Nesse momento, eu não sabia mais o que pensar. O desespero já tinha batido. Eu sentia meu corpo se contrair e automaticamente era invadida por um sentimento horrível de culpa e medo.
O que eu fiz de errado? Será que ele está sofrendo?
O caminho até o hospital nunca foi tão longo.
Eu me segurava no banco e via o PA contrair os dedos segurando o volante.
Longos minutos de aflição.Entramos na emergência e minha médica já me esperava. Minha expressão de dor era sentida por ela. Ela tentava me acalmar, em vão. Eu não queria saber de mim, só queria ouvir o coração do meu bebê.
Eu apertava forte a mão do PA e fechava as pernas, como se aquilo fosse impedir que qualquer coisa acontecesse.Entramos juntos de mãos dadas para a sala de procedimentos. Eu não o soltaria nunca e eu sabia que ele iria até o fim ao meu lado.
Eu: "Não me deixa perder o meu filho, doutora. AHHHH"
Última frase que eu disse. Apaguei completamente. Não me lembrava o que tinha acontecido.
Acordei já estava no quarto, com o PA segurando a minha mão e sentado na beira da cama. Me sentei automaticamente e voltei a chorar.
Eu: "Cadê a médica? O que aconteceu? Está tudo bem?"
PA: "Ela estava esperando você acordar para vir até aqui. Fica calma, meu amor. Eu estou aqui" - Ele disse isso soluçando. Ficamos ali abraçados, tentando entender o que poderia ter acontecido, quando a Dra. entrou na sala.
"Mais calma, Jade? Mais calmo, Paulo André? Vamos lá...
Você não está se alimentando bem, há dias. Vomitando sem parar e sem colocar nada para dentro. Seu útero começou a contrair de forma acelerada, num processo expulsativo. Ele entendeu que precisava tirar o bebê dali.
Ainda bem que você veio imediatamente. Não daria tempo de fazer qualquer coisa, se demorasse mais um pouco.
Você ficará por aqui pelas próximas 48h, se hidratando e reestabelecendo os nutrientes necessários para vocês.
O bebê está bem. Super agitado.
Qualquer coisa, só apertarem o botão da emergência"Um alívio tomou conta do meu peito.
Mesmo sabendo que eu ficaria ali por 2 dias, eu estava em paz por saber que meu filho ainda estava ali. Nada mais me importava.
Eu ficaria o tempo que fosse necessário.
...Nina passaria a noite comigo. O PA precisava treinar logo cedo e então decidi, contra sua vontade, que era melhor ele ir para casa.
Eu estava bem, e apesar do pavor de agulha, eu ficava mais tranquila quando me lembrava que aquilo não era por mim.Nina: "Jade, quando vamos começar a comprar as coisinhas? Já tem milhares de marcas querendo fechar parcerias. Precisamos descobrir o sexo logo"
Eu: "Amiga, eu e PA ainda não conversamos sobre como vai ser essa situação. Não moramos juntos né?!"
Nina: "Acho mais cômodo vocês resolverem logo. O tempo passa rápido demais. Temos que montar um quarto luxuoso, cheio de detalhes. Meu afilhado merece"
Eu: "Quem disse que será seu afilhado?"
Nina: "Vocês não tem outra opção"
Rimos juntas e ficamos ali agarradas até altas horas. Eu acordava e a via deitada na cama de acompanhante. Eu estava cercada de pessoas que me amam. Eu não precisaria de mais nada.
Todos os dias eu agradecia por isso.
Sou sortuda por ter eles.
...Tive alta do hospital e a única coisa que a médica me pediu era para eu me alimentar bem. Me passou uns remédios para enjoo e disse que eles estavam próximos de passar.
Me levou até a saída e quase me matou do coração quando disse..."Acho que já sei o sexo..."
COMO ASSIMMMMM? AH NÃO. ME FALAAAAA.
A correria estava sendo tanta, que até a minha urgência em fazer uma sexagem fetal tinha ficado para depois. No tempo da ultra, eu descobriria.
Chegamos em casa e parecia que eu tinha ficado meses fora.
Fui direto para o banheiro tomar um banho. Aquele cheiro de hospital estava me enjoando demais.Vi o PA se aproximar do box e fiquei brincando e mostrando o quanto minha barriga já tinha crescido. Em pouco tempo, ele já estava todo molhado, de tanto que beijava e alisava a minha barriga. Eu achava aquela cena a mais linda do mundo.
PA: "Oi filho, aqui é o seu pai. Você já sabe né? Ouve essa voz todos os dias. O que você acha de ter um quartinho aqui? De ouvir essa voz todos os dias? Convence a mamãe de vir morar aqui"
Morar ali? Aí Deus. Eu tinha meu apartamento, era super apegada a ele.
Mas conversamos e decidimos que por 1 ano, ficaríamos ali. Até vencer seu contrato. Já que o meu era próprio, não teria problemas em ficar fechado.Eu: "Quais nomes você tem mente? Precisamos decidir pelo menos um para menina e um para menino"
PA: "Deixa eu pensaaaar. Ah, tem alguns. Eu falo 2 de cada e você 2 de cada. No final, a gente decide"
Eu: "Menina: Maya e Laura.
Menino: Théo e Lucca"PA: "Menina: Liz e Linda.
Menino: Benício ou Guilherme"Todos eram lindos e eu imaginava a carinha dele com aqueles nomes.
Conversamos por um tempo e decidimos por 2: Maya ou Benício.
...Dentro de mim, eu já sabia o que seria. Mas como mãe de primeira viagem, achei que era coisa da minha cabeça.
Faria a ultra na manhã seguinte e confirmaria meu sentimento.Acordei cedo demais, muita ansiedade.
Pedi o uber e fui para o consultório da minha médica.
Já tinha anotado todas as minhas dúvidas. E coitada, ela teve a maior paciência em tirá-las.Ela me perguntou quais seriam os nomes e me mostrou como ele estaria de acordo com as semanas.
Cada dia eu ficava mais apaixonada.Me deitei para fazer a ultra, com o coração acelerado.
Todo formadinho, coração batendo perfeitamente. Meus olhos não saíam dali.Dra: "Olha mamãe, esse é o narizinho do seu bebê. Olha a boquinha..." Me mostrou cada mínimo detalhe. Eu o amava mais que tudo. Meu filho.
Por fim, me mostrou seus pés e suas perninhas iguais ao do papai.
"Eu sabia que era você, meu amor. Dentro do meu coração, eu sempre soube que esse seria o seu nome..."
Eu estava no céu, meu Deus.
Meu sonho realizado..._________________________________________
E aí galeriiiisssss. Como estão?
Já digo que sigo apaixonada pela versão mommy Jade. Quantas surpresas.O que acham que é? Menina ou menino?
Deixem a opinião de vocês aqui nos comentários e dependendo da quantidade, volto ainda hoje 🥰🥰🥰🥰Beijos. Amo vcs
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O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBB
FanficO pós BBB tão sonhado e esperado, pelos olhos dela: Jade Picon. Lembrando que: nada aqui é verídico. Os nomes principais serão mantidos, e os dos coadjuvantes serão trocados, mas tudo será entendido perfeitamente em seus devidos contextos.