Fim da saudade.

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Embarcamos rumo à Londres. Voo longo, mil preocupações em relação a bebê, mas estava feliz.. Feliz demais. Era o que eu mais queria fazer, só me faltava coragem para isso.
Quase 12h de voo. Estávamos mortas de cansada, com os pés completamente dormentes e a coluna acabada.
Chegamos em Londres era 00:30 no Brasil, mas por conta do fuso horário lá eram quase 5 da manhã.

Eu já sabia onde era o hotel que ele estava hospedado com a equipe e tudo o que eu faria para surpreendê-lo.
Ficamos hospedadas em um hotel diferente do dele, até um pouco distante. Por conta dos treinos e preparação, o hotel estava fechado somente para eles.
...

Eu só precisava de um banho e assim eu fiz. Nossa... como era relaxante.
Não deu tempo de completar. De longe, ouvi o chorinho de fome. Saí correndo de toalha ainda, e me deitei ao seu lado para amamentar.
Essa cena muito se repetia. Sempre que eu entrava no banho, ela chorava para mamar.
Eu já até sabia e ficava esperando.
E sobre isso, ninguém poderia me ajudar. Era sempre com a mamãe, e mesmo sendo cansativo, no fundo eu amava isso.

Dormimos algumas horas e acordamos com a camareira levando nosso café da manhã, já que já tínhamos perdido o do salão principal.
Conversei com ela um pouco a respeito de locomoção e me certifiquei sobre a localização do hotel do PA.
Tudo certo.

Nina como sempre correndo por fora, conseguiu o telefone do hotel e explicou toda a situação, nos mínimos detalhes. E por mais milagroso que pareça, conseguiu a liberação para que eu o esperasse no quarto.
Dessa vez não teríamos grande surpresa e nem nada elaborado. Só eu e a Maya o esperando.
Eu o esperaria no quarto, até voltar do seu treino da tarde.
...

Entrei no quarto e a primeira coisa que fiz foi cheirar uma camisa sua. O seu cheiro. Fechei os olhos e parecia sentir ele ali. Meu coração quase saía pela boca naquele momento.
Eu só queria que ele gostasse da surpresa e que nada desse errado. Nada mesmo.

Os segundos pareciam horas. Uma eternidade.
Quando de repente ouvi o barulho do cartão liberando a porta do quarto.
Ele, na minha frente. Eu não acredito.
Me levantei da cama e fiquei em pé na sua frente com a nossa filha.
Ele não conseguia dar um passo a frente. Levou as duas mãos ao rosto e só conseguia ouvir o barulho dos seus soluços. Não consegui me conter, e chorei também. Um choro que estava preso na garganta.
Corri para abraçá-lo e sua mão, me envolvia com ternura e amor. Ali era o meu lugar preferido no mundo. Com ele.

PA: "Meu Deus, pode ser um sonho. Eu não acredito que vocês estão aqui cara, não acredito"

Eu: "Estamos meu amor. Eu não poderia continuar , com meu coração integralmente aqui. Eu precisava vir te ver.. eu não sei se fiz o certo, mas meu coração implorava por isso"

PA: "Eu precisava disso meu amor. Você é a mulher mais perfeita do mundo e eu não sei como aguentei tantos dias longe de vocês"

Que encontro. Que momento.

PA fechou a porta do quarto, jogou as coisas em cima da cama e logo correu para pegar a Maya do meu colo.
Ele a colocou na cama, desenrolou da manta e a olhava nos mínimos detalhes.
A cena mais perfeita.
Ele chorava como uma criança, passando a mão nos cabelinhos dela.
Eu poderia morrer de amor ali.
Tudo tinha valido a pena.

Se surpreendeu com suas mudanças. Ela só tinha 20 dias quando ele viajou. Estava completamente diferente.
Era engraçado ver a reação dele vendo ela chorar, ou me vendo amanentá-la. Ele simplesmente nem piscava.

Paulo André Instagram:

"De repente voltei a viver

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"De repente voltei a viver. Espero que não seja um sonho ter esse pedacinho de gente na minha cama.
Fui surpreendido pelo amor da minha vida, ela sempre me surpreende.
Elas estão aqui comigo. Num momento tão importante na minha carreira, que é a minha volta às pistas. Ter vocês aqui, vai com certeza amenizar esse processo tão longo e difícil que tenho vivido.
Eu te amo minha filha. Eu te amo com toda força do mundo.
Você estão tão diferente, tão gordinha...
Seu pai é completamente apaixonado por você"
...

A ajeitei na cama e corri para os seus braços. Meu corpo era feito ímã perto dele.
Nos beijamos intensamente. Nossas mãos deslizavam pelo corpo um do outro, de forma rápida, mas sentindo cada curva e cada detalhe.
Ele me sentou na mesa que tinha no quarto dele, para que eu ficasse da sua altura e me puxou em sua direção. No mesmo instante levei minhas pernas a sua cintura e as cruzei por trás.
Eu estava morrendo de saudades de senti-lo ali tão próximo a mim.
Sua língua passava por todo o meu pescoço e logo procuravam minha boca.
Ficamos por alguns minutos nos beijando, nos desejando... sua mão me acariciava por cima da calça e a minha fazia o mesmo. Seu volume era imenso e eu só queria aproveitá-lo.
Mas não seria ali.
Lembrei das recomendações que a recepcionista tinha me feito antes.
Por ele, não obedeceríamos as ordens, mas eu jamais faria isso.
...

PA: "Amor, eu não acredito que vai fazer isso comigo"

Eu: "Foi um combinado meu com a menina da recepção. Não vou decepcioná-la. Ela foi muito gentil comigo"

PA: "Aaaaahhhhhh. Eu vou morrer"

Eu: "Não vai não queridinho, passou coisa pior.
Faz o seguinte, vai mais tarde para o meu hotel e depois você vem dormir"

As regras são chatas demais e não era permitido dormir fora.
E mesmo o meu sogro estando hospedado em outro hotel, ele controlava o PA o tempo inteiro. Para não haver chance de derrota.

PA: "Se eu pudesse, eu ia agora. Mas ainda tenho que dar o último treino no dia"

Eu: "Sem problemas. Estarei te esperando. Não esquece que eu te amo e te desejo mais e mais a cada segundo"

Saí do quarto quase que fugindo. Toda hora que eu ameaça sair, ele puxava novamente para dentro.

Enquanto empurrava o carrinho da bebê, mil borboletas surgiam no meu estômago.
Eu não sabia nem o que vestir, como me comportar.
Era a primeira vez após o nascimento da Maya. Eu não fazia ideia de como seria...

O início da vida a dois (JADRÉ) - PÓS BBBOnde histórias criam vida. Descubra agora