- Vinte e seis; I love you, Agreste -

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Notas inicias;

Vocês vão saber o momento exato de por esse clássico da série pra reproduzir. A narrativa dirá a vocês.

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Pelos dias que se seguiram Adrien não teve problemas em convencer a mãe de que criaria um gatinho na mansão. Algo lhe dizia que seu namoro oficial com Marinette havia sido o motivo do bom humor da Agreste, que por sua vez não conteve uma risada ao descobrir que o filho dera o nome do pobre felino preto de Chat Noir, nem um pouco criativo em sua opinião.

É claro que o nome não passou desapercebido pela língua afiada da Dupain-Cheng que fez questão de provocá-lo com piadinhas por dois dias inteiros.

O pensamento tranquilo e engraçado em seu ponto de vista só o fez rir. Para ele, era bom relaxar e evitar a tensão daquela noite importante, em que ele seria mais uma vez o último a se apresentar para aquele concerto de final de ano.

Ajeitando a gravata de seu terno preto alinhado ao seu físico atlético, Adrien suspirou, antes de deslizar a mão pela cauda do piano no centro do quarto com certo cuidado e atenção.

Seu piano era o começo de tudo, o motivo de ter Marinette ao seu lado, a razão pela qual ele havia se apaixonado.

Aquele instrumento era ponto central da narrativa, cuja a história entoada era a da sua própria vida.

E ele seria aquele, cuja melodia anunciaria seu fim.

As batidas na porta o fizeram sorrir com certa leveza antes de se virar e ver Plagg, escorado no batente, com um sorriso um tanto saudoso.

— Tá na hora, Adrien.

O rapaz assentiu, caminhando para fora, sem antes afagar os pelos do gatuno que dormia tranquilamente em sua cama.

— Todos estão esperando por você no teatro. - os dois desceram as escadas lado a lado.

Seguindo para a garagem, Plagg estranhou o quão silencioso Adrien parecia estar.

— Você está bem? - o mais velho tocou-lhe o ombro preocupado.

O rapaz o olhou, antes de soltar uma pequena risada.

— Eu estou bem, de verdade. Só um pouco nervoso. - ele levou os dedos a nuca. - Foi uma longa caminhada até chegar aqui, não acha?!

Plagg soltou uma leve risada.

— Não sei bem...você diz isso sobre sua apresentação ou sobre a Marinette? - ele fingiu pensar, a pergunta era mera provocação.

Adrien emudeceu.

— Os dois. Uma coisa se conecta a outra de qualquer maneira.

O professor levou as mãos para seus ombros de maneira encorajadora.

— Isso faz parte, garoto. Momentos, situações, provações ou seja lá o que for sempre começam e terminam, nada dura para sempre, ou é eterno, nem a própria vida é. - ele pareceu comovido pelas próprias palavras. - Foi uma longa jornada de anos até chegarmos aqui, mas é assim que jornadas terminam e outras começam, quando a cortina do seu espetáculo se fecha. Afinal, o fim é só o começo para algo novo.

Plagg abriu a porta do Alpine A110, uma releitura atualizada do clássico A 108, e uma relíquia sem igual para o mais velho.

Adrien o fitou por minutos, refletindo sobre as palavras de seu professor. Ele entendeu, que o fim estava próximo, apenas para algo novo pudesse começar.

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