E agora? part.2

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Eu precisava demais dele ali comigo. Era tudo que eu mais queria. Adormecer nos braços dele e acordar ao seu lado. Eu queria muito e talvez não existisse algo que eu quisesse mais, do que isso.
Dentro de mim, meu coração estava acelerado e minha respiração ofegante. Eu escrevia e cancelava. Tentava me convencer do que realmente queria e o que eu precisava naquele momento.
Não poderia esperar muito. Minha cabeça estava girando demais, eu não sabia nem direito o que estava pensando....

Eu: "Mesmo. Está bom do jeito que está..."

MEU DEUS! O que eu tinha acabado de dizer? Que loucaaaa. Nunca mais ele iria me querer. Com certeza naquela mesma noite ele trataria de pôr outra no meu lugar.
Me encostei na cama, com as mãos no rosto, e só ouvi a notificação de mensagem. Abri um pouco os olhos sem coragem de ler o que estava escrito, caí na gargalhada quando li.

P.A: "Você não me manda, marrentinha. Me manda sua localização"

Eu não estava acreditando naquilo. Ele não ia desistir mesmo. Eu queria fechar meus olhos e conseguir dormir, mas de 10 em 10 segundos eu abria os olhos e pensava no que fazer. Eu olhava meu quarto inteiro e parecia que o mundo girava. Eu queria muito vomitar, mas nem coragem para me levantar eu tinha.
Entre uma palavra enrolada e outra, o enviei um áudio:

Eu: "Você não vai me achar Paulo André. Fique onde você está. Com quem... você... está (solucei). E pra constar... eu não estou com saudades de você"

P.A: "Mas eu estou, dona Jade Picon. E você está muito high, ?!

Eu: "Estou. tudo girando. Tchauuuuu"

Dei fim a nossa conversa. Meu coração tava doendo e arrependido. Mas eu precisava fazer aquilo. Por mim. Meu orgulho gritava por isso e eu o ouvi. Ou não né...

Eu: Localização...
...
Preciso repensar sobre a minha impulsividade. Eu o queria ali. Mas não queria me render. Eu estava com saudades. Mas meu orgulho não me deixava sentir.
Eu estava entre a cruz e a espada. Enviei a mensagem e preferi continuar deitada. Eu estava um trapo. Com o cabelo bagunçado, maquiagem borrada e cheirando a álcool...

15 minutos se passaram e de longe ouvi as batidas na porta. Meu corpo não me obedecia, eu nem acreditava que ele viria.
...
Abri a porta do jeito que eu estava. Me segurando para não cair e muito menos vomitar.
Eu estava muito muito bêbada. Não respondia por mim. Tinha medo disso.
Ele entrou rápido, trancou a porta e pôs as duas mãos nas minhas costas, como se fossemos do jardim de infância, me direcionando para o banheiro.
Eu o olhava pelo espelho, e ria de canto. Ele não podia nem sonhar o que eu estava pensando... meu ego gritava. Ele estava ali porque eu deixei.

Delicadamente ele tirou toda a minha roupa e prendeu meu cabelo com uma presilha que estava na pia. Eu nem conhecia essa sua habilidade.
Me pôs sentada na privada, enquanto esperava a água do chuveiro esquentar.
Eu nunca tinha bebido antes para isso. Meu corpo estava todo dormente.
Ele me deu um banho completo. Tirou minha maquiagem de forma leve, ensaboou meu corpo inteiro.
Não procurou uma roupa minha para colocar em mim, tirou a camisa que estava vestido e a colocou em mim. Me sentou na cama e segurando meu rosto com as duas mãos, prometeu que aquela não seria uma noite como ele havia planejado, mas que ele estaria ali do meu lado o tempo inteiro.
Com os olhos entreabertos, eu apenas me inclinei para trás e me arrastando, cheguei ao meu travesseiro. Puxei um outro para pôr entre as minhas pernas, quando eu senti deitar ao meu lado. Ele nem me encostava.
Adormeci com seu carinho em meu cabelo. Como conseguiria sem ele ali, eu não sei...

O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBBOnde histórias criam vida. Descubra agora