Crisântemos

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Andavam com tranquilidade entre os caminhos de pedras em meio ao gramado bem cultivado, onde algumas grandes árvores derrubavam suas cores pela estrada, florindo o ambiente o qual percorriam

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Andavam com tranquilidade entre os caminhos de pedras em meio ao gramado bem cultivado, onde algumas grandes árvores derrubavam suas cores pela estrada, florindo o ambiente o qual percorriam. Jhin carregava uma rosa no meio de um buquê perfeitamente embrulhado de crisântemos, escolhidos a dedo por Aphelios, que se apoiava em muletas para conseguir andar.

— Ali! É ali! — Yuumi exclamou em cima do Livro, apontando a patinha para uma lápide em específico. Aphelios seguiu até ela, e assim que seus olhos pousaram no nome, seu peito apertou.

"Rhoanna Zhang"

Aphelios franziu o cenho, crispando os lábios com aquela dor. Dor aquela enorme por ter causado o sentimento de perda em Sett. Fechou os olhos, respirando fundo.

Sett... que saudade.

Jhin se abaixou atraindo sua atenção, e se pôs a observá-lo deixar o buquê na frente da lápide que não ostentava muitas flores, e depois uma única rosa. Verdade seja dita, Aphelios não sabia lidar com mortes. Suspirou com pesar, sem saber o que fazer, e como se lesse seus pensamentos, Jhin observou:

— Você não parece ser muito bom com o luto.

— Você percebeu.

— Essa é a verdade sobre assassinos, Aphelios. Sempre com a morte, mas nem sempre com a perda. — disse, fazendo o outro refletir enquanto perdia seu olhar no horizonte do cemitério repleto de lápides.

— Eu nunca pensei sobre as pessoas que matei, sobre aquelas que vivenciariam a perda por minha causa. — desabafou. — Só matei aqueles que precisei.

— Matar é sempre preciso. — Jhin disse com convicção. — Independente do que você acha digno, sempre há uma razão.

Aphelios franziu o cenho e engoliu em seco. Não queria ter aquele diálogo com Jhin. Já havia percebido como ele conseguia distorcer as coisas para cima de si, e o resultado certamente não o fazia bem. Sendo assim, permaneceu em silêncio, deixando aquele assunto morrer ali.

— Alguma oração? — Jhin perguntou, e Aphelios ficou em silêncio por alguns segundos. Os olhos perspicazes notaram receio e insegurança. Mas por quê? Jhin se perguntou, olhando a expressão desconfortável de Aphelios. Ele parecia... relutante?

— Que a mãe Lua mostre-a o caminho. — o Lunari murmurou, desviando o olhar.

Os olhos de Jhin brilharam ao ver aquele desconforto. O que era aquilo? Uma fé abalada? Jhin sorriu na penumbra da visão do outro. Aphelios estava descrente do seu pilar?

— Vamos. — Aphelios o chamou, interrompendo seus pensamentos, e Jhin mordeu os lábios, contendo a sua excitação. Chamar aquilo de oportunidade era pouco.

— Você está bem? — Jhin perguntou em uma voz cautelosa, completamente diferente do que realmente sentia.

Aphelios piscou, um pouco desconcertado.

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora