Inseguranças... (1/2)

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Engraçado como numa viagem de aproximadamente 20 minutos, a minha vida inteira passava como um filme na minha cabeça.
Eu conseguia me lembrar exatamente de alguns momentos bons, enquanto a mão dele parava sobre as minhas pernas e buscava as minhas mãos. Com as minhas, eu apertava forte a sua. Era um sinal nosso. Nossas mãos sempre se encontravam num movimento de conexão máxima. Ele sabia que eu estava pensando em nós dois. E mesmo com os olhos fechados, eu sabia que ele me observava.
Eu conhecia o mundo, lugares perfeitos. Querio levá-lo comigo para todos. Quero apresentá-lo a cada mínima coisa que eu já conhecia. Quero viver o mundo dele e trazê-lo um pouco para o meu.
Somos tão novos, temos tantas coisas para viver. Isso me assusta e me acalma ao mesmo tempo. Sinto medo ao pensar que talvez eu seja apenas um momento na vida dele.
Sinto meu estômago se contorcer quando essa possibilidade passa pela minha cabeça. Não posso estragar essa noite, com tantas inseguranças minha. O que tiver que ser, será.
...
Eu abro os olhos e o vejo cantando empolgado. Sua voz rouca é a mais linda de todas. Ele está feliz e eu, mais ainda. Estar com ele é perfeito em todos os sentidos. Eu amo vê-lo assim: sorrindo só pra mim.

Tirei meus sapatos ainda dentro do carro, estavam me apertando demais. Ele olhava a cena e ria. Lembramos que enquanto estávamos dentro do programa, era sempre assim. Eu sempre me incomodava com os sapatos que me mandavam. No início da festa eu já não usava mais.
Entramos no condomínio, ele se identificou na portaria e mostrou que eu estava no carro também. Eu apenas dei um sorrisinho e seguimos rumo à minha vaga.
Ele era ótimo na baliza. Estacionou rapidamente e quando eu estava abrindo minha porta, ele a travou. Eu também travei automaticamente. Senti minha respiração um pouco mais quente e ofegante.
Ele tirou seu cinto de segurança e rapidamente abriu o meu blaser. Eu estava com um lingerie de renda preta por baixo. Sua reação quando a viu foi a melhor; Inclinou sua cabeça para trás com uma carinha maravilhosa de desejo e logo mordeu o bico ainda por cima da peça. Era meu ponto fraco.
Ele amava meu peito, e eu amava sua boca ali.
Eu tentei afastá-lo e o convidei para subir. Em vão! Sua mão já estava por baixo da minha roupa, buscando uma saída para me encontrar. De forma involuntária, minhas pernas se abriam para ele e minha língua já se entrelaçava na sua. Um desejo ardente e enlouquecedor. Eu não conseguia me conter com seu toque, eu o desejava o tempo inteiro, em qualquer lugar.

Ele: "Você está quente demais, marrenta"
Eu: "Demais. Não me maltrata. Eu quero você"
Ele: "Aqui? Quero ouvir você pedir então."
Eu: "Eu quero fazer amor aqui. Agora"

Ele estava só esperando meu pedido para ceder as minhas vontades. Passou dois dedos na minha boca, e logo em seguida os penetrou em mim. Eu gemia alto e mordia suas costas. Sua boca passeava pelo meu pescoço, me beijando lentamente. Eu queria sentir seu prazer também. Ele gemia baixo no meu ouvido, entre um mordida e outra na ponta da minha orelha.

Ele: "Vamos subir. Eu tenho quase 2 metros de altura. Não daria certo aqui"

Regalei os olhos e não acreditei no que estava acontecendo. Só poderia ser brincadeira. Não era!
Ele abriu a porta e tentando se ajeitar, foi em direção ao elevador. Eu fui logo em seguida com um cara de não muito satisfeita. Ele olhava e cena e se acabava de rir. Ele amava me irritar.
...
Meu apartamento já conhecia nosso som, nosso ritmo acelerado e nosso jeito de conexão. Cada canto ali já tínhamos aproveitado juntos.
Só joguei meus sapatos no chão e tive minha roupa retirada.
Mais uma vez entregue a ele.
Nos amamos a noite inteira, de todos os jeitos possíveis e imagináveis. Ele me pedia e eu nem questionava, apenas seguia seus comandos.
Sua mão me segurava com tanta força, que ardia. Minha boca não se desgrudava da dele nem por um segundo.
...
Meu Deus... São que horas??
Meu celular tocava o tempo inteiro, eu não sabia nem onde ele estava. Nem queria saber.
Procurei o PA na cama e senti que ele tinha se levantado.
Tentava abrir meus olhos e não tinha forças para isso.
Senti ele se aproximar de mim, e já abri os braços para recebê-lo. Ele se jogou em cima de mim e grudou no meu pescoço.
No fundo, meu celular tocava ainda. Pedi para ele procurá-lo.
Não sabia o que tanto queriam, aquela hora da manhã.
...
Observei de longe o PA com o celular na mão, fixo olhando a tela.
Sentei na cama e esfreguei os olhos procurando meus óculos para tentar enxergar algo.

Ele: "Toma . Acho melhor atender. É o seu ex"

Meu corpo congelou. Ele me entregou meu celular e virou as costas. Já demonstrava sua insatisfação.
Eu não sabia se recusava, ou atendia.
Por via das dúvidas, eu o atendi.

[[CONTINUA...]]

O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBBOnde histórias criam vida. Descubra agora