Depois de duas ou três músicas, decidimos que deveríamos voltar para a mesa.
Meus pés já estavam ardendo dentro das sandálias de salto, implorando para descansarem enquanto latejavam.
- Para mim, isso é uma desculpa. - ele abriu um sorriso divertido que tirou toda a carranca que sua expressão séria lhe dava.
- Dylan, vamos logo ou posso acertar esse sapato bem no meio dessa sua cara idiota. - disparei, mas ele estava inabalável.
- Gostaria de ver toda essa sua coragem e fúria, Annelise. - falou, pegando uma cerveja no balcão enquanto íamos em direção à mesa.
Eu estaca mancando enquanto ele ria, com uma das mãos no bolso. Disparei dezenas de xingamentos contra ele, o que só aumentava a sua prepotência.
Quando chegamos, Léo nos encarou cheio de raiva por termos o deixado sozinho por tanto tempo, mas a verdade é que eu tinha me esquecido que ele estava no banheiro, ou até mesmo no bar.
Me reservei a esconder o riso em um olhar cúmplice e engraçado a Dylan.
Pouco tempo depois, pagamos a conta e fomos para casa todos juntos.
Havia muito tempo que eu não me sentia tão bem.
[...]
- Vou para a academia está bem? - Léo deslizou sua mão pelo meu rosto, demorando-se. - Mas eu juro que volto logo! - estreitei os olhos curiosa sobre como ele conseguia ter todo esse ânimo e não se dar por vencido pela ressaca, como eu.
Meu corpo estava terrível, dolorido e completamente desidratado.
- Vá tranquilo. - ele beijou minha testa e se foi. Assim que ele saiu eu liguei para dar notícias para a abuela.
- Cariño! Como está por aí?
- Estou bem, abuela. - sorri, havia algum tempo desde que ouvi a sua voz - E por aí? Como a senhora está?
- Tudo bem por aqui também, pensei que tinha perdido o meu número.
- Nunca. - ri - A senhora... A senhora tem notícias da minha mãe?
- Liguei lá semana passada. Ela está tomando os medicamentos e seguindo o tratamento. Vou ligar hoje a noite também, para saber mais notícias e qualquer coisa eu te aviso.
- Certo. - sorri, suspirando - Talvez, no próximo mês eu vá visitá-la. Estou juntando dinheiro para alugar um apartamento, mas você sabe como é, empre surgem alguns gastos aleatórios.
- Claro que eu sei, querida. No fim do próximo mês, me avise que eu posso completar pra você e aí você já se muda, cariño.
- Está bem, vou te avisando então.
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Impossible [Livro único]
Roman d'amourAnnelise Monterez perdeu parte da família em um acidente de carro há três anos, e agora está de volta à cidade da tragédia para estudar na universidade. Ela reencontra velhos amigos e antigas histórias não terminadas que vão se chocar com o seu mund...