Capítulo 13

20 2 0
                                    




Uma batida soou na porta e meu coração deu um salto, mas relaxou instantaneamente quando para minha supresa príncipe Albert de York passou por ela.

Permaneci sentada atrás da grande mesa de escritório real, observando-o se aproximar timidamente.

-Não esperava você aqui. -o que era verdade. Quando seu coração saltou de forma alguma era por causa de Albert de York, mas por acreditar ser outra pessoa.

-Estava de viagem passando aqui perto e solicitei que a comitiva desse meia volta para Crossfire. -acenou nervosamente.

-E o que o trás aqui príncipe. -franzi o cenho e cruzei as mãos sob a mesa.

-Agora acredito que não mais. -deu de ombros e franziu os lábios -não sei se soube, mas meu pai foi morto a alguns meses pelos rebeldes.

-Rebeldes?

-Sim, você não soube? -ele franziu o cenho. -Há milhares de levantes em todas as regiões, se unindo por uma só causa, destruir os inimigos de Crossfire. E meu pai era aliado de Ian Roosevelt, mesmo que eu não fizesse parte disso ele não deixou de negar seu lado mesmo após a guerra, e sofreu as consequências disso. -deu de ombros, mas eu pude notar a tristeza carregada em seu semblante.

-Sinto muito. -ousei dizer cuidadosamente. -não é minha intenção que o povo se rebele contra outros reinos, jamais imaginei que estava incentivando algo desse tipo durante todos esses anos ao lutar contra meus inimigos.

Houve um silencio constrangedor.

-Então, é um rei agora. -conclui com um meio sorriso tenso e ele assentiu firmemente.

-Digamos que sim, ainda faltam alguns preparativos para a coroação oficial que ocorre em alguns dias. -assentiu -estou aqui pessoalmente para convidá-la para o baile após a coroação em forma de um pedido de perdão por todos os dias que lhe fiz mal.

-Ambos sabemos que não é sua culpa, Emmilly para o nosso infortúnio estava usando você para os experimentos do poder dela. -levantei-me desconfortável e caminhei até a mesinha mais próximas com as bebidas e me servi de um copo, enchendo outro e oferecendo outro a Albert que recusou.

-Eu adoraria mas estou de partida, ainda há muito o que resolver para os últimos detalhes.

-Espero que uma de suas escolhas agora como rei sejam um tanto disciplinadas e inteligentes a ponto de não recorrer a uma aliança com o conselho. -alfinetei e ele engoliu em seco.

-Confesso que essa é uma preocupação sem dúvida, por isso que a quero no baile da coroação, onde ficará clara nossa aliança para Ferryan assim como para o conselho. -acenei antes de beber mais um gole do liquido âmbar em meu copo.

-Uma ideia estratégica é claro, pensarei com cuidado. -afirmei e ele fez uma breve mesura antes de se despedir, beijando o dorso de minha mão e finalmente partir.

Então eu me permiti relaxar, balancei a cabeça enquanto pensava nas possibilidades que me cercavam e qual seriam as consequências delas dependendo de qual caminho escolhesse. E se aquele baile fosse uma armadilha?

Me servi de mais um copo e o bebi rapidamente antes de deixar o copo e caminhar até a janela e observar os criados que trabalhavam a toda nos jardins abaixo.

Até que fui tirada de meus devaneios quando outra batida soou na porta, revirei os olhos onde estava sem me virar para encarar quem entrava.

-Esqueceu de dizer mais alguma coisa? -disse cordialmente diante da entrada de Albert novamente. Mas me surpreendi quando não foi a voz que eu esperava quem me saudou em seguida.

O Rei e a Rainha das Sombras - livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora