Doze

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Naruto

Uma semana se passou e a situação com a Hinata parecia ficar cada vez pior. Ela estava passando pelo estágio da raiva, parecia que ela queria descontar tudo em alguém, sua terrível dor era pior o que eu imaginava. Mas comigo parecia ser diferente.
Contei ao meu pai sobre a Hina e a situação dela. A princípio ele ficou meio desconfiado, sem entender muita coisa, mas depois ele me surpreendeu.
— Eu não posso te jugar, meu filho, pois o quanto você sofreu por causa da Sakura e essa garota pode ser uma boa para o seu aprendizado.
— Puxa, pai, dessa vez o senhor quase me fez chorar. — disse a ele, sorrindo.
— Eu falo sério, Naruto. Essa moça irá precisar muito de você, lembre-se disso e se quer mesmo ficar ela, faça-o com dedicação e se não for... é melhor dizer isso agora.
— Por que raios o senhor está me dizendo isso?
— Por que se por um acaso você vier a abandonar essa garota no meio dessa turbulência toda, ela pode não suportar. É disso que eu estou falando! — ele pareceu estar sendo bem sincero. — E eu não criei um moleque, mas sim um homem de verdade.
— Pai, eu amo essa mulher, o senhor não sabe o quanto. E posso lhe garantir que não irei abandoná-la, nunca, jamais!
— É bom que esteja dizendo a verdade, filho e conhecendo você como eu conheço, sei que está sendo sincero. Filho eu sei que as vezes eu posso ser um pouco duro com você, mas é que eu te amo e só quero o melhor pra você.
— Eu sei disso pai, e eu também te amo.
— Filho você é o herdeiro de um grande império e eu só quero te deixar preparado para continuar seguindo com a Namikaze's depois que eu me for.
— Eu sei disso pai, eu entendo, porém, o senhor ainda vai ficar um longo tempo por aqui. Relaxa.
O meu pai apenas sorriu e depositou a mão direita sobre o meu ombro esquerdo, num gesto amistoso. Logo ele saiu do escritório, lugar onde fluía a nossa conversa e eu fiquei sozinho com os meus pensamentos. Lógico que não contei como de fato eu a conheci, mas aquilo não importava naquele momento. O que importava era que o meu velho, apesar de ser muito chato às vezes, me deu o seu total apoio com a Hinata. E por falar nela, tenho de leva-la até a Dra. Shizune para mais avaliações. A Hinata está tomando raiva de tudo e eu temo que ela possa começar a tomar raiva da própria vida. Que loucura.
— Oi. — falei, assim que entrei em casa.
— Oi, amor. — ela devolveu o cumprimento, com um singelo sorriso. — Como foi o seu dia, meu bem? — encerrou, com um doce selinho em meus lábios.
— Foi bem. Vou ter que estudar feito um maluco para as provas bimestrais, mas de resto eu estou ótimo. E você? Como foi o seu dia, minha rainha?
Fiz a pergunta, enquanto caminhava em direção da cozinha. Estava um pouco sedento. Abri a geladeira e peguei uma jarra d'água, pus num copo e comecei a beber, enquanto ouvia a resposta dela.
— Para mim também foi bom. A propósito, conversei com a minha amiga Temari. Fazia tempo que nós não conversávamos. — ela contou. Aquilo parecia ótimo, já que uma boa amizade poderia fazer muito bem ela.
— Que legal. O que a Temari conta?
Nesse momento, mais uma vez eu vejo lágrimas nos olhos da Hina, algo na conversa entre amigas não lhe fez bem. Caralho, que ódio. Mas ela engoliu o choro e me contou.
— Minha professora de dança, a senhora Mei, ela disse que se depender dela, eu nunca irei me tornar uma dançarina de prestígio. Ela vai me difamar para todas as academias, Naruto.
— Mas por que ela faria uma merda dessas, Hina? — perguntei, furioso.
— Por eu ter aceitado ir para o xalé dançar para você por dinheiro, Naruto. Ela já havia me dito isso, quando me dispensou. Disse que na academia dela não havia espaço para prostituição, mas eu sei muito bem o que rola nos bastidores daquele lugar.
— Olha, Hina, não precisa você temer nada, ouviu bem? — disse a ela, com seriedade. — Preste atenção, eu sei que você é muito talentosa no que faz, só está abalada por conta do que aconteceu com o seu pai, que aliás, essa mulher deveria saber que não medimos esforços para salvar quem amamos.
— Mas ela não entendeu, Naruto, e nem vai entender agora! — ela revidou.
— Eu sei, mas não se preocupe. Preocupe-se apenas com a sua saúde, Hina. — falei, segurando o seu delicado rosto por entre as minhas mãos. — Eu te prometo... ouça bem, olha pra mim, Hinata. Eu te prometo que vou mover céus e terra, mas você vai realizar o seu sonho de ser uma grande dançarina, ok?!
Ela me olhou daquele jeito que me desmonta por completo. Não me segurei e dou-lhe um beijo quente em seus lábios. Mas ela se esquiva de repente. Será que não está a fim de sexo hoje? Se bem que eu devo deixa-la se sentindo à vontade, ela nunca me nega sexo, imagino que seja algo muito forte para fazê-la se esquivar de mim.
— Bom, que tal a gente sair pra jantar fora hoje? — perguntei. Ela olhou para mim novamente, abrindo um sorriso.
— Nossa. E onde seria? — perguntou.
— No restaurante do Ichiraku. Dizem que lá ele serve um sukiyaki delicioso.
— Ah, legal, então. Vou me arrumar e já vamos!
Hinata passou cerca de quarenta minutos se arrumando. Porra, agora estou com medo de chegar lá no restaurante e toda a comida já ter acabado. Mas quanto exagero da minha parte, ele fica aberto e servindo ao público até a meia noite. Aproveitei para ver algo na TV, estava muito bem para sair naquela noite. Calça jeans, tênis, camiseta gola polo de mangas compridas. Estava um pouco frio, aliás, está meio frio ultimamente. Depois dos terríveis quarenta minutos, eis que minha amada surgiu. Ela estava divina, com um conjunto composto por uma calça jeans preta, um moletom azul escuro, e uma touca preta na cabeça e bota preta. Os cabelos soltos, presos apenas pela touca foi a cereja do bolo. Deus, como ela estava linda.
— Uau. Eu mereço tudo isso? — dirigi-me até ela, abraçando-a pela cintura. — Está linda demais, senhorita Hinata. Já estou com ciúme.
— Hm, e você? Cheiroso desse jeito pra quem? — perguntou. — Também tenho ciúme.
— Então somos dois, mas vamos logo, senão eu arranco toda essa roupa de você e adeus jantar. — sorrio e a puxo pela mão.
Era verdade quando disse que senti vontade de arrancar toda aquela roupa e ir direto para o quarto, mas ela precisava de alguma diversão que não fosse o sexo. Não queria fazê-la se sentir que só me servia para isso.
Entramos no quarto e rumamos para o bar e restaurante do senhor Teuchi. O local era bastante sofisticado e muito atrativo, diversos casais apaixonados costumavam ir até ali para trocarem juras de amor. O senhor Teuchi adorava ser taxado de cupido e quando ele me viu na companhia da Hina, logo veio ao meu encontro.
— Naruto Uzumaki, quanta honra e há quanto tempo. — disse ele, com aquele sorrisão. — E quem é a beldade a seu lado? Namorada nova?
— Senhor Teuchi. Também senti saudades dos seus maravilhosos pratos. E sim, essa é Hinata Hyuuga, minha nova e definitiva namorada. — respondi com um sorriso largo. — Viemos aqui, porque eu disse à Hina que seu sukiyaki é o mais delicioso do país.
— Ah, quanta modéstia, Naruto. Existem lugares que servem pratos bem mais deliciosos do que os meus, mas se você insiste, vou preparar um delicioso sukiyaki para vocês dois, agora mesmo.
— O senhor é que é modesto, senhor. — insisto e me dirijo à Hinata. — Se prepare, pois você irá viajar nas asas da comida mais deliciosa que já experimentou na sua vida!
Hinata sorriu e Teuchi foi até a cozinha preparar o nosso pedido. Ela estava divinamente bela naquela noite e eu me sentia o homem mais feliz do mundo por tê-la ao meu lado. Enquanto a comida não vinha, Jiraya nos serviu a primeira entrada, saquinhos de tofu recheados com frango desfiado, cenouras raladas em fios e repolho, tendo o shoyo como acompanhante. Em seguida veio bolinhos de arroz com salmão, fritos e molho de gengibre com mel e gergelim. E por último, o prato principal. Nossa, eu estava morrendo de fome.
Mas como tudo nessa vida, nada é perfeitamente perfeito, vi meu apetite indo pelo ralo quando olhando para a porta à minha frente, vejo Sasuke e Sakura, entrando pela mesma. Só pode ser um pesadelo e dos mais terríveis. Suspirei e dei um sorriso meio amarelado para a Hina, que percebeu logo de cara. Porra, mulher fareja o erro há léguas de distância.
— O que foi? — perguntou ela. — Parece incomodado. Por que?
— Não, não foi nada. Eu só estava pensando nas bimestrais, só isso.
— Tem certeza de que é só isso mesmo? — ela perguntou mais uma vez, enquanto retirava o hashi da embalagem.
— Já disse que não foi nada. Vamos comer? — peguei os meus hashis e comecei a me empanturrar. Na verdade, estava bem gostoso, o sukiyaki do Teuchi é realmente o melhor, só a parte ruim que é ter que olhar para a cara da Sakura. Pois ela estava na recepção, e não parava de me encarar, mesmo o Sasuke parecendo se esforçar para chamar a atenção dela. Tem um momento que o Sasuke abaixa a cabeça para olhar o cardápio e ela pisca o olho pra mim, e isso foi a gota d'água, Mas que porra eu estou fazendo? Nem de longe eu gostava daquela mina mais. Ela me traiu e agora eu estava do lado de uma verdadeira deusa, que acima de tudo, só falta me matar de tesão na cama. Oras, eu não vou dar a atenção no qual essa vagabunda não tem mais em relação ao meu respeito, não eu tendo uma deusa do amor do meu lado. Só que eu também não quero que a Hina saiba quem ela é. Não vale a pena que ela saiba, não quero a Haruno perto do amor da minha vida.
Hinata segue me olhando, melhor, encarando. Ela sabe que eu estou escondendo algo e aqueles olhos azuis me dizem que ela não vai sossegar até descobrir do que se trata esse meu comportamento estranho. Decido ignorar completamente a Sakura juntamente com aquele cara de cu, do Sasuke, mas não adiantou muito, eles vieram sentar justamente do nosso lado. Que porra!
— Ora, veja só. Quem está aqui, se não é o meu querido amigo Naruto! — disse o Sasuke, olhando diretamente para a Hina. Ódio desse filho da puta.
— Eu não sou seu amigo, Sasuke. — suspirei e, voltei a comer. Sério, àquela altura a comida já havia virado pedra na minha boca.
— Amor, não vai me apresentar seus amigos? — disse a Hina.
Puta que pariu. Agora lascou tudo.
— Hinata, esses são Sakura e Sasuke. — falei, seco feito rio com falta de chuva.
— Sakura!

Puta merda. Acabei de me lembrar que eu havia dito a ela o nome da minha ex em uma conversa de travesseiro. Agora fodeu.

Meu presente - NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora