você se depara com a finitude da droga da vida, alguns prazeres se esvaem. Nem tudo continua tão divertido. É como se arrancassem de você aquela parte que acredita que viver é uma delícia, é como se acrescentassem alguns anos nas suas costas sem que você tenha pedido por isso.

No México, demorou para que eu tivesse vontade de ir à uma festa de novo. Respeitei todos os dias meus pesadelos, minhas dores e as crises de ansiedade e pânico.

Ninguém tinha nada a ver com isso, só eu, então, lidava com esses demônios sozinha. Por mais difícil que fosse.

Eu não trouxera muitas roupas para sair, portanto, Denise me emprestou um vestido preto brilhante que ela tinha.

A proposta dele era ficar bem colado ao corpo, realçando curvas e todo o resto, e ele cumpriu muito bem com o que prometia.

Coloquei um par de sandálias também pretas, com um salto médio. Passei um batom vermelho e fiz uma maquiagem rápida, mas bem elegante, com um delineado divino, borrifei um perfume suave e adocicado, e enfim eu estava pronta.

[...]

Saí do quarto e encontrei Leonardo com um casaco jeans esverdeado e uma camiseta preta por baixo. Ele engoliu seja lá o que estava bebendo, bem depressa, e sorriu ao me ver.

- Porra, Annelise! A quanto tempo eu não te vejo vestida assim, tão linda! - sorri para ele. Seus olhos desceram e subiram nada depressa e eu não segurei uma gargalhada.

Dylan estava no sofá, bem perto de nós, e eu também vi quando ele parou de ler o que quer que estava lendo, só para me olhar.

Encarei-o de volta, aqueles olhos brilhosos e hipnotizantes, por longos segundos, mas me voltei para o meu amigo antes que eu me perdesse ali mesmo.

Era perigoso demais encará-lo por muito tempo.

- Você não sabe quanto tempo faz que eu não me visto assim. - ri. - Denise vai nos buscar, então? - tentei mudar de assunto e me concentrar só no Léo.

- Exatamente. Vamos esperar por ela. - assenti, sentando-me no outro banco na frente do balcão.

- Que horas você vai voltar, Leonardo? - Dylan indagou, de repente.

Impossible [Livro único]Onde histórias criam vida. Descubra agora