De mulher pra mulher...

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Acordamos um pouco mais tarde que o normal, pois ainda estávamos completamente exaustos da viagem e necessitados da nossa cama, do nosso aconchego.
A Maya só conseguiu mesmo pegar no sono, quando a colocamos na nossa cama.
Era incrível como a criança em 7 dias conseguia perder totalmente o rumo da rotina que ela tinha antes.
Conversando com a minha sogra, descobrimos que durante o tempo que ficamos fora, ela dormiu na cama todos os dias.
Eu jamais reclamaria, mas de fato, era uma hábito raro e diferente de quando ela estava com a gente.
Eu, como amo dar um colinho para a Maya, não reclamei. Foi perfeito dormir sentindo o cheirinho dela ali ao nosso lado.
...

O dia seria longo e prometia grandes emoções.
Preparei nosso café da manhã, dei banho na bebê e nos sentamos para comer.
Era nítido na expressão do PA o quanto aquilo tinha mexido com ele e o quanto ele estava com medo do que poderia acontecer.
Eu não sabia muito bem o que falar, mas queria tranquilizá-lo. Mesmo sabendo que isso era quase impossível.

A babá ficou com a Maya enquanto nosso advogado chegava para conversarmos. A princípio, deixei o PA sozinho com ele numa conversa de pai e fui me arrumar. Quando voltei, comecei a expor minha opinião e ouvir um pouco a deles também.

J: "E então, o que ficou decidido? Como tem que ser resolvido?"

P: "Então, Jade... Ele está me explicando que eu não tenho nenhuma obrigação de trazer a Thays para morar aqui em São Paulo, que isso fica ao meu critério, em relação ao bem estar do meu filho e dela"

J: "Dela ?! Porque sabemos que o bem estar do Pazinho segue intacto e assim como a minha filha tem de tudo, ele também tem. Eu não consigo encontrar um motivo plausível que a leve a isso"

Advogado: "Calma Jade, você não precisa se exaltar desse jeito. Tudo será resolvido. Vocês estão dispostos a alguma coisa?"

J: "Estamos dispostos a qualquer coisa por ele. É o nosso foco principal. Ela eu não quero saber. Sempre a respeitei, a considerei e mantive a decência ao falar sobre ela. Na verdade, nem toco no nome e quando me refiro, é sempre com respeito. no contrario, não aconteceu ?"

P: "Ela disse que a Jade quem não permitia eu fazer mais pelo meu filho. Mal sabe ela, que pela Jade o PAzinho morava aqui com a gente"

J: "Dr, exista essa possibilidade? Dele virar morar com a gente?"

Advogado: "Sempre existe, mas quase nula. Não justificativa para tirar um filho de uma mãe, apenas por conforto. Você aceitaria ficar longe da Maya?"

J: "Por nenhum motivo no mundo"

Nesse instante, senti novamente se formar um nó na minha garganta. Minha filha é tudo na minha vida. Eu abriria mão de qualquer coisa para estar com ela grudada em mim. Qualquer coisa.

J: "Corremos algum risco se eu for falar com ela? Eu quero entendê-la. Antes de tudo, como mãe..."

Advogado: "Se for uma conversa pacifica, não vejo problemas. Mas lembre-se sempre de manter a calma"
...

O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBBOnde histórias criam vida. Descubra agora