1° mês (Passagem de tempo)

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Amanhecemos com o dia nublado, como de costume em São Paulo.
Mas ali dentro, era um dia iluminado: Primeiro mês de vida da Maya.
Eu estava transbordando felicidade por esse primeiro mês de vida dela. Cheia de saúde.
Apesar dos 10 dias que já estava longe, o PA fazia questão de ligar todos os dias. Ficava horas em ligação de vídeo, e a Maya ficava quietinha ouvindo sua voz.

Meu dia seria corrido. Ela tinha consulta com a pediatra e eu faria uma festinha para comemorar sua vida. Jamais deixaria passar em branco.

Nina me acompanhou até o consultório, enquanto a equipe ficava responsável por arrumar tudo no apartamento. Vivi tinha ficado por lá, para dar uns toques.

A mãe e os amigos do PA chegariam hoje. Ela também já estava morrendo de saudade do Seu Camilo. Estávamos no mesmo barco... a diferença era a primeira viagem depois de começarmos a namorar e justamente no momento que eu estava mais vulnerável emocionalmente.
...

Eu odeio dirigir, mas agora não tinha muita escolha sobre isso. Era eu e eu.
Dirigi pela primeira vez depois do nascimento dela. Uma sensação inexplicável de liberdade. Ao mesmo tempo eu não tirava o olho dela ali atrás. A Nina é tão desligada, que mesmo eu confiando de olhos fechados nela, eu achava que ela faria minha filha de boneca. E realmente parece... awnnnn.

Eu estava curiosa para saber se ela tinha engordado, embora eu tivesse certeza absoluta.
A Dra. pediu para avaliar meus seios e super me elogiou quando viu a quantidade de leite que eu estava produzindo. O que me fez transbordar orgulho.

Eu: "Dra, ela mama o tempo inteiro. Quando eu penso que ela dormiu, está chorando querendo de novo.
Nunca teve cólicas, durante a noite acorda de 3h em 3h e durante o dia, respeita toda rotina que criei para ela. Faço sempre tudo nos mesmos horários"

Dra: "Parabens mamãe. Estou feliz no que vejo. Maya está ótima. Você está fazendo tudo certinho, estou gostando de ver.
Agora tira a roupinha dela e a coloca na balança"

Eu morria de pena de deixá-la sem roupa no ar condicionado. Em casa, aquilo jamais aconteceria. Mas como estamos aqui, ela sabe mais que eu e eu só obedeço.

Dra: "Olha, ela está disparando. 4,100 kg e 52 cm. Uma bolotinha"

Como ela tinha crescido, meu Deus.
Tirei foto de tudo e mandei para o PA. No mesmo segundo ele me respondeu, todo empolgado com os elogios.

PA: "Quando eu voltar ao Brasil, ela vai parecer uma bebê de 1 ano hahahaha.
Depois me manda uma foto sua, estou morrendo de saudades"

Eu: "Assim que chegar em casa, eu mando.
Ah, consegui vir dirigindo. Estava me sentindo uma adolescente livre"

PA: "Nina é corajosa. Hahahahha"
...

Saímos do consultório e fomos direto para a casa, por lá já deveria estar tudo pronto.
Me choquei quando vi como estava perfeito. Num pequeno espaço, a mágica foi feita.

 Num pequeno espaço, a mágica foi feita

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