- Sete; The truth -

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Sentada a mesa do escritório, em frente a Gabriel Agreste, Marinette ainda se lembrava da sensação sufocante de dois dias atrás.

"A Dupain-Cheng observou Emilie sair do quarto de Adrien com um sorriso fraco no rosto.

Ela chamaria a mais velha se as notas do piano do Agreste não tivessem prendido sua atenção.

Marinette sabia que ele era talentoso, diversas vezes o ouvia tocar de seu quarto. E às vezes escondida, se aproximava para ouvir com mais clareza, mas ele jamais saberia daquilo.

Não poderia dar esse gostinho a ele. Nunca!

Mas naquele momento algo pareceu diferente.

A melodia invadia seus ouvidos, fazendo seu coração bater controlado pela música. Uma sensação estranha a preencheu e a vontade de chorar repentina a sufocou.

Ela estava triste.

A melodia era triste.

Se recostou na parede, deslizando o corpo para o chão. As lágrimas escorreram por algum motivo desconhecido para a franco-chinesa. Lágrimas tão densas que ela não pôde controlar.

Por que ela estava chorando?

E ela simplesmente se rendeu ao choro abafado, sem entender o porquê aquilo a afligia. Encolheu o corpo apoiando a cabeça nos joelhos, fechando os olhos com força.

Mas por um segundo, Marinette só quis abrir aquela porta e abraçar Adrien, por um motivo ainda mais desconhecido que os outros. No entanto, ela não o fez.

"Bugboo?"

Rapidamente ela levantou a cabeça ofegante.

Aquela voz...

Porque aquilo invadia sua mente mais uma vez perto de Adrien?

Quem era? Quem era aquele menino?

"Oi, Bugboo!"

— Marinette!

Retirada a força de seus devaneios, a Dupain-Cheng encarou seu padrinho que mantinha um olhar preocupado.

— Você está bem, querida? Parece meio perdida. - abaixou o croqui que segurava estendendo-o na mesa.

A franco-chinesa sorriu amarelo.

— Desculpa. Eu estou bem, sim. Só um pouco distraída. - respondeu cautelosa.

— Bom, você tem que se apressar se não vai se atrasar pra sua aula, Marinette.

A mestiça se inquietou na poltrona olhando assustada para o relógio na parede.

Certamente ela se atrasaria mais uma vez naquele dia.

— Oh, sim. E-eu preciso ir. - se levantou apressada. - Tchau, tio. - acenou saindo em disparada do recinto.

Subiu as escadas passando com rapidez por Adrien sem perceber a presença do rapaz.

Ele a observou correr com os longos cabelos preto-azulados esvoaçantes para o outro lado da mansão, distraída.

O loiro segurou no corrimão, abaixou a cabeça reflexivo se lembrando das palavras de Alya há minutos atrás ao telefone.

"É hoje, Adrien. Eu sei que você não vai ajudar nem nada e eu também não vou te pedir isso, já que sei que você vai dizer não. Mas me faz um favor; não se comporte como um idiota hoje. Se você realmente não vai ajudar, então não atrapalhe ou piore tudo."

No Way, Dumb!Onde histórias criam vida. Descubra agora