Sete

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Naruto

Faz uma hora que a Hinata está conversando com a psicóloga e eu estou esperando a mesma na sala de espera, suspiro e dou uma olhada ao meu redor, resolvi trazê-la para uma clínica especialista em psiquiatria pois aqui tem vários profissionais capacitados para todos os tipos de problemas, e o escolhido para a Hina foi uma psicóloga especialista em luto, a renomada doutora Shizune, e eu espero que em breve essa garota se recupere e volte a ser a mesma de antes, apesar de eu não saber como a mesma era antes de todos os acontecimentos tristes das sua vida, acho que eu irei procurar a Temari, ela com certeza vai saber, pois eu, sinceramente não faço a menor ideia de como agir numa situação dessas.

Sigo aqui sentando e esperando. Nossa, como a história da Hinata é triste e eu me sentindo um idiota por tê-la usado. Há, se eu soubesse que ela estava quebrada por dentro, eu não teria transado com ela. Mas como eu poderia saber? Só se soubesse ler pensamentos e tá aí uma coisa difícil de se aprender, entretanto, me apaixonei de verdade por essa bela de cabelo negros e vou fazer o possível para fazê-la feliz.
Fiquei mais um tempo esperando até quando a doutora saiu do consultório, acompanhado da Hina.

— E então? — pergunto meio sem graça, com as mãos nos bolsos.

— A doutora disse que quer conversar a sós com você. - A forma com a qual a Hinata respondeu me deixou perplexo. Caramba, ela estava mesmo contando comigo? Bom, pelo visto sim.

— Está bem! — respondo, sacudindo a cabeça. — Vamos conversar então, doutora!

Mas antes de seguir com a médica, sentei-me na cadeira, conduzo a Hina a fazer o mesmo.

— Você vai ficar bem? — pergunto-lhe.

— Pode ficar tranquilo, eu não vou a lugar algum... se é o que deseja saber!

— Ótimo! — confirmo e acompanho a doutora.

Entramos no consultório. A doutora Shizune me pede para sentar, faço e presto atenção em cada gesto dela, certamente tem muita coisa para me dizer. Cassete, o pior de tudo é que eu nem conheço essa garota direito. Acho que essa vai ser uma tarefa muito difícil, senão a mais difícil de toda a minha vida.

— Bom, vamos ao que interessa. Ela é sua namorada, certo? - a doutora me pergunta.
— Digamos que sim, mas...

— Então está ótimo. — ela me interrompe, antes que eu termine. — Sua namorada está passando por uma fase muito crítica do processo da perda.

— E isso é muito ruim, doutora? — pergunto-lhe, preocupado.

— Não vou mentir para você, rapaz, é um processo bastante doloroso e que se divide em cinco estágios! — Levei a mão ao queixo e passei apenas a ouvi-la. — O primeiro estágio, eu acho que já podemos identificar nela, que é o da negação. Ao conversar com ela, notei que a mesma tenta fugir do que aconteceu, tentar não falar da morte do pai a fez sentir-se melhor, pelo menos isso é o que ela pensa.

— E como podemos ajudá-la a passar por isso, doutora?

— Bom, o primeiro passo você já deu, que foi trazê-la aqui. Ela vai tentar de tudo para não querer encarar a realidade, vai tentar se isolar... fazer desse sentimento um para-choque de defesa para aliviar o impacto da dor. — disse a doutora. Em seguida ela me falou a respeito dos demais estágios pelos quais a Hina iria passar e que o estado de negação seria apenas o primeiro.

Puta que pariu, estou ferrado! Mas ela de disse que Hina vai precisar muito de mim e de todas as pessoas com as quais ela mais tem contato, só não sei com quem ela costuma ter contato, já que ela só me falou de uma única pessoa e vou procura-la o mais rápido possível. Depois ela me disse que a Hina sentiria raiva; depois ela iria querer negociar consigo mesma uma forma de não sofrer tanto; depois viria a depressão, Aff... será que eu vou dar conta? E por último, a aceitação. Finalmente a ficha iria cair e ela aceitaria a morte do pai.

Meu presente - NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora