Trinta e dois

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Hinata

Saí daquele bar, revigorada. Um sentimento de realização que há muito eu sentia, a satisfação de poder ajudar uma pessoa é incrível, ainda mais sabendo que aquela mesma pessoa passou pelos mesmos caminhos aos quais você percorreu, embora ele não tenha tido o mesmo êxito. Mas ainda havia tempo, o senhor Teuchi ainda era bastante jovem e logo poderia reconstruir a sua vida, assim como eu reconstruí a minha.

(....)

Naruto

Uma semana antes

Estava aguardando a Hinata terminar a consulta, quando fui surpreendido pela Sakura. A garota estava apresentando um comportamento bem diferente do que havia apresentado nos últimos meses, ela parecia bem mais coerente. Mas o que me deixou mais chocado ainda foi a confissão dela, de que teria orquestrado toda uma mentira apenas por vingança.
— Sakura, vamos conversar lá fora? — sugeri, não dava para manter uma conversa tão relevante em uma recepção de hospital, ainda por cima, um que era psiquiátrico.
Sakura acabou confessando que estava apaixonada de verdade pelo Sasuke, o que para mim foi um alívio, mediante a isso, ela disse ter ido me procurar para que pudéssemos entrar em um acordo definitivo.
— Olha aqui, Sakura, eu não tenho absolutamente nada para conversar com você, ouviu bem? Tudo o que rolou entre a gente ficou no passado e diante de suas ações, um passado que eu já fiz questão de enterrar! — falei,
A gente decidiu ter a conversa no jardim dos fundos da clínica, onde era mais seguro e caso a Hinata saísse, ela não me veria de conversinhas com a minha ex safada.
— Eu te entendo, entendo o seu ódio por mim...
— Está enganada, Sakura. Ódio é sentimento e para te ser bem franco, eu não tenho é nenhum sentimento por você, entende? — respondi, fazendo lágrimas rolarem do rosto dela. — Todo e qualquer sentimento que eu já tive por você um dia, acabou, morreu, você mesma foi quem matou. Agora diga de uma vez o que você quer, pois eu não tenho o dia todo.
Sakura recebeu aquelas palavras, suspirando. Eu sei que havia pegado pesado, mas eu tinha de pôr um ponto final naquela história, não só por mim, mas para a Hinata também. Estávamos recomeçando a viver depois de termos juntado os caquinhos nos quais as nossas vidas haviam se tornado, mas para isso, era preciso tirar de perto da gente todos aqueles que não podiam mais fazer parte da nossa história. Tudo bem que todo passado permanece, não tem como retirar eventos passados da nossa existência, mas há como esquecê-los e era exatamente o que eu estava procurando fazer, com relação à Sakura. Então ela quebrou o silêncio e fez a proposta.
— Tá legal. Eu vim aqui te pedir que convença a Hinata a retirar a queixa contra o Sasuke...
— O que? Ficou doida? — perguntei. Mas no fundo eu até que queria fazer algo que pudesse livrar o nome da Hinata de toda aquela sujeira. O meu medo era de que o Sasuke, por vingança, pudesse alegar que fora seduzido e caído numa armadilha da própria Hinata. Pois essas coisas podem sim acontecer. — E sobre quais argumentos eu aceitaria essa sua proposta?
— De sumir, juntamente com o Sasuke, de suas vidas e nunca mais retornar. — ela explanou. Confesso que fiquei tentado. Ela prosseguiu. — Como eu te disse, eu acabei descobrindo que realmente amo o Sasuke e quero recomeçar uma vida nova ao lado dele, entende? E ele também alegou querer o mesmo comigo. Eu sei que nós somos dois vagabundos, Naruto, mas eu não quero mais ser uma vagabunda, eu quero poder construir algo novo, algo meu, assim como você está tentando fazer ao lado da Hinata.
— Só que eu não costumo querer ferrar coma vida dos outros, Sakura e a Hinata também não.
— Eu entendo — ela complementou — por isso te peço essa chance, mesmo que não possa me perdoar, pelo menos nos dê, a mim e ao Sasuke, a oportunidade de uma nova vida longe daqui. Eu também fiquei manchada, eu carrego a fama de traidora, da garota que chifrou o noivo faltando pouco tempo para o casamento...
Suspirei. Talvez fosse uma boa, mas eu tinha que pensar e convencer a Hinata também.
— Olha, eu não vou te prometer nada, afinal, o julgamento vai acontecer dentro de poucos dias. Mas vai depender da Hinata, pois ela quem é a vítima.
— Eu a entendo. Mas fale com ela. Se o Sasuke for condenado, eu não sei o que vou fazer, pois certamente ele vai passar um tempo na cadeia e tem mais... sei o que pode acontecer com homens que são presos sob esse tipo de acusação, ele poder ser morto na prisão, Naruto e eu não suportaria se isso acontecesse.
Sakura novamente começou a chorar. Vi sinceridade nos olhos dela, talvez fosse esse, o último ato para o começo de uma nova vida. Tá certo que o Sasuke merecesse passar o resto da vida numa cela, pelo que fez à Hina, mas por outro lado, não ter mais que olhar para a cara dele e da Sakura, seria uma recompensa maravilhosa. Sendo assim, eu falaria com a Hinata, mas não naquele mesmo dia.
Então despachei a Sakura e voltei para a sala de espera. Para a minha sorte a Hinata ainda não havia terminado com a Shizune, algo muito bom, pois eu não precisaria ter de explicar para a minha namorada o que eu fazia de conversinha com a minha ex e no mesmo lugar em que ela estava.
Assim que a Hinata saiu, ela veio na minha direção. Porra, eu não tinha como esconder as coisas dela, não mais. Uma ligação tão íntima começou a se desenvolver entre a Hinata e eu, que ambos parecíamos ter a capacidade de ler os pensamentos um do outro. Tá, não chegava ser tanto, mas o fato era que a cada dia que se passava, acabava ficando mais difícil existir segredos entre nós.
— Amor, você não vai acredi... o que foi? — ela perguntou, olhando para mim, como se pudesse ler a minha alma.
Foi o que eu disse, segredos estavam ficando cada vez mais difíceis de serem mantidos. Assim como eu sabia que algo bom tinha acontecido no interior daquele consultório, ela sabia que algo estava perturbando a minha tranquilidade.
— Não foi nada, amor. — ela é esperta e sabia que algo tinha acontecido, mas eu não queria dividir com ela, não naquele momento.
— Naruto, uma coisa eu praticamente já nasci sabendo...
— Oi?
— Que nada, não deixa as pessoas com essa cara que você está fazendo agora. Vamos, o que houve?
Eu suspirei e deixei os meus ombros caírem.
— Amor, eu conto pra você uma outra hora, pode ser? Não é nada que valha a pena, pode acreditar.
Ela ouviu aquelas palavras e ergueu as mãos, num ato de rendição. Lógico que aquilo foi apenas de momento, pois a conhecendo como eu a conheço, sabia perfeitamente que, mais cedo ou mais tarde, ela iria me encostar na parede e exigir saber o que havia me deixado tão inquieto.
— Tudo bem, a gente fala sobre isso depois. Agora vamos para casa.

(....)

Hinata

Tempo presente

Chegamos ao apartamento, eu estava muito feliz. De casamento marcado, meu noivo estava prestes a se formar e já com uma carreira promissora garantida, e planejando montar uma academia de dança, quem sabe num futuro próximo... tudo estava perfeito. Ah, já ia me esquecendo de finalmente estar conseguindo vencer a depressão. Não era maravilhoso?
Contei ao meu amor, das aventuras vividas com a mãe dele na capital. Mostrei o modelo do vestido e ele ficou muito feliz. Nos sentamos no sofá, eu em seu colo e nos beijávamos com avidez.
— Eu te amo, Naruto. — dizia eu, entre suspiros e sussurros.
— Eu também te amo demais, Hina, te amo e te desejo mais do que tudo nessa vida. Eu quero você e a quero agora.
Logo senti o pau enorme dele crescendo dentro do short e comecei a ficar toda molhada. Era normal isso acontecer sempre que ele me tocava e ainda continua sendo. Então, Naruto pôs a mão dentro do meu short e começou a acariciar a minha intimidade, fazendo-me ter um orgasmo delicioso, ali mesmo, comigo sentada no colo dele.
Naruto encaixou seus quadris aos meu meus e me penetrou com seu membro ereto. No começo eu senti um pouco de desconforto, não entendo o porquê, mas logo o desconforto passou e eu pude desfrutar do homem maravilhoso que era Naruto. Ele se movimentava de forma a parecer uma onda sobre o meu corpo e cada movimento desencadeava um prazer jamais sentido por mim, cada vez que a gente ficava junto, era como se fosse a primeira, nossos corpos suados transmitiam o calor que aquele momento provocava. Eu gemia e me contorcia pelos diversos orgasmos que o homem da minha vida me fazia sentir, até que ele, após soltar um gemido intenso e expressivo, retirou o falo do meu interior e ela senti o líquido quente sobre meu abdômen. Após gozar, Naruto meio desabou ao meu lado, já exausto. E tudo aconteceu no carpete da sala.
— Por que eu sempre penso que ficamos juntos pela primeira vez? — disse ele, após dar um suspiro profundo.
— É porque nós nos amamos muito, amor. Eu também sempre que estou com você pela primeira vez. Eu te amo demais!
— Eu também! — respondeu, em seguida colocou-se sobre mim mais uma vez. — Tenho algo para te contar, aliás, tenho duas coisas para te contar, uma boa e outra... nem tanto.
— E o que seria?
— Depende de qual você queira ouvir primeiro. A notícia boa, ou, a ruim?
— Olha, eu sei que na maioria das vezes as pessoas preferem ouvir as notícias boas, mas no meu caso, eu acho que ouvir a boa por último faz com que ela seja como um paliativo para os supostos danos que a notícia ruim possa causar!
— Uau, eu nunca havia pensado por esse lado. — ele comentou, dando risadas e novamente se deitando ao meu lado. — Então lá vai... a Sakura me procurou, me pedindo para que eu convencesse você a retirar a queixa contra o Sasuke.
É sério que eu estava ouvindo aquilo mesmo? Ele esteve com a outra?
— E desde quando você está sabendo disso, Naruto? — perguntei, logo liguei os fatos. — Foi naquele dia na clínica, não foi? Ela esteve lá, por isso você estava tão estranho. Como pôde ter escondido isso de mim por todo esse tempo?

— Hina, por favor... me escuta pelo menos.

Meu presente - NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora