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"Querida você é como relâmpago em uma garrafa

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"Querida você é como relâmpago em uma garrafa. [...] E tudo que eu preciso é ser atingido por seu amor elétrico."

Eletric Love - BØRNS  

[...]

- Me desculpe. - ele se afastou, limpando o rosto - Sei que você tem problemas muito maiores e...

- Sua dor não é menor que a minha. - sorri fraco - Eu não sei como é perder alguém com quem eu pretendia me casar. Eu não sei nada do que você passou. Não se preocupe. - deslizei a mão pelo seu ombro e braço, descobrindo a textura da sua pele acastanhada. Um lampejo de algo passou pelo seu olhar.

- Eva era linda... - divagou - Mas ela era muito triste também. Bom, ela se tornou em algum momento e eu não percebi. Ela não me contava mais nada, não conversávamos direito depois de um tempo. Ela não sorria mais, não dizia uma palavra, parecia em uma eterna tristeza, ou reclusão. E então, algo aconteceu e ela se jogou, no dia da festa. - encarou o nada, piscando lentamente. - Nunca vou entender o que aconteceu. - suspirou - Talvez tenha sido muito ruim estar comigo todo esse tempo. - riu-se sem nenhum vestígio de felicidade - Talvez a culpa seja minha.

- Não perca seu tempo tentando entender. - ele me encarou com uma espécie de confusão desgostosa - É sério. Você não iria entender nem mesmo se ela viesse aqui e te explicasse. Não adianta. - suspirei - É o que é. Deixe arder.

Queria dizer a ele que não era difícil estar com ele, que ninguém se sentiria daquela forma perto dele. Queria que ele soubesse tudo que eu pensava. Mas engoli.

- Você... - respirou fundo - Tem razão.

- Não te conheço há tanto tempo assim e nem posso dizer nada com propriedade. - pisquei, tentando admitir o que eu disse como verdade - Entretanto, eu sei que você tem sido forte. O luto é... - ri fraco quando as palavras fugiram - Eterno, e é difícil fingir que não se importa mais.

- Eu... - suspirou, limpando o rosto - Obrigado. Você sabe, por ter me ouvido.

- Sempre que precisar. - sorri sincera.

- Porque fez isso, afinal? - dei uma risada com a pergunta repentina.

- Bom, eu não tenho ninguém para me abraçar quando tenho um pesadelo, e é por isso que eu não durmo direito as vezes. - confessei e ele levantou as sobrancelhas - Eu nunca tive ninguém para me dizer que as coisas ficariam bem, até que eu fui embora. Então eu sei o quanto é horrível chorar... Sem ninguém para fazer algo a respeito. - dei de ombros me levantando, para ir ao meu quarto - Nada vai sair daqui, se isso sequer te preocupa. Boa noite, Dylan.

[...]

- Que merda. - ela tomou um gole da sua soda italiana - Acho que é meu dever como sua amiga arrumar um cara gostoso pra você sair logo e parar com essa merda de ficar trancafiada com dois irmãos de caráter duvidosos. - a loira me encarou sorrindo.

Impossible [Livro único]Onde histórias criam vida. Descubra agora