- Três; At some point -

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Adrien caminhou passando pelos portões da faculdade. Olhou para as árvores majestosas de copas verdes com flores graciosas que cresciam em volta, naquela manhã ensolarada de sexta.

Observou estudantes conversando sentados na grama. Alguns passavam ao seu lado com pressa. Um grupo de garotas chamou sua atenção. Elas caminhavam tranquilamente ao seu lado, rindo alegremente.

Algo naquelas risadas o fez parar de andar. Sendo traído pela própria mente, ele viu flashes de algo que não soube dizer se era um sonho a muito esquecido ou suas memórias;

"Uma menina de maria-chiquinhas graciosas, que ele não pôde ver o rosto, riu fofamente para ele.

"Continua, Adri. É tão bonito." - ela dizia balançando as perninhas sentada ao lado dele no banco do piano.

Viu a si mesmo com sete anos soltar uma risadinha.

"Tudo bem, eu posso tocar outra. Qual que você quer?" - respondeu tombando a cabeça, sentindo os fios loirinhos caírem em seu rosto.

A menina se pôs a mexer em seu cabelo pondo os fios para trás se aproximando. O menino sentiu o rosto esquentar pela proximidade.

"Brilha, brilha estrelinha, Adrien. - ela pronunciou com um sorriso infantil e fofo."

"Tem certeza? Eu posso tocar uma mais difícil do que essa."

"Tenho. Eu não quero que você se esforce tanto. Parece adulto. Toque coisas de criança." - respondeu com um bico mimado nos lábios.

E estranhamente ele se lembrou que desde criança todos o aplaudiam e o parabenizavam por poder tocar tão jovem peças clássicas de alta dificuldade. Mas ninguém nunca havia dito a ele para ser uma criança.

Apenas uma criança.

E então aquele menino de sorriso fácil e olhos verdes brilhantes tocou "Brilha, brilha estrelinha" como uma verdadeira criança.

A menina ao seu lado cantava balançando a cabeça de um lado para o outro, rindo de vez em quando, enquanto ele tocava.

"Toca mais, Adri." - a pequena bateu palminhas quando o garotinho terminou.

"Brilha, brilha estrelinha de novo?" - perguntou com um sorrisinho alegre.

"Sim!" - pronunciou animada.

O loirinho riu soltando o ar pelo nariz.

"Sim, senhora!" - ele bateu continência. Voltou o olhar para o piano."

E quando aquele menininho finalmente se virou podendo enxergar melhor quem era a menina ao seu lado naquela lembrança, Adrien sentiu alguém trombar em seu braço, lhe tirando de seu devaneio momentâneo. Impossibilitando de ver quem era a menina.

Num impulso ele segurou o braço da tal pessoa impedindo que ela caísse. Pelo movimento rápido ela se chocou em seu peito, ricocheteando para frente, quando ele pôde enxergar quem era.

Um vento forte o atingiu.

Marinette Dupain-Cheng o encarava com os olhos azuis que cintilavam assustados pela quase queda. Mas aquele olhar se tornou curioso.

Com os rostos próximos demais, Adrien percebeu que as bochechas dela tomaram um lindo tom rosado. Os cabelos preto-azulados balançavam sinuosos pelo vento. A franco-chinesa sobressaltou os olhos em surpresa quando sentiu a respiração dele sobre si.

O Agreste finalmente se deu conta da proximidade perigosa. Rapidamente a largou vendo a cair com o bumbum no chão.

— Ah, é você... - ele pronunciou cruzando os braços e desviando o olhar com uma expressão de desagrado.

No Way, Dumb!Onde histórias criam vida. Descubra agora