Vinte e um

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Naruto

Despertei e vi que a Hina ainda dormia. Minha cabeça estava girando, mesmo depois de ter tido uma das melhores fodas da minha vida com ela. Meu pau chegava a estar dormente do quanto a gente transou, então eu decidi sair de fininho sem acordá-la, tadinha, ela estava dormindo tão bem. Além do mais, eu não queria acordar logo cedo a ouvi-la dizer que o Sasuke a tinha importunado no dia anterior. Vesti um terno discreto, já que teria de acompanhar o meu em um julgamento ainda naquela manhã, o terno era na cor cinza, a Hina adora ver eu vestido em tons de cinza. Será que isso queria dizer alguma coisa?

Tomei o meu café ali mesmo no escritório. Nara chegou quase dormindo, o cara havia passado a noite inteira na balbúrdia, agora precisava se concentrar para o trabalho, agora que o meu pai comunicou que os dois escritórios trabalhariam juntos a partir dali. Puta que pariu, agora o Nara e o Sabuki iriam experimentar o que era o flagelo no couro das costas. Tomamos o café e logo fomos para o Fórum, onde haveria a audiência, quando recebi uma mensagem.

"Oi. Por que não falou comigo antes de sair?" "Tenho algo importante a dizer".

Vi a mensagem apenas pela notificação, mas não abri. Precisava me concentrar para a audiência, ou, o meu velho me comeria o couro com molho. Entramos na sala onde ocorreria a audiência, se tratava de um divórcio. Sério, quando eu me casar vai ser pra sempre, nunca vi uma coisa tão doida quanto um processo de divórcio, ainda bem que os meus pais permanecem casados até hoje. Hora em volto eu vejo o Nara cochilando. A noitada deve ter sido foda. Só espero que ele não tenha traído a pobre Temari no processo, ela não merece isso.

— Está tudo bem com você? — Meu pai me perguntou, na hora do primeiro intervalo da audiência.

— Está sim, pai. Por que a pergunta?

— Você parece preocupado. Lembre-se de que sou o seu pai e você não me engana, Naruto.

— Estou preocupado com a Hinata. Ela está tomando remédios controlados para a depressão.

— Hm. E o que te incomoda? Se ela está fazendo o tratamento direitinho, não há motivos para você ficar assim.

— Acontece é que no fundo eu sinto que ela não está bem, sabe, pai?! Tenho medo de que tudo aquilo volte outra vez. E ela também está querendo voltar a trabalhar.

Meu pai arqueou as sobrancelhas, ele parece ter gostado da última frase.

— Isso é muito bom. Eu estive conversando com a sua mãe e a gente comentou sobre essa moça estar vivendo às suas custas, mesmo vocês dois ainda não serem casados. Filho, eu sei que você pode até achar ruim o que eu vou lhe dizer, mas vocês dois vão ter de tomarem uma posição. — ele falou. Sei exatamente aonde ele pretendia chegar.

— O senhor vai querer dizer que eu não posso ficar sustentando a Hina, já que tecnicamente ela está sendo sustentada pelo senhor. Não é verdade?!

— Em partes, sim. Por isso eu disse à sua mãe que ela pode não estar sabendo desse detalhe.

— E não está mesmo. Por isso que ela está procurando emprego na cidade.

— E o que ela sabe fazer? Eu posso ver com alguns amigos meus, talvez algum deles esteja precisando de uma secretária nova, assim a Hinata poderá começar em um trabalho que seja digno da namorada do meu filho!

Caralho, o meu pai não mudou mesmo, nem com o ataque cardíaco que sofreu. Ele e minha mãe não paravam de colocar o status acima de tudo. Também a Sakura é uma piranha muito bem empregada e minha mãe a adorava. Eu sei o quanto tive de ser convincente para ela poder entender que a safada havia me traído. Na moral, o meu surto na floresta se deu mais por causa da reação dos meus pais, do que mesmo estar sofrendo pela Sakura. Eu queria mesmo era sumir dessa sociedade preconceituosa.
— Se o senhor puder fazer isso, a Hina e eu ficaremos muito gratos, pai. Ela não pode saber que eu ainda não possuo recursos para sustentar a mim mesmo. Mas me formarei no final do ano e vou poder trabalhar de verdade.

Meu presente - NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora