O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBB

Será? 🥺

Estava tudo uma bagunça por aqui. Eu olhava ao redor e não entendia muita coisa.
Eu estava levando até melhor do que imaginava. Todos os dias eu e Nina saíamos com a Maya para conhecer algum lugar diferente.
Realmente, eu não sabia o que seria de mim sem elas ali.

Ser mãe é algo sobrenatural. Eu não sabia que tinha essa força, até ter. Depois que a Maya tinha nascido, eu não me reconhecia em nada. Eu não faria nada que pudesse prejudicá-la, eu não fazia nada antes de pensar nela.
Mesmo eu me rasgando por dentro, eu estava disposta a dar um mundo feliz a ela.
...

Jade Picon Story (melhores amigos):

Eu nem lembrava que ele ainda estava nos meus melhores amigos.
Só me atentei quando vi seu direct. Meu coração quase saía pela boca. Eu não tinha coragem de abrir.
Corri e entreguei na mão da Nina.
A cara dela me apavorada. Na verdade, eu não fazia ideia do que poderia estar escrito ali.

Nina: "Amiga. Lê você. Só lê.
Eu tô descendo com a Maya"

Paulo André:

"Pela primeira vez, eu não sei por onde começar. Eu não tenho cabeça, não consigo fazer absolutamente nada. Estou há exatamente 7 dias sem conseguir treinar e eu tenho certeza que não foi para isso que você veio pra cá né?! Eu preciso que me escute, Jade. Eu jamais faria qualquer coisa que pudesse te magoar, que colocasse em risco nosso relacionamento.
Você me conhece, sabe o homem que eu sou. Mas ainda assim, não quis nem me ouvir, não me deu chance de falar.
Eu te entendo e acima de tudo, te respeito. Te respeito muito. Você além de ser o meu grande amor, é a mãe da minha filha. E eu quero que saiba disso... Por vocês, eu faço tudo. Eu não vou desistir de nós, da nossa família.
Só me ouve e acredita em mim"

Engoli a seco. Um nó na minha garganta se formou. Sentei na cama, estiquei minha mão e olhei pro meu anel de noivado.
Não consegui segurar o choro.
Eu precisava ouvi-lo.
Mas e se realmente tivesse acontecido, como eu iria reagir diante disso?
No fundo, eu precisava ouvir para seguir minha vida.
Eu queria voltar ao Brasil certa do que iria fazer.

Abri a minha galeria e olhei lentamente cada foto nossa. Todos os detalhes e do quanto estávamos felizes.
A nossa noite juntos. A gente se amou de um jeito diferente de todos os outros. Será que era uma despedida?
Me doía.
Eu lembrava da mensagem e a raiva tomava meus pensamentos.
...

Nina tinha descido um pouco com a Maya, enquanto eu ajeitava as coisinhas dela para irmos almoçar.
Ouvi batidas na porta, corri para abrir achando que era a Nina. Para a minha surpresa, meu sogro.

Eu: "Oii. Entra"

Camilo: "Oi minha filha. Como estão as coisas por aqui?"

Eu: "Tudo bem. Na medida do possível. Estou levando. Em 10 dias volto para o Brasil. Eu queria ir antes, mas aproveitei e tirei uns dias para descansar"

Camilo: "Não vai ficar para a final do Paulo André?"

Eu: "Não. Não vou. O senhor sabe o que aconteceu né?! Nós estamos separados"

Camilo: "Jadezinha, eu sei o que aconteceu. Você que não sabe..
Meu filho te ama mais que tudo. Ama a filha de vocês. Vocês precisam conversar, nem que seja para por um fim nessa história. Você sabe disso né?"

Eu: "Sim, eu sei. Mas não me sinto preparada ainda"

Camilo: "Jade, eu tenho muitos anos de casado com a mãe do PA. Diversas vezes brigamos, tentamos nos separar e até arrumavamos as malas. Sabe porque não acontecia? Porque estávamos dispostos a ouvir o outro. Amar é ceder também. É deixar o orgulho de lado e ouvir.
Se ele te traiu, não o perdoe. Siga em frente. E se não traiu? Você já ouviu o que ele tem para te falar?
No fundo você sabe que isso não aconteceu. Eu criei um homem, não um moleque"

Minhas palavras sumiram imediatamente. Eu não sabia de mais nada. Não conseguia acreditar em mais nada.
Me despedi dele, agradeci pelas palavras e disse que tomaria uma decisão.
...

Saímos para almoçar, e eu não conseguia engolir uma folha de alface. Meu estômago doía de uma forma surreal.  Com certeza minha gastrite tinha atacado.
Eu passava o garfo pela comida e nada me interessava. Eu só pensava.

Nina: "Ei Jade. Terra. Chamando. Reage amiga. Vai conversar com ele. É isso que você quer, eu sei"

Eu: "Não sei se quero isso. Não quero ouvir ele dizer que me traiu e achar que devo perdoar"

Nina: "Você quem está criando isso na sua cabeça. Vai enlouquecer desse jeito"
...

Longas horas refletindo sobre a conversa que eu tinha tido com o pai do PA.
Reage Jade, você precisa enfrentar a vida. Olha a mulher que você é. Não é um dia buscando, são anos.
Não eram vocês que diziam que o relacionamento de vocês era construído em base sólida?
Que base sólida? A da desconfiança, da raiva, do orgulho?
Meus pensamentos não me deixavam dormir.

Desbloqueei ele do celular e não disse nada. Ele iria olhar minha foto e saber que já poderia falar.
Ele ficava online e não me mandava uma mensagem. Com quem ele estava falando? Com ela com certeza?
O ciúme me invadia.
Virei as costas com raiva. - Barulho de mensagem-

PA: "Desbloqueado? Milagre"

Eu: "Precisamos conversar né?"

PA: "Agora? Vou até você"

Eu: "Depois do seu treino a gente sai"

PA: "Eu deixo de ir treinar. Vamos agora"

Eu: "Paulo André. Não! Depois do treino. Até mais"

Encerrei rápido a conversa.
10 minutos depois ele me ligou para confirmar o horário.
20:30 no restaurante de sempre.