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Nós trocamos algumas mensagens de madrugada

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Nós trocamos algumas mensagens de madrugada.

Ele foi muito fofo e se desculpou por não ter enviado nenhuma mensagem antes, por que Denise avisou que eu não estava muito bem e ele não queria incomodar. Júnior ainda me convidou para sairmos um pouco para conversarmos depois do meu trabalho.

Acho que tudo bem se eu saísse com ele, e tudo bem também se eu estivesse finalmente procurando um apartamento para morar.

Já fazia algum tempo que eu estava vivendo na casa dos Warner, e tinha sido muito feliz e bem acolhida, de fato.

Entretanto, as coisas não podiam continuar assim. Eu precisava de um lugar só meu, sem homens, se é que entendem o que eu quero dizer. Não sou uma ingrata também, eles tinham me salvado várias vezes desde que eu cheguei, e se não fosse por eles, as coisas estariam longe de "bem" agora.

Procurei por alguns apartamentos no bairro da faculdade, mas todos eram bem caros por essa mesma razão. Mas, não seria impossível fazer uma boa oferta ou negociar com alguma dessas imobiliárias.

Muitas coisas tinham acontecido comigo nesses meses de volta à Berkeley.

Minha mente tinha me traído todas as vezes que pôde. Ela era como uma doença mortal da qual eu nunca me livraria. Todas as vezes que eu me divertia, sentia-me culpada por não estar chorando, por não continuar sofrendo. Não conseguia dormir porque minhas piores memórias eram bombardeadas o tempo todo, segundo após segundo.

Suspirei, percebendo que meus pensamentos tinham ido para bem longe dos prédios dos anúncios, como sempre. Decidi, então, tomar um banho e relaxar.

[...]

A noite passou bem depressa no café.

Como um bom fim de semana, estava lotado e haviam pedidos e mais pedidos. Quando percebi, meu avental estava ensopado, e no final do expediente, minha cabeça até latejava.

- Fez ótimo trabalho hoje, Monterez. - sorri para Lilia, indo em direção ao banheiro.

- Você se importa se eu me trocar e me arrumar aqui? Vou sair daqui a pouco... - a morena me mostrou os dentes em um sorriso radiante.

- Que gracinha! É claro que pode. Vou fechando as coisas com as meninas. - avisou enquanto se afastava.

Tirei de dentro da mochila um dos únicos vestidos que trouxera do México.

Era verde musgo, aveludado, com mangas compridas. Justo ao corpo, como eu gostava e me sentia confortável, e por fim, um lindo decote em "V". Desfiz o coque e tentei arrumar as ondas vermelhas dos meus cabelos, em uma bagunça menor. Fiz uma maquiagem bem rápida, e coloquei a sandália preta de saltos médios.

Fiquei imaginando por um instante, enquanto encarava meu reflexo no espelho, se aquela mulher com quem Dylan conversou no telefone era mais atraente do que eu. Se era mais interessante, se o fazia rir, ou se o fazia sentir aquela excitação que eu sentia só de pensar nele.

Impossible [Livro único]Onde histórias criam vida. Descubra agora