Naruto
Aquele telefone ficou em minhas mãos por alguns segundos, mas foi tempo o suficiente para eu perder o chão. O meu pai, sofreu um ataque cardíaco? Droga, ele é forte feito um touro. O que poderia tê-lo levado a isso?
Corro e visto a minha roupa, nem consigo escutar direito a Hinata me fazendo perguntas, só queria ver o meu pai naquele exato momento, foi quando ela veio até mim.
— Calma, amor, eu estou aqui com você, tá bom? — falou, dando-me um beijo nos lábios e ali eu senti toda a segurança que estava precisando no momento.
— Obrigado meu amor, nossa Hina eu preciso vê-lo agora mesmo. — comentei, ela assentiu.
A Hinata vestiu a mesma roupa que ela estava quando fomos no senhor Teuchi. Ela foi muito rápida em se aprontar, a gente não podia mais se atrasar. Peguei o telefone e mandei uma mensagem rápida para a minha mãe."Mãe, estou indo pra aí. Não se preocupe."
Saí dirigindo feito um doido até o hospital, no caminho a Hinata dizia para eu ir devagar, que de nada adiantaria para o meu pai, se o filho dele sofresse um acidente na estrada.
Eu paro um pouco e reflito, e chego a conclusão de que estou fazendo merda.
Mas o que eu estou fazendo? Estou do lado de uma garota que acabou de perder o pai, ela mais do que ninguém, sabe o que está passando aqui na minha cabeça, por tanto, o melhor que eu poderia fazer era escutá-la.
Diminuí a velocidade, mas ainda assim me mantive calado. Eu não queria dizer nada naquele momento, achei que qualquer coisa que saísse da minha boca só iria piorar a situação. Chegamos ao hospital e eu fui direto saber onde o meu pai estava internado.
— Minato Uzumaki. — fui logo perguntando.
— E o que o senhor é dele? — a recepcionista perguntou.
— Sou filho dele, me chamo Naruto Uzumaki.
A recepcionista olhou para a Hinata, não sei bem o porquê, mas ela a encarou. Logo eu vejo a minha mãe se aproximar.
— Mãe! — exclamei assim que a vi. — Mãe, como ele está? - perguntei desesperado.
— Meu filho, que bom que veio. — ela falou, me abraçando com força. — Eu te liguei, mas você não me atendeu.
— Me desculpe, mãe, eu pensei que se tratava de outra pessoa, por favor, perdoe-me.
— Tudo bem, meu amor. Seu pai agora está bem, está estável e segundo os médicos, porem, ele precisou passar por uma cirurgia. — para o meu alívio, e preocupação ao mesmo tempo, minha mãe informou. — E essa moça bonita, quem é? - disse levantando a sombrancelha e encarando a Hina.
— Ah, mãe. Como eu sou desastrado. Essa é a minha namorada, Hinata. Hina, essa é a minha mãe.
— Namorada? E quando iria nos apresentar?
A pergunta foi coerente, mas apenas ao meu pai eu contei o que estava acontecendo com a Hina, logo eu teria de fazer o mesmo com a minha mãe.
— Eu iria fazer isso, mãe, é que a gente estava esperando um pouco mais. — falei, tentando ajeitar as coisas. — Bom, eu quero ver o meu pai. Onde ele está?
— Está na UTI, em observação. — ela respondeu.
— Na UTI? Então é grave!
— Nem tanto. — um médico apareceu bem nas minhas costas. — O seu pai sofreu a forma mais fraca de um infarto, a UTI é apenas uma forma de precaução mesmo. Dr. Kisame Hoshigaki, ao seu dispor.
— É um prazer, Dr. Hoshigaki. — falei. — Agora eu posso ver o meu pai?
— Mas é claro. Por aqui, por favor. Porém, apenas poucas pessoas poderão me acompanhar. - ele diz e da uma olhada de cima a baixo para a Hinata, no qual me faz querer quebrar ele na porrada, o Naruto das cavernas praticamente tomou conta de mim nesse momento, porém, para não levar uns tapas da minha mãe eu apenas faço menção em segui-lo, mas antes de ir eu me viro para a minha namorada.
— Eu não demoro tá amor?
— Tudo bem meu príncipe. - diz sorrindo e eu lhe dou um selinho.
Saímos o doutor, minha mãe e eu. Nossa, eu estava tão nervoso inclusive também por ter deixado a Hinata lá, sozinha na recepção. Chegando na UTI, lá estava o meu velho, deitado naquela cama de hospital, todo cheio de aparelho. Caramba, que visão mais perturbadora aquela. Deve ter sido essa a sensação que a Hinata sentiu quando esteve com o pai dela doente, pobre coitada. O termo: coloque-se no lugar do outro e sentirá a sua dor, foi aplicado literalmente a mim. Agora percebo o tamanho do fardo que a Hinata estava a carregar e por que ela estava tão instável emocionalmente.
— Ele está sedado, Doutor? — perguntei nun fio de voz.
— Sim. Ele passou por um cateterismo por conta de uma artéria entupida. — respondeu Hoshigaki. — Aliás, foi por causa dessa artéria que o seu pai sofreu esse princípio de infarto. Se não tivesse sido trazido rápido ao hospital, certamente não teria conseguido sobreviver.
Nossa, meu coração chegou a doer naquele momento. Abracei minha mãe e ficamos ali, observando o meu pai. Ele dormia por causa dos sedativos, mas segundo o cardiologista que o operou, ele ficaria bem e logo. Foi então que, sentando no corredor, ao lado da porta da UTI, contei à minha mãe o problema da Hinata. Ela ficou chocada e mais inda comigo, por dizer que eu fazia ideia do que a Hinata sentia.
— É, filho, acredito que essa moça esteja mesmo precisando de ajuda. Mas você não acha um fardo muito pesado, Naruto? - Não entendi a posição da minha mãe.
— Não acho que ela seja um fardo, mãe. — fui curto e grosso. — Olha mãe, para as pessoas que estão por fora realmente é difícil de entender, até mesmo pra mim as vezes, mas eu sinto aqui no meu peito, é algo novo, mas o sentimento é real. E ela não é fardo pra mim, na verdade eu é que não quero que ela fique longe de mim.
— Cuidado filho, olha tudo o que aconteceu com a Sakura e....
— A Hinata não é a Sakura mãe, eu não irei me fechar para o que eu e a Hina estamos construindo por causa de algo que aconteceu quando eu nem conhecia a mesma.
— Mas é que se a Sakura que era tão... - nesse momento eu a interrompo.
— Sim mãe, eu lembro, a nora que você pediu pra Deus, eu lembro de você no meu pé sempre falando isso, mas olha só o que ela fez né.
— Filho, você fala como se eu fosse culpada pelo que aconteceu. — minha mãe sentindo-se magoada. — Fiquei tão decepcionada com a Sakura, quanto você.
— Não, mãe, não ficou — revidei — a Sakura me enganou, a gente iria se casar depois que eu me formasse. A senhora sabe quem foi ao meu resgate, quando eu pensei em abandonar tudo? Isso mesmo, foi a Hinata, na verdade eu já tinha ligado o foda-se, mas quando a Hina chegou, tudo foi diferente, foi perfeito, e mesmo ela estando aos frangalhos ela esteve ali comigo.
Minha mãe nada disse a princípio, depois ela deu o seu aval.
— Você tem razão, filho, a Hinata me parece ser uma moça muito conceituada e honesta. Só te paço para não ir muito fundo, não tão depressa.
— Obrigado, mãe. Mas relaxa tá. - eu disse e a mesma concordou.
— E leve-a para almoçar lá em casa qualquer dia desses. Quero conhece-la melhor!
— Tá, eu levo sim.
Fiquei ali, até que me lembrei de ter deixado a Hinata sozinha na recepção. Com o meu pai mais estável, minha mãe disse que eu poderia ir para casa descansar, já que certamente teria muito trabalho no escritório, no dia seguinte. Retornei para a recepção e lá estava ela, conversando com a recepcionista, a mesma que a encarava enquanto eu pedia notícias sobre o meu pai.
— Como você está, meu amor? — perguntei. — Desculpe por eu tê-la deixado aqui.
— Que é isso, não precisa se desculpar, amor. — ela respondeu, com um singelo sorriso. — Essa é Saori, uma amiga da academia. Sa, esse é o meu namorado, o Naruto.
— Olá, Saori, muito prazer. — cumprimentei a moça. — Hinata me fala muito dessa academia de dança.
— Ah, sim, somos bem famosas, pena que a Hina não está mais com a gente. A senhora Mei é uma megera boba. — disse ela.
— Ah, mas eu já disse para a Hinata que ela não precisa se preocupar com isso, pois será uma grande dançarina, independentemente da professora dela. — respondi, dando um beijo no topo da cabeça da Hinata. — Vamos?
Chamei a Hinata para irmos embora. Não sei porquê, mas não fui muito com a cara dessa tal Saori. Essa garota não me pareceu estar sendo nenhum pouco sincera com a minha Hina, mesmo assim foi muito bom ela ter feito companhia para a minha princesa enquanto eu visitava o meu pai.
— E como está o seu pai? Ele está bem? — a Hinata perguntou, enquanto eu frequentemente olhava para trás, para o interior do hospital, de onde a recepcionista não parava de observar a Hina. — Eu confesso ter me sentido um pouco mal por estar em um hospital, pouco tempo depois de o meu pai ter morrido em um.
— Ah, não se preocupe, amor. Eu não atentei ao trazer você aqui. — justifiquei. — Mas não farei isso novamente, tá bom. Não enquanto você estiver em tratamento.
— Não se preocupe, eu vou ficar bem. A Saori me ajudou, ela me deu um copo d'água e eu fiquei um pouco mais calma.
— Sim, mas eu não quero correr riscos. E por falar em tratamento, amanhã nós iremos até a doutora Shizune novamente. — comentei.
— Verdade. Amanhã é dia de consulta. Mas me conta, como está o seu pai?
Contei a ela que o meu velho havia passado por uma cirurgia de cateterismo, quando se há necessidade de desentupir uma artéria obstruída e que era um procedimento bastante complicado, mas que graças as habilidades do cardiologista Hoshigaki, o meu pai iria sobreviver e que o tempo de tratamento também foi crucial. Nesse momento, Hinata chorou. Perguntei a ela o motivo do choro e ela disse que tempo foi algo que pai dela não teve em seu favor. Verdade, o pai dela não foi tratado no devido tempo e por isso morreu. O pior de tudo isso foi que a Hinata só foi para aquele hotel fazenda dançar pra mim, por causa do tratamento do pai, para custear o mesmo, mas não deu tempo, ele morreu e mesmo assim ela foi cumprir com o que havia prometido. Ela é muito maravilhosa.
Chegamos em casa e fomos direto para o quarto. Tomamos um banho, apenas, afinal de cotas, hospitais são lugares onde proliferam grandes números de bactérias e fungos. Tomara que o meu pai fique bom logo e volte para casa. Bom também foi ótimo saber que a minha mãe aceitou o meu namoro com a Hinata, mas algo me diz que tudo isso está fácil demais.(****)
No dia seguinte, peguei meus materiais e fui para a faculdade. Nem fiz o café da manhã, pois teria uma prova oral para fazer. Eu estava no último período e não poderia fracassar agora, ainda mais com o meu pai tendo sofrido um ataque cardíaco, se eu reprovasse, certamente ele morreria.
Cheguei e logo os meninos vieram me perguntar a respeito de tudo, como eu estava, se eu havia superado a Sakura... eles não sabiam, não ainda, que eu estava namorando justamente com a garota que eles me enviaram como presente. E quer saber, eles não merecem ficar sabendo de jeito nenhum. Apenas disse que estava tudo bem e que logo o meu pai sairia da UTI e também do hospital.
— E a garota presente? — o safado do Gaara me perguntou.—Que garota presente?
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Meu presente - Naruhina
FanfictionNaruto estava se curando de uma traição e recebeu um presente inesperado