Dezessete

481 37 6
                                    

          Naruto

— Mas que porra é essa aqui?

Eu cheguei ao escritório do meu pai e logo depois de ter pego um cafezinho, fui direto para a sala dele. Porém, quando entrei, esperava uma cliente, já que era de costume de os clientes esperarem na sala do advogado em questão, mas o que eu encontrei foi uma coisa totalmente fora do esperado.
— Que diabos você está fazendo na minha sala, Sakura? E ainda mais pelada desse jeito? Perdeu a noção, garota doida? - Ela me olhou com desdém, ou melhor, como se estivesse ligado o foda-se.
A mulher está pelada e deitada no sofá do meu pai!
Caralho, meu. O que ela pensou? Onde essa maluca estava com a cabeça para fazer uma desgraça dessas?
— Sakura, você bebeu, foi? — perguntei. Ela seguiu me encarando, parecendo uma estátua grega, deitada no sofá. Não vou negar que ela é gostosa, mas qualquer homem depois de ter a dádiva de ver a Hina pelada, concordaria comigo que depois da morena, as outras mulheres se tornam apenas outras mulheres.
— Olha, levanta daí, vista a sua roupa e caia fora daqui!
— Nossa, é assim que você me recebe, depois de todo o trabalho que tive para te fazer essa surpresinha. — falou fazendo biquinho e alisando as coxas. - gestos que antigamente me deixavam doido, porém, involuntariamente só me fizeram sentir asco.
— Olha, Sakura, não teste a minha paciência. Como entrou aqui?
— Simples, falei que eu era uma cliente e pedi para esperar na sala. — sínica, como ela sínica. — Gostou da surpresa?
— Você não pensou na possibilidade de ser o meu pai e não eu, a entrar aqui, sua maluca? E se ele te pega toda pelada desse jeito? — dei pulinhos, do tanto que estava nervoso naquele momento. — Isso só pode ser castigo! — Vaza daqui Sakura.
— A, deixa de ser dramático, Naruto. — ela falou, levantando-se do sofá, indo até a mesa de bebidas do eu pai. — Eu perguntei pelo seu pai e a secretária me disse que ele não viria hoje. Lógico que eu não iria querer o senhor Minato vendo a minha nudez.
— Você não presta mesmo, Sakura.
— Mas você ficou durinho quando me viu, não foi? Seu danadinho safado. - ela disse e eu sorri pra mim mesmo, mano meu pau nem piscou.
Ela foi encostando e eu fui me afastando à medida em que ela se aproximava. Ela os esfregou os peitos em mim, meu lado homem quis falar mais alto, porém, eu apenas fechei os olhos e pensei:
Se comporta, Naruto, pois é só mais uma boceta. E uma que te fez de trouxa.
— Olha aqui, sua... sua... eu não vou te dar moral, entendeu? E saia já do meu escritório!
— Tem certeza, Narutinho? — ela pôs uma das pernas sobre a poltrona. — Vem, mete gostoso na tua Sakura, vem. Meu loiro gostoso.
Respirei fundo, logo a imagem da Hinata veio à minha mente, que bom. Eu tinha uma mulher de verdade me esperando em casa, não uma vagabunda que me trocou por aquele filhote de égua, do Sasuke.
— Escuta aqui, sua vagabunda...
— Naruto!? — ela reclamou.
— Vagabunda sim. — eu a segurei pelo braço. — Você vai vestir a roupa agora mesmo e dar o fora daqui, ou eu te coloco daqui para fora, pelada do jeito que está.
— E se eu gritar? — ela ameaçou. — Posso dizer que você me forçou.
— Ah, então vamos, grita, Sakura. — instiguei, abrindo os braços. — Mostra para mim que você é ainda mais vagabunda do que eu pensava que você fosse.
Ela me encarou com raiva, dava para ver em seus olhos o tamanho da sua frustração. Bela vadia, não fosse o meu amor pela minha Hina, eu podia até comer essa escrota até o talo, só para devolver o chifre que aquele puto colocou em mim. Mas não vale a pena, e não é nem pelo o que ela fez, é simplesmente pelo fato de que nenhuma mulher mais vale a pena depois da Hina. Pensando bem, eu nem tô mais com raiva dela, não depois de olhar pra  essa cara de completa derrota.
— Você mudou mesmo. — ela ajeitou os cabelos, pegando as roupas de sobre a poltrona. — O que aquela Zinha fez, pra te deixar assim?
— Zinha é você, Sakura. Você foi quem não pensou duas vezes antes de ir quicar no pau daquele traidor. — falei de modo a deixa-la ainda mais rebaixada. — A Hinata é uma moça de verdade, ela é direita, pura, honesta... coisa que nem de longe você é.
— Eu ainda te amo, Naruto. E me arrependo muito por ter te deixado.
Caralho, que ordinária!
— Ter me deixado? Sakura, você me traiu, sua... quer saber, eu não vou ficar aqui gastando saliva com você. Saia daqui, vá. Saia da minha frente e não diga mais nada. Se você ainda possui um pouco de dignidade, por menor que seja, poupe-a.
Senti uma mescla de raiva e tristeza em Sakura. Minhas últimas palavras foram para ela como um golpe duro diretamente no peito. Peito ela vestiu a roupa e as lágrimas rolaram de seus olhos. Eu sei lá se ela se arrependeu por ter me traido com aquele pau no cu. Só sei que Eu nunca irei perdoá-la por isso, nem ao Sasuke, a quem eu considerava um amigo e as escondidas, ele estava comendo a minha mulher.
— Um dia, você vai voltar para mim, Naruto. Pode ter certeza de que sim.
— Vai sonhando, vadia!
Sakura deixou a minha sala e saiu soltando fogo pelas ventas. Engraçado que ela nem chegou perto de concluir o que quer que ela quisesse. Caralho, como será que o Sasuke iria se sentir sabendo que a namorada dele veio abrir as pernas para mim? Fiquei pensando nesse assunto, dando altas gargalhadas, me jogando no sofá da sala do meu pai. Ouvindo minhas risadas altas, a secretária veio averiguar se estava tudo bem.
— Está tudo bem sim, querida. — respondi. — E não diga ao meu pai que essa moça veio aqui, tá. Ela é uma amiga e não uma cliente.
— Tudo bem, senhor Uzumaki. Não direi nada ao seu pai.
— Agradeço.
Liguei o computador, enquanto o sistema iniciava, eu mandei uma mensagem para a minha princesa das matas.

"O que está fazendo a mulher da minha vida?"

"Oi, meu príncipe. Estou com a Temari."

"Maravilha. Divirta-se, chego em casa no final do dia, minha vida!"

"Está bem, vou te esperar, meu amado!"

Com o sistema iniciado, era hora de trabalhar. Até me esqueci do episódio com a Sakura. Perdeu, vadia, se eu não der certo com a Hinata, o que eu acho pouco provável, pois damos muito certo, aquela boceta ali é a única na qual o meu pau jamais vai entrar de novo.
Estava revendo alguns processos, quando o Nara entrou na minha sala, opa, do meu pai.
— Nara, que bom te rever, amigo. — falei, feliz por ele estar ali.
— Eu também. Estou indo almoçar com a Temari, ela me mandou mensagem dizendo que está com a Hinata.
— Sim, ela acabou de dizer por mensagem, mas senta que eu tenho uma bomba para te contar.
— Que bomba?
Ele me olhou com os olhos arregalados, eu dei um riso de canto de boca. Nara conhecia muito bem quando eu sorria daquele jeito, era sinal de confusão. Fui até a mesa de bebidas do meu pai e lhe trouxe um uísque. Entreguei em sua mão e falei:
— Senta, pois como dizem as meninas, o babado é forte!
Contei ao Nara a situação na qual eu fui recebido pela Sakura, no escritório do meu pai e a cada palavra, ele soltava uma gargalhada. Nara já era advogado formado, mas ele sempre dizia que eu tinha muito potencial, inclusive conversávamos como se eu já fosse um profissional. Eu não polpei esforços, me referi à Sakura como a vadia que ela de fato era e O Nara confessou não garantir se conseguiria se segurar diante dela. Depois ele me pediu desculpas por estar falando daquele jeito da minha ex namorada, então disse que não importava para mim, que meu amor naquele momento era a Hinata. A Sakura não passava de uma vadia que poderia ser comida por quem a quisesse comer e ela deixasse.
— Poxa, você a esqueceu mesmo, hein, cara! — disse o Nara.
— Sim. A Hinata me libertou daquela cobra. — respondi. — Só te dou um conselho, Nara...
— Qual?
— Mesmo que uma vadia abra as pernas para você, não traia a Temari. Ela é uma mulher muito boa, a Hina gosta muito dela. Não despreze uma mulher de verdade por uma vadia qualquer, cara, pois vadias existem muitas por aí, mas mulheres de verdade, existem poucas.
— É, você está certo. Eu só falei aquilo por causa da imaginação mesmo, mas a minha Tema é tudo pra mim.
Apesar do Nara ter confessado o seu amor pela Tema, eu não senti muita firmeza nele não. Credito que se fosse esse safado no meu lugar, aquela safada da Sakura ainda estava aqui e certamente ela estaria de quatro com ele cavalgando no traseiro dela. Mas para mim já não tem mais graça nenhuma, eu tenho a minha Hinata gostosa, que aliás, não vejo a hora de chegar em casa e enterrar a minha cara naquela bocetinha macia cheirosinha. Se ela quiser, é claro.
Caralho, só de pensar nela eu fico duro.
Passei o resto do dia em colocando todos os assuntos do meu pai, em dias. Amanhã ele virá para o escritório e encontrará tudo nos conformes. Já eu, vou para a minha casa, pois certamente será uma grande e longa noite. Tranquei o escritório, depois de ter desligado o computador, nada ficou fora do lugar. Mas de repente algo passou pela minha cabeça, eu tinha de ajudar a Hinata de alguma forma. Ela estava bem melhor, acredito que a doutora Shizune possa ter errado, afinal, errar é humano. Pensando nisso, achei que seria uma boa ideia arranjar uma academia na qual a Hina pudesse trabalhar, acredito que o trabalho a faria muito bem.

Meu presente - NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora