Ele aqui... (2/3)

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Vi sua expressão mudar completamente após a minha pergunta. Meu corpo inteiro congelou, e a minha própria voz ecoava nos meus ouvidos. Me perdi completamente no que eu queria falar. E agora, meu Deus? O que eu queria saber mesmo? Soltei uma gargalhada de nervoso e ele sabia reconhecer os sinais do meu corpo.

P.A: "Está nervosa, DeJa?"

Eu: "Dessa vez não vou negar."

P.A "Fala ai, ô mandada. O que eu fiz?"

Eu: "Acho que posso ser direta. Eu quero encerrar logo isso. O que veio fazer em São Paulo?"

P.A: "Te ver. Somente isso. Não fechei nenhum trabalho, não vou treinar e nem apartamento escolhi ainda. Eu precisava te ver. Mas agora me responde você: Seus trabalhos aqui, não eram para a próxima semana? O que te fez vir antes? 

Eu: "Eu não conseguia continuar lá. Me senti insegura e com medo. Não me peça para explicar, eu não consigo. Mas pela primeira vez eu senti que ali não era o meu lugar. Não quis atrapalhar o seu momento, então decidi vir embora"

Conclui essa frase sem acreditar no que tinha falado. Perdi totalmente minha postura. P.A estava estático na minha frente, sem expressar nenhuma reação. Apenas me olhava. Senti um nó na minha garganta e uma vontade avassaladora de ser abraçada por ele. Me contive. A gente precisava terminar essa conversa.

P.A: "Tá falando sério? (Entre risos) "Jeide" tá se enrolando né? Ou já está enrolada? Eu queria você lá. Fanfiquei mil vezes o seu encontro com o meu filho e até imaginei você sem jeito com ele em seus braços. Ele está quase do seu tamanho, marrentinha. Precisa ver como o moleque está...

Eu estava paralisada. Como eu o amo, meu Deus. Doía minha alma pensar em não tê-lo comigo. E eu precisava dizer isso agora.

Eu: "Eu te amo P.A. Eu te amo muito. E eu precisava te dizer isso. Você é incrível. Um homem sensacional, um pai sem igual. Eu tenho tanto orgulho de você, do que construímos. Isso não é da boca para fora, e eu nem quero que diga que me ama - sim, eu quero-. Você fez tudo ser melhor e eu ainda nem tinha te agradecido por isso. Obrigada por ter feito meus dias serem mais leves e felizes. 

Disse isso e automaticamente me inclinei em sua direção. Não sentia mais medo algum, quando senti ele me abraçar e aconchegar seu nariz em meu pescoço. Meu coração quase saltava do peito, e eu me sentia leve e envergonhada depois de tudo que tinha falado. Não consegui não chorar, quando entre um carinho e outro, ele me beijou lentamente e acariciou meu cabelo.

P.A: "É por isso que eu estou aqui. Eu escolhi vir. E é aqui onde eu quero estar, com você. Eu te amo desde o primeiro dia. E deve saber, que você é meu sonho, desde muito antes de nos conhecermos"

Sim, eu sabia dessa história e queria muito que ele me contasse tudo sobre isso. Mas confesso que, não era minha maior vontade naquele momento. 

Eu o beijei, como nunca havia beijado antes. Me despi de qualquer vergonha ou amarra. Eu estava completamente entregue a ele. De corpo e alma. 

Ele sabia que meu corpo já implorava por ele, mas fazia de questão de aproveitar o momento e me deixar conduzir tudo. Me deitei e ele deitou ao meu lado, fechando os olhos e sorrindo simultaneamente. Eu conhecia aquele gesto. 

No fundo, tocava nossas músicas preferidas. Poucas peças separavam o meu corpo do dele. Eu me aninhei em seus braços e ele entre um beijo e outro, passava a língua e mordia a ponta da minha orelha. Eu não sabia mais nem onde eu estava... Eu mordia os lábios e apertava seus braços. Eu o queria. Agora. Ele foi mais rápido...

Ele: "Eu quero você de todos os jeitos hoje. Minha marrentinha..."

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Pergunta rápida: Estão achando muito longos? 

Continuo desse jeito ou preferem que eu fragmente mais?

Rumo a parte 3 e mais quente de hoje.

O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBBOnde histórias criam vida. Descubra agora