Liberdade, ou não?

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- O quê?!! – Beidou gritou. A frota e a tripulação já estavam desesperados com a questão financeira e as multas para receberem um baque desse. Todos começaram a se agitar nervosamente.

-Capitã, o que faremos? – perguntou Huixing.

- Eu vou até o Ministério descobrir o que houve. – a capitã disse com voz firme. Em momentos como esse ela tinha que tomar as rédeas da situação, afinal, era responsavel por cada um ali. – Eu não entendo. Alguém deve ter dedurado o nosso esquema. Não é usual que tenham Mileliths patrulhando tão tarde na madrugada.

Ela se perdeu em pensamentos, tentando encontrar sentido no que acontecera a Furong. Perecebendo o olhar preocupado do pessoal, voltou rapidamente ao modo líder.

-Hey, não se preocupem, ok? Vou trazer a Furong de volta antes que vocês possam dizer o nome dela. – disse, colocando a mão no ombro de Huixing e dirigindo-se a todos. – Me desejem sorte.

Com o ressoar de vários "boa sorte, capitã", Beidou partiu para o Porto. Não sabia muito bem o que esperar, mas levava consigo o pagamento pelas multas, com uma dor no coração por saber que ficariam zerados.

Chegando no prédio do Ministério de Assuntos Civis, não esperou autorização e foi direto ao balcão, batendo com as duas mãos na madeira e sobressaltando a funcionária atrás dele.

-Onde está Furong?

-C-Capitã Beidou, como eu posso ajudá-la? – a moça gaguejou.

-Furong, da minha tripulação. Você a prenderam de madrugada.

-A-ah, c-certo capitã Beidou. Ela está na cela provisória.

-Eu preciso dela de volta.

-Infelizmente isso não será possível, a não ser por ordem direta dos Qixing ou por pagamento de fiança.

-E quanto é a fiança?

- 15 milhões de Mora.

A rainha do mar socou o balcão, frustrada. A jovem atrás dele deu um salto. "Merda, não temos mais um centavo", pensou. Olhou em volta buscando algo que lhe desse uma ideia. Ela tinha dito ordem dos Qixing não era? "Ningguang", pensou. Beidou poderia ir até a Tianquan implorar para soltar sua marinheira. Ou talvez pedir mora emprestada? Ambas as soluções pareciam humilhantes demais e não queria ter de recorrer a nenhuma delas. Eles fariam mais trabalhos, caçariam mais tesouros, qualquer coisa que pagasse.

-Eu posso falar com ela? – voltou-se à funcionária.

-C-claro capitã, siga-me.

A jovem levantou num movimento rápido, já se encaminhando para a parte de trás do prédio, onde ficavam as celas provisórias.

Furong estava lá, sentada sozinha atrás das barras. Parecia bem fisicamente, mas emocionalmente ansiosa. Balançava a perna nervosamente.

-Furong! – disse Beidou, correndo para segurar as barras da cela. A jovem marinheira fez o mesmo, levantando-se num pulo.

-Capitã! Eu sabia que viria me salvar!

Beidou olhou para baixo. Pobre Furong, ela iria destruir suas esperanças de sair dali.

-Infelizmente, não temos dinheiro para sua fiança. -disse, triste. – Mas eu vou dar um jeito! Pode confiar em mim.

Dois Lados da Mesma MoedaOnde histórias criam vida. Descubra agora