Naruto
Os dias que sucederam àquele no qual o Sasuke quase violentou a Hina, foram bastante turbulentos. Uma denúncia formal foi apresenta junto à delegacia que cuida dos direitos das mulheres e ele teve de responder por tentativa de estupro, mas fizemos um acordo onde o processo seria mantido em sigilo, não por causa dele. Eu queria mais era que o Sasuke se fodesse, mas por causa da Hina, da imagem dela perante à sociedade. Poxa vida, ela já estava se recuperando do trauma da perda e agora veio essa. Ter de encarar uma sociedade que já era preconceituosa, agora era as que coisas tendiam a ficarem piores. Mas o meu pai conseguiu fazer com que o Sasuke assinasse o acordo de sigilo e eu estava ali presente.
— E se eu não assinar? — ele disse, em tom de arrogância. Claramente aquele vagabundo não sabia onde estava se metendo.
— Ouça bem, senhor Uchiha, eu sei perfeitamente que o senhor pretende não assinar esse acordo de sigilo unicamente para prejudicar a namorada do meu filho e assim o atingir no processo. — meu pai falou, sendo coerente.
— Escuta aqui o senhor...
— Espere, pois eu ainda não terminei...
O advogado do Sasuke foi um dos alunos do meu pai, na faculdade, o cara sabia exatamente com quem estava lidando e por isso aconselhou seu cliente a escutar. Ele era um cara esperto.
— Prossiga, DR. Namikaze. — o advogado de defesa, deu o aval.
— Pois bem, como eu ia dizendo... para o senhor Uchiha é bem melhor manter esse processo em sigilo, assim a imagem da minha nora fica de fora dos tabloides dessa cidade fofoqueira.
— E se eu não quiser assinar? — olhei para a cara deslavada do Sasuke. Vontade de quebrar a cara desse ilho da puta, na porrada. Mas me contive e ele prosseguiu. — Eu posso perfeitamente expor o processo e tentar me defender, pois todos nessa cidade sabe da fama de sua nora. — e não é que o desgraçado teve a ousadia de encarar o meu pai? Sério que ele fez mesmo isso?
Eu avancei pra cima desse filho da puta, pra sorte dele o meu pai estava ali e me segurou juntamente com o outro advogado, foi difícil, mas eu me acalmei.
Passado um tempo o meu velho encheu os pulmões de ar e soltou, como se fosse um balão sendo esvaziado, em seguida ele se apoiou com as duas mãos cruzadas, sobre a mesa e se pôs a encarar o safado. O espetáculo finalmente iria começar.
— Me escute aqui, filho, pois eu vou repetir pela última vez. Você tem sim, todo o direito de expor o caso e tentar se defender, mas encontra partida, como advogado de defesa da senhorita Hyuga eu posso muito bem garantir que você aguarde o andamento do processo em uma bela cela, no presídio.
Sasuke arregalou os olhos e encarou seu advogado de defesa.
— Isso é um ultrage, eu sou réu primário. É direito meu, aguardar o processo em liberdade. — falou, demonstrando finalmente o seu medo.
— Tem toda razão, mas parece que o seu advogado ainda não lhe explicou como são as leis desse país, senhor Uchiha. — meu pai prosseguiu. — O senhor não apenas tentou agarrar a minha nora à força, como também deixou marcas em seu corpo. Isso é mais do que o suficiente para eu convencer o juiz a manda-lo para a cadeia. E o senhor deve ter uma vaga ideia do tipo de tratamento recebido ali, para estupradores e praticantes de violência doméstica, não sabe?
Nunca havia visto um silencio tão lúgubre em toda a minha vida, como naquele momento. Funeral iria se parecer com uma festa de arromba, diante do clima de tensão que se abateu sobre aquela sala e olha que nem se tratava de uma audiência e sim de um acordo entre os advogados de ambas as partes.
O advogado do Sasuke cochichou alguma coisa em seu ouvido, em seguida comunicou que precisava conversar em particular com o seu cliente. Era por isso que o meu pai ostentava e ainda ostenta o título de melhor advogado de toda a região e um dos mais brilhantes do país, ele sabe como persuadir um lado e o que é pior, ele dificilmente perde uma causa.
Os dois ficaram trancados na sala adjunta por longos minutos. Como se tratava de um local utilizado para conversas particulares, o local era revertido por um sistema inibidor de som. Depois de terem conversado, advogado e cliente finalmente chegaram a um acordo e o defensor o expôs diante de ambas as partes.
— Bom, o meu cliente e eu decidimos que será melhor para todos, se o processo correr em sigilo. Se bem que, se condenado, o nome de sua nora, Dr. Namikaze, não ficará de fora.
— Eu entendo, mas até o julgamento, haverá um grande pedaço de chão, muita coisa pode acontecer até lá. — disse o meu pai. Fui orientado a permanecer calado, para não implicar qualquer coisa que viesse a prejudicar a Hina, pois era exatamente disso que aqueles dois estavam em busca, ali.
— Por acaso isso seria uma ameaça? — o defensor, inquiriu.
— Não sou homem de fazer ameaças, meu caro amigo, você sabe muito bem disso. Prefiro fazer. — Nossa, desconheci o meu pai, nessa hora. — Estou avisando que se forem bons garotos... acima de qualquer coisa, eu quero manter a integridade da minha nora, intacta!
O advogado do Sasuke concordou, então a papelada foi colocada diante dele, mas o advogado medíocre fez questão de ler tudo antes. O que era de seu total direito, mas o meu pai não é um homem trapaceiro, persuasivo, mas nunca trapaceiro. Depois de lido, os papéis foram finalmente assinados e a Hinata estava livre de ter o seu nome na boca do povo, o que para mim foi um alívio e eu não via a hora de contar a ela e deixar a pobrezinha mais tranquila.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu presente - Naruhina
Hayran KurguNaruto estava se curando de uma traição e recebeu um presente inesperado