- Nove; Being a dumb like always -

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Marinette levantou da cama naquela madrugada de terça para quarta-feira, sem sono. Os pensamentos inundados pelos acontecimentos recentes.

Abriu a porta. Caminhou pelos corredores escuros e de certa forma assombrosos da Mansão Agreste, trajando um pijama de frio sob um roupão rosa felpudo.

Ela desceu parando ao pé da escada, sentando no primeiro degrau. Apoiou os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos, pensativa.

Inúmeras informações novas enevoavam sua mente.

Luka a havia traído.

E a última pessoa que ela esperava que fosse confortá-la tinha feito aquilo.

Adrien novamente havia sido gentil de um jeito tímido e único.

"...você não enxerga o Luka como ele é, e muito menos enxerga o Adrien como, verdadeiramente, ele é..."

Então era aquilo que Alya queria dizer. A verdade sobre Adrien e sobre Luka. Uma verdade que agora ela via. E ela entendia.

Mas ela não poderia ser culpada, o Agreste não era lá a pessoa mais gentil que ela conhecia. Ele nunca havia mostrado aquele lado antes, não como ultimamente fazia.

A sensação era estranha.

A gentileza de Adrien era acolhedora e calorosa de um jeito bom, com o qual ela não estava acostumada depois de inúmeras discussões e brigas infantis.

Mas aquele lado do loiro era algo que ela queria continuar a ver.

Queria muito ver.

— Ainda acordada? - a voz de Adrien ressou com sono ao seu lado. Ela o encarou, despojado em um conjunto de moletom cinza.

Se assustou pela proximidade repentina.

Ele se sentou ao seu lado bocejando.

— Tô sem sono. - respondeu simplória.

— Tendi. - ele olhou para frente fazendo uma careta se distraindo.

Marinette estava quieta e silenciosa, nem parecia a mesma tagarela de sempre com uma resposta na ponta da língua.

Bom, não poderia reclamar. Ele entendia.

— Bora, Marinette. Nosso treino começa amanhã. Então dorme logo, porque eu não vou pegar leve com você.

Ela o encarou em choque se recostar apoiando os cotovelos no degrau acima e relaxar o corpo.

— O que?

Adrien riu. Talvez ela precisasse de um pouquinho de sua provocações costumeiras do que palavras ao vento de conforto.

— Limpa esse ouvido se você não tá ouvindo direito. - sorriu brincalhão.

— Adrien, eu não quero...

— Tô nem aí. Você tem que se tornar modelo da marca. Vida que segue! A gente começa cedo. Você não tem aula amanhã, certo?!

— Não...

— Ótimo! Então é melhor você se preparar.

Ela bufou e rolou os olhos sobre o sorrisinho cínico do Agreste mais novo.

Ele se levantou subindo as escadas devagar.

— Pé no saco. - o provocou sem olhá-lo.

— Mimadinha. - ele parou e virou o corpo encarando a Dupain-Cheng que ainda olhava para frente.

Mas repentinamente ela se virou e o encarou com um sorriso amável no rosto. Um sorriso que ele pensou já ter visto antes em alguém, mas não se lembrava quem.

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