- Seis; Miss you...? -

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— Ele também te chamou aqui?

Marinette encarou Adrien encostado no batente da porta do escritório de Gabriel Agreste com os braços cruzados, enquanto ela descia as escadas com uma feição cansada naquela manhã de domingo.

O rapaz loiro a encarou com uma expressão impaciente.

— Chamou. Não faço ideia do que ele quer tão cedo. Você também tá aqui, isso tem alguma coisa com você?! O que tu fez, Marinette? - ele perguntou inquisidor.

A Dupain-Cheng parou em sua frente  encostando na parede.

— Que?! Deixa de ser louco seu idiota. Eu não fiz nada. Não faço ideia do que ele quer uma hora dessas. - cruzou os braços, bufando irritada.

— É o que vamos ver... - resmungou.

— Qual é, Adrien?! Não consegue parar de me encher o saco nem por um segundo. - o encarou incomodada. - E eu achando que você tava sendo até mais legal ultimamente. - resmungou.

Adrien a encarou surpreso. Ela realmente achava aquilo?! Virou o rosto escondendo um pequeno sorriso.

— Legal?! Com você?! Logo com você?! - riu como se achasse aquilo realmente engraçado. - De jeito nenhum.

Marinette revirou os olhos, Adrien Agreste definitivamente não tinha mais jeito. Ele seria um belo de um idiota para sempre.

E enquanto o loiro passava a encarar a porta com uma feição perdida que a franco-chinesa não entendeu, ela o observou.

Ele parecia diferente, mesmo agindo como sempre. Ele parecia alguém que ela já conhecia. Alguém que ela por algum motivo sentia falta.

O rosto franzido de irritação se acalmou e se tornou sereno enquanto o observava perdido nos pensamentos.

De quem ela sentia falta?

Por que aquele sentimento de saudade estava sendo revertido para Adrien?

O que ele tinha com aquilo?

Fechou os olhos vriando o rosto para frente novamente, sentiu a garganta fechar como se fosse chorar.

Do que ela tanto sentia falta? Por que aquilo a atingiu com tanta força naquele momento? O que era aquela sensação?

Sua mente se perdeu por instantes. Um menino a chamava. Um menino, o qual ela não reconheceu.

"Oi, Marin!"

Adrien a encarou de repente saindo de seus próprios pensamentos. A observou com a cabeça baixa, comprimindo os olhos com força. E mesmo que alguns poucos fios de cabelo estivessem cobrindo o rosto, os quais soltavam da orelha, ele ainda pôde ver a feição se contorcer.

Ele esticou a mão para tocá-la em um impulso.

Por que ela estava assim?

A expressão dele se transformou em estranheza. Fechou a mão em punho levando a de volta para perto do corpo.

O que ele pensava que estava fazendo?

— Você...tá bem? - perguntou cauteloso.

"Bugboo, tá tudo bem?"

As vozes se misturaram parecendo distantes demais naquele momento.

Marinette abriu os olhos marejados olhando para o chão. Respirou fundo, engolindo choro. Ela se virou para o Agreste com um olhar chateado e um tanto curioso.

— Você se importa por um acaso? - ela perguntou, mas a voz não era provocativa.

Era...era ressentida...

No Way, Dumb!Onde histórias criam vida. Descubra agora