Veneno

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Ao embarcar em Weh'le, o Lunari teve de enfrentar a segurança de Ionia contra invasores de Noxus

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Ao embarcar em Weh'le, o Lunari teve de enfrentar a segurança de Ionia contra invasores de Noxus. Devido suas tatuagens e seus traços delicados, os guardas não duvidaram da sua etnia, mas ainda assim precisaram checar seus documentos. Diferente dos outros passageiros, ele fora liberado rapidamente para que os guardas revistassem-no e pegassem sua adaga que guardava na cintura. Aphelios recebeu um cavalo, bem como os outros estrangeiros, e seguiram os responsáveis pelo tour que lhes guiavam por um caminho bem estruturado, como se fossem feitos para tal finalidade.

Aphelios observava o ambiente, captando com atenção as características de todos os lugares junto a sua irmã. Estava contente pela empolgação de Alune, e no fundo se sentia intrigado pela composição de Ionia: tinha tanta vegetação, gramas verdes, árvores cheias, flores coloridas, aves musicais, mamíferos intrigantes e répteis exóticos... Era uma terra rica, sequer podia ser comparada a Targon, um lugar montanhoso, repleto de rochas, pedras, cadáveres e frio. As plantações de lá eram pobres pelo solo infertil, e apenas legumes resistentes sobreviviam à terra seca.

O caminho até a cidade demorou apenas algumas horas, e Aphelios se intrigou com as etnias distintas, povos miscigenados e suas roupas coloridas. As ruas eram limpas, as casas estruturadas, feiras ricas com músicas e danças que ambientizavam o local com felicidade. Era um local puro e lindo, e os gêmeos perceberam imediatamente o porquê de Ionia ser tão cobiçada por Noxus.

Devolveram os cavalos a uma pousada com estábulos, e Aphelios, entretido com o ambiente, seguiu com Alune para desvendar o local, sem nem se preocupar em procurar um repouso.

Aphelios mantinha seu olhar gélido, mas sua curiosidade o atentava para todos os detalhes. O que mais o intrigava eram os vastayas e yordles. As orelhas, rabos, patas, garras, asas, pelos e penagens, tudo naquela diversidade lhe era encantador. Tinham kimonos coloridos, utensílios brilhosos, sorrisos e olhares iluminados. Era tão lindo que os gêmeos assistiam tudo sem falas. E entretidos, não percebiam que Aphelios estava sem o capuz e recebia olhares curiosos pelas suas tatuagens, seus traços e suas vestimentas diferentes. Recebia algumas tentativas de flertes, mas sua inocência sequer o deixava perceber.

Caminhando pelas ruas movimentadas, Aphelios sentiu um cheiro nostálgico e um arrepio na espinha invadiu o seu corpo. Suas pupilas dilataram e todos os seus sentidos se aguçaram.

"Phel? O que aconteceu? Por que você está alterado assim? Seu coração está acelerado!"

Aquele era o cheiro de Noctum.

Aphelios seguiu o aroma e correu em direção a um restaurante, desviando de alguns cidadãos que o olhavam intrigados, e de uma janela viu uma vastaya de cabelos claros da cor de orquídeas sendo servida por um garçom. Alune se surpreendeu pela nostalgia que sentiu, enquanto o irmão percebeu na mesma hora o que acontecia: uma tentativa de envenenamento.

Tentou alcançá-la antes que fosse tarde, mas incapaz, não conseguiu impedi-la de beber o líquido daquela xícara. O rosto da vastaya se contorceu em uma careta, mas por incentivo da mulher a sua frente, voltou a beber. O Lunari, ao alcançá-la, apenas estapeou a xícara da mão dela, que se assustou pela movimentação abrupta. A porcelana alcançou o chão e se estilhaçou, derramando o líquido restante.

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora