Meu presente - Naruhina

Vinte e três

Hinata

O serviço que o senhor Minato havia me arranjado estava indo cada vez melhor. Eu estava aprendendo muito a respeito de lidar com arquivos, processos e até contratos mais sofisticados. Minha sogra também aprendeu a gostar de mim, pois via o meu esforço. O Naruto alugou um apartamento onde eu podia receber os meus amigos mais próximos e até ofereci um almoço para os meus sogros, sem eles saberem que o filho deles era quem estava bancando, mas aquilo era por tempo limitado, já que o combinado entre a gente era de que, assim que eu começasse a receber o meu salário, passaria a arcar com minhas próprias despesas. O Naruto avaliou que aquilo era muito bom para mim, fazer eu me sentir útil era uma forma de eu me recuperar ainda mais rápido dos traumas passados.

Com isso se passaram seis meses. Eu estava finalmente vencendo a depressão com a ajuda da Shizune e principalmente do meu Naru. A única coisa da qual eu sentia falta era da dança, já que por uma fofoca da senhora Mei, eu acabei saindo da academia onde frequentava, ela alegou que eu atuava como prostituta, o que poderia manchar a reputação da instituição. A senhora Nakamoto, dona da academia, deu-me a notícia com pesar, mas avisou que estava torcendo por mim.

— Eu não acredito que a senhora Mei foi capaz de fazer uma coisa dessas. — reclamou o Naruto, bastante chateado.

— Mas não precisa dizer nada, amor...

Tentei apaziguar, mas ele também disse não entender o motivo de tamanha implicância.

— Fico desconfiado dessa mulher. Você sempre me disse que ela era uma pessoa boa e agora parece te odiar! — ele exclamou.

— Olha, vamos deixar isso para lá, eu vou continuar com o meu trabalho e nós dois seguiremos com as nossas vidas. — falei. — Aliás, eu proponho um fim de semana no litoral. O que você acha?

— Acho uma maravilha. Uma ótima pedida para comemorarmos os nossos seis meses juntos e a sua magnífica recuperação!

Fomos para o litoral naquele mesmo mês. Como nos divertimos e claro, fizemos amor feito loucos. Só que eu ainda estava proibida de ingerir bebida alcóolica por causa da medicação, mas de resto, aproveitamos ao máximo e o Naruto quase não saiu de dentro de mim durante todo o final de semana.

— Sabe, Hina...

— O que foi? — perguntei, deitada sobre o seu peito, admirando a luz das estrelas e ouvindo o barulho das ondas.

Ele suspirou, antes de responder.

— Estive pensando e... já estamos juntos a algum tempo. Tenho certeza de que não consigo mais viver longe de você! — ele disse, beijando o too da minha cabeça.

Estávamos os dois deitados em uma rede, completamente nus. Foi assim que nos conhecemos e era assim que nos sentíamos mais à vontade um com o outro.

— Eu também, não consigo imaginar como seria a minha vida longe de você Naru. Do seu toque, do seu beijo...

A gente começou a se beijar, meu coração acelerou à medida em que o calor do corpo dele aumentava.

— Você quer se casar comigo?

— O que? — sou pega de surpresa.

— Perguntei se você quer se casar comigo? Ser a minha esposa e a mãe dos meus filhos!

Aquela pergunta foi a coisa mais linda que eu poderia ouvir naquele dia, melhor, noite.

— Mas é claro que eu aceito, amor. — respondi, sem rodeios. — Não tem nada que eu não queira mais do que me tornar sua pelo resto da minha vida.

Sorri e chorei, ao mesmo tempo. Há muito não sentia tamanha felicidade como então.

— Está bem, eu não trouxe um anel porque não pretendia fazer o pedido aqui, mas está tudo tão lindo... esse mar, esse céu... o momento propício para um pedido tão especial. — ele concluiu, novamente beijando os meus lábios.