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Depois da conversa tensa, nós tentamos nos distrair falando sobre música, a banda de Artemis, viagens e outros assuntos completamente aleatórios

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Depois da conversa tensa, nós tentamos nos distrair falando sobre música, a banda de Artemis, viagens e outros assuntos completamente aleatórios. Mesmo tentando bastante, minha cabeça não saía da nossa conversa anterior, não saía daqueles avisos vazios que ele me deu.

Artemis me deixou em casa, como combinado, e eu respirei fundo, ainda na porta do apartamento.

Mandei uma mensagem para a imobiliária, propondo uma visita a um dos apartamentos. Engoli seco e finalmente, criei coragem para entrar.

- E ai, linda? - Léo estava jogando alguma coisa, sentado no tapete da sala - Vocês duas se divertiram?

- Ah sim, claro. - sorri fechando a porta, mas então percebi o que havia de errado. Franzi as sobrancelhas e o encarei. - Vocês duas... Quem?

- Ué, você e a Denise. - falou sem tirar os olhos da tela. - Não?!

- Certo, mas como você sabia que eu tinha saído com ela?

- Você não me disse? Claro que me disse, como eu saberia? - me deu um olhar confuso e depois voltou a se concentrar no jogo.

- Não, eu não te disse. - retruquei - Como você sabia com quem eu estava? - apoiei os braços no sofá.

- Ah sei lá, se você não disse eu supus. - continuou movendo os dedos rapidamente nos botões do controle preto. Estreitei os olhos e o deixei, indo em direção ao meu próprio quarto.

Quando abri a porta, levei um susto.

- Puta que pariu Dylan. - falei baixo, colocando a mão no meu próprio peito, sentindo meu coração disparado. - O que você está fazendo aqui?

- Você está me evitando. - ele se sentou na cama. - Decidi ficar esperando você aqui, onde eu tinha certeza que te encontraria.

- Saia do meu quarto. - suspirei - Por favor.

- Você vai embora daqui? - questionou com olhos chorosos. Eu não tive coragem de encará-lo de fato.

- É, sim, em breve. Pode sair agora, por favor?

- Annelise eu...

- Esqueça tudo o que aconteceu. Por favor, vamos ficar melhor assim. - suspirei, levando as mãos ao rosto.

- O que ac...

- Saia do meu quarto. - encarei-o firme - Ou eu vou fazer um escândalo para o Leonardo. - ele arregalou os olhos, surpreso, como se estivesse sendo machucado de verdade.

Alguém como ele poderia mesmo ser ferido?

- Certo... Eu só... - encarou o chão, franzindo as sobrancelhas - Tem razão. Desculpe. - ele passou por mim, deixando somente o rastro de perfume e o gelo da sua ausência.

Aquela ardência no fundo da garganta apareceu de novo, eu queria chorar.

Mas antes que eu sequer pensasse em me sentar e começar a me martirizar, meu celular vibrou no bolso.

Impossible [Livro único]Onde histórias criam vida. Descubra agora