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Era como um sonho

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Era como um sonho.

Zermatt, era de fato, a coisa mais próxima da Velaris que alguém poderia imaginar. Era uma cidade graciosa, e naquele momento, coberta por neve.

Dylan e eu caminhamos pelas ruas e eu não conseguia conter nem um pouco toda a minha empolgação.

As casas, maravilhosas e e muito fofas, pareciam de mentira. Quase todas eram feitas de madeira escura, e com o teto naquele formato triangular. Nós dois, vindos de uma faculdade de arquitetura, surtamos juntos.

Em sua maioria, tinham mais de um andar, e muitas, ainda no térreo, ofereciam algum serviço, como restaurantes. Além disso, havia por lá, vários edíficios de madeira com mais de quinhentos anos de idade. Todos decorados com flores coloridas nas janelas, extremamente convidativos.

E claro, a parte mais incrível de todas; o Matterhorn; uma das montanhas mais altas dos alpes. Aquela, que se parecia muito com o símbolo de Velaris da estampa da minha camiseta.

- Não acredito que estamos aqui de verdade! - tive um mini surto enquanto tomávamos sorvete de baunilha, caminhando pelo vilarejo.

- Você está gostando? Acho que se esperarmos um pouco, vamos ver o trio Illyriano voando por aí. - gargalhei.

- Você não existe. - brinquei, olhando mais uma vez ao redor. Ainda não acreditava que realmente estávamos lá.

Ainda não acreditava que estava vivendo esse sonho.

Nós decidimos que iríamos recomeçar depois dessa viagem. Iríamos para algum lugar, bem longe de Berkeley. Ele tentaria um novo emprego e eu buscaria uma nova faculdade. Juntos, como esperamos por tanto tempo.

- O que vai ser depois?

- Como assim? - balancei a cabeça, voltando a me concentrar no que ele dizia.

- Quero dizer, eu já li Acotar e nós já viemos para Velaris. O que eu devo ler em seguida?!

- O quê? - minha indagação soou mais estridente do que eu esperava - Você quer mais?

- Tudo o que você recomendar, meu amor. - ele sorriu e eu derreti por dentro, agarrando-me ao seu braço.

Nós continuamos o passeio, maravilhados. As pessoas que moravam por lá eram amáveis e muito gentis; todas sorridentes. Não havia muito o que se fazer, porque era uma cidade pequena, com neve por todo lado, mas com aquele charme de tirar o fôlego.

Quando anoiteceu, dirigimo-nos para um dos restaurantes locais.

As luzes douradas davam um ar mágico para o lugar rústico, todo decorado em madeira. Sentamos em uma das mesas e Dylan fez um sinal engraçado para o garçom.

Encarei meu companheiro por alguns instantes.

O homem mais gostoso da Terra, foi o que eu concluí enquanto observava.

- Não olhe agora. - falou, e eu franzi as sobrancelhas.

- Não olhe para o quê?! - eu me virei e vi o garçom se aproximar com um buquê de rosas vermelhas e uma garrafa de champanhe. Arregalei os olhos, incrédula.

Dylan sorriu, tirando do bolso da calça de alfaiataria preta, uma caixinha escura, aveludada.

- Você quer se casar comigo, Annelise Monterez? Aceita ser minha "grã-senhora"? - arregalei os olhos, que já deviam estar inundados. Sentia meu peito bater tão forte que não sabia mais o que fazer, como respirar, como não agarrá-lo ali, na frente do rapaz que segurava meu buquê.

- É claro que eu quero. - finalmente disse e o jovem me entregou as flores, com um sorriso, nos parabenizando.

Dylan se levantou, e se curvou na mesa, levantando meu rosto com o indicador. Encostou nossos lábios num beijo gentil, e eu senti a felicidade envolvendo todo o meu ser de forma genuína. Nunca havia experimentado algo como isso.

- Você tem o gosto do paraíso - sussurrou no meu ouvido - Vamos beber logo esse champanhe e ir para o hotel ou eu vou arrancar esse seu vestido aqui mesmo, na frente de todos. - meu coração deu um tropeço. Dylan me fazia sentir todas as sensações do mundo, ao mesmo tempo.

Ele se sentou, arranhou a garganta e ajeitou a gravata que deixava ele tão bonito quanto um deus. Eu cruzei as pernas, coisa típica de leitoras - se é que vocês me entendem - e ansiei para que aquela garrafa de champanhe chegasse logo ao seu fim.

[...]

Assim que chegamos, Dylan se encontrava inquieto, como se não suportasse mais o peso das suas próprias roupas. Quando eu o encarei, cheia de felicidade, com um anel em um dos meus dedos, eu vi a luxúria verde cobrindo seus olhos. Me senti minúscula, enquanto ele fechava a porta atrás de si.

O sorriso que ele tinha era doce e ao mesmo tempo pecaminoso. Eu amava tudo nele, toda aquela combinação embaixo do terno que ele estava usando.

- Você está tão bonita nesse vestido... - falou se aproximando, no instante em que eu dava passos para trás, até tropeçar e cair na cama. Sorri desajeitada, sem saber mais como reagir. - Bonita pra caralho meu amor. - rosnou, com uma voz mais profunda do que o normal, que me causou arrepios. - Fiquei pensando qual tipo de anel ficaria bonito no seu dedo... - deslizou sua mão pela minha e eu já tinha prendido a respiração. - E acho que talvez eu tenha acertado.

- Eu amo muito você. - sussurrei, desesperada por dizer aquelas coisas. Ele sorriu, os olhos verdes me devorando com os olhos.

- Eu te amo muito mais. - sua boca pairou sobre a minha e eu a agarrei, me lembrando de como era me sentir no nirvana. Ele subiu meu vestido de seda até deixar meus quadris expostos, alisando minha coxa com a mão esfomeada. - Seu gosto vai escorrer pelas suas pernas quando terminarmos. - sussurrou, com seu hálito quente batendo na minha orelha, e eu mordi o lábio. - Que escandaloso.

- Você não gosta? - pisquei os olhos, forçando piedade.

- Não me encare assim. - agarrou meu pescoço com os dentes, brincando com os lábios e a língua e eu deixei escapar um gemido. Seus dedos deslizam suavemente pelo fino tecido que cobrem minha intimidade.

- Por quê não gosta que eu te encare assim? - perguntei ofegante, desesperada para que ele me tocasse ainda mais.

- Por que você me faz querer invadir você. - mordeu minha orelha e eu me encolhi.

- Eu quero que você faça isso. - supliquei, encarando minha ruína esverdeada. Algo escureceu em sua áurea, mas eu não tinha medo dele.

Impossible [Livro único]Onde histórias criam vida. Descubra agora