- Oito; Let's go home -

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Mais tarde naquele dia, Adrien se sentiu estranho caminhando pelas ruas de Paris sem destino definido.

Ele se sentia incomodado e levemente irritado.

E mal percebeu quando passou em frente a padaria dos Dupain-Cheng, uma rede de confeitarias que percorriam a França, mas aquela era especialmente diferente; era a matriz, onde os donos ficavam.

Onde seus padrinhos sempre tão modestos moravam.

Suspirou abaixando a cabeça.

Esteve tão distraído pensando em Marinette que nem reparou para onde ia? Ele sabia que não. De alguma forma ele entendia; pensar na franco-chinesa o tinha levado até ali, de maneira inconsciente.

Como se ele precisasse ir até lá.

Abriu a porta do estabelecimento delicado e aconchegante, em tons brancos e dourados, com sinuosos arabescos que decoravam a fachada e o teto do interior. O aroma de croissants saindo fresquinhos do forno invadiu suas narinas o fazendo salivar.

Tom Dupain apareceu saindo cozinha com uma fornada de croissants frescos.

— Adrien! - o homem alto e robusto largou o tabuleiro em cima do balcão caminhado até o rapaz para abraçá-lo.

— Oi, tio. - o Agreste sorriu um tanto envergonhado.

De fato, ele tinha motivos para tal, fazia meses que não visitava seus padrinhos.

— Como você está? Veio comer croissants, não? Faz tempo que não o vejo.

— Desculpa, tio Tom. Eu fiquei muito ocupado com os treinos e as minhas apresentações. - levou a mão para nuca, constrangido.

— Não se esforce tanto, filho. Você é bom no que faz. É ótimo na verdade, mas precisa se cuidar. - o homem sorriu amável dando tapinhas no ombro do rapaz. - Vem, vamos subir. Os croissants estão frescos e você parece abatido e magro demais.

— Mas eu já comi. - sorriu pelo jeito descontraído do padrinho.

— Então vai comer mais uma vez. - o segurou pelos ombros empurrando Adrien para dentro.

Com destino ao andar de cima da casa.

— Sabine! Adrien está aqui! - o mais velho gritou à esposa, assim que abriu a porta.

Sabine Cheng desceu as escadas que levavam para o sótão.

— Adrien, meu querido. - aproximou abraçando o afilhado, o aninhando em seu abraço.

Adrien sentiu como se fosse novamente uma criança em braços tão calorosos e amorosos.

— Oi, tia. - sorriu dando um beijinho na bochecha da mais velha.

— Faz tempo que não o vejo. - tombou a cabeça feliz em ver seu menino tão crescido. - Ah, você veio falar com a Marinette?! Pensei que vocês ainda não se davam muito bem.

— Ela está aqui?

— Está! Você não sabia? - o olhou curiosa.

— Não...ela está bem? - Adrien tentou, mas pareceu mais preocupado do que queria.

Ele sabia pelo sorrisinho de canto de Sabine que não deveria ter perguntado aquilo.

— Difícil dizer. Minha menina sempre finge que é forte demais. E ela detesta chorar na frente das pessoas. - desviou o olhar. - Vá lá para cima, Adrien. Fale com ela. - ela pôs as mãos no ombro do rapaz ajeitando sua camisa um tanto amassada.

— E-eu? - apontou para si.

— Tem mais algum Adrien por aqui, querido?! - soltou uma risada divertida. - Não, então é você mesmo.

No Way, Dumb!Onde histórias criam vida. Descubra agora